7.04.2013, 11:15, hora de Moscou
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RIA Novosti
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No Altai, região localizada na Sibéria Ocidental, um grupo de arqueólogos encontrou um colar semelhante aos adornos da rainha egípcia Cleópatra. Os pesquisadores dirigiram-se à comunidade científica para pedir ajuda na identificação do singular artefato.
Durante escavações nas montanhas do Altai, pesquisadores descobriram uma sepultura antiga com restos de uma mulher nobre, bem como diversos adornos. No local foi descoberta uma peça de joalharia, um colar com 17 contas de vidro coloridas, encontrada em redor do pescoço do esqueleto de uma mulher de 25 anos. A jóia data de há 2.400 anos e é semelhante às que usava a lendária rainha egípcia Cleópatra, que viveu 300 anos mais tarde.
Por enquanto, os cientistas só lançam hipóteses, conjeturando como pôde uma jóia egípcia ter ido parar à região do Altai.
O colar foi realizado em uma técnica conhecida hoje como millefiori, o que significa em italiano mil flores. Contas similares às do colar encontrado na Sibéria são elaboradas a partir de cilindros de massa colorida unidos, revelando desenhos variados. Os cilindros por sua vez, são confecionados a partir de fios de vidro multicores que, após fundidos em um forno, são esticados de modo a que a espessura e, conseguintemente, o desenho da seção transversal se comprima. Logo a seguir, o cilindro é cortado transversalmente em "fatias" finas, que formam as contas.
Esta técnica singular foi inventada ainda no século XVI a.C., na cidade de Tebas, que na altura era a capital cultural do Antigo Egito. Por isso, é muito provável que o colar valioso tivesse vindo para o Altai justamente de Tebas. Os egípcios mantinham boas relações comerciais com os citas, povo que habitava o Altai. Os adornos eram uma mercadoria cômoda e vantajosa: ocupavam pouco espaço em caravanas e nunca se estragavam.
Contrariamente à opinião dominante, na região sul do Altai, muito antes do aparecimento da Rota da Seda (século II a.C.), existia uma rede de rotas comerciais bastante desenvolvida. Ainda antes, havia a chamada via setentrional, que abrangia vastos territórios ocupados atualmente pelo Altai do Norte, Cazaquistão do Norte, Índia do Norte e Afeganistão, seguindo para a Europa meridional. O mais provável é que o colar tivesse percorrido precisamente essa rota até chegar ao Altai.
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