segunda-feira, 22 de abril de 2013

Isto não parece um Governo. Isto mais parece uma agência de trabalho temporário

Pedro Sousa Carvalho

 

23/04/13 00:31 | Pedro Sousa Carvalho
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Ser secretário de Estado hoje em dia é uma profissão de alto risco. Entra-se num dia e no dia seguinte já se está a aviar as malas para se ir embora. Tamanha é a rotatividade dos secretários de Estado que um destes dias ainda vão criar a ACSEP - Associação de Combate aos Secretários de Estado Precários.
Pedro Passos Coelho quis fazer um Governo enxuto, para dar o exemplo da austeridade: 11 ministros e 36 secretários de Estado. Na altura, até se vangloriava por ser o terceiro mais pequeno na União Europeia, numa Europa em que países como a Itália chegavam a ter 25 ministros. A ideia era moralizadora, mas a coisa não correu bem. Dois anos volvidos, saiu um ministro, entraram dois, saíram 14 secretários de Estado e entraram 18. No total, mais de 50 pessoas já ocuparam cargos nas secretarias de Estado. É obra.
O primeiro a abandonar o barco foi Henrique Gomes, o secretário de Estado que ousou enfrentar a EDP e quis criar um imposto para taxar as rendas excessivas na energia. A coragem valeu-lhe um bilhete de ida para a reforma. A partir daí foi um corrupio e um entra e sai de secretários de Estado e membros do Governo. Uns saíram por falta de força anímica, outros invocaram razões de saúde, uns renunciaram porque tinham demasiado currículo para lá estarem, outros porque não tinham a mínima competência para lá estar.
Tamanha é a rotação que o melhor é Cavaco começar a reservar um dia de semana para dar posse a novos secretários de Estado. Ontem foi mais uma leva. Duas notas: Berta Berta, a nova secretária de Estado da Defesa, quando fazia campanha para liderar o Governo Regional dos Açores, sugeriu aos deputados da região que votassem contra o Orçamento do Estado para 2013. O mesmo Orçamento que ela agora vai executar. Haja coerência.
Há dias, o novo secretário de Estado Adjunto do ministro da Administração Interna, Fernando Alexandre, a propósito do despacho de Vítor Gaspar que proíbe despesas do Estado sem autorização prévia da tutela, foi peremptório: "Tenho que admitir que este Governo não merece o povo que governa". E nós todos temos de admitir que Passos Coelho tem um grande poder de encaixe. Mas o problema não é de quem convida. Até mostra algum ‘fair play' político. O problema é a coerência de quem aceita.
Por fim, saem mais dois secretários de Estado - Paulo Braga Lino da Defesa, e Juvenal da Silva Peneda da Administração Interna - por supostamente terem estado envolvidos, enquanto gestores da Metro do Porto, na contratação de produtos financeiros de elevado risco.
Antes de se crucificar estes dois ex-governantes, o melhor é esperar pelo relatório da Inspeção-Geral de Finanças, pela eventual Investigação da PGR e pelas explicações dos próprios. Porque o argumento que até agora está a ser dado para a saída destes dois secretários de Estado (terem pertencido à Administração da Metro do Porto numa altura em que terão sido feitos contratos financeiros especulativos) é pouco. O mesmo argumento poderia ter sido aplicado a Franquelim Alves que passou pelo universo BPN e agora é secretário de Estado do Empreendedorismo e Inovação.

1 comentário:

Anónimo disse...

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