Humanidade assinala libertação dos campos de concentração nazistas: Voz da Rússia

Tags: Sociedade, Dia Internacional , Hitler, nazismo, Prisioneiro, Comentários Mikhail Aristov 11.04.2013, 17:30, hora de Moscou RIA Novosti Em 11 de abril se assinala o Dia Internacional de Libertação dos Prisioneiros dos Campos de Concentração Nazistas, instituído pela Assembleia Geral da ONU em homenagem à rebelião internacional de prisioneiros no campo de concentração de Buchenwald, em 1945. De notar que este foi um dos maiores campos de concentração no território da Alemanha. Desde 1937, passaram por Buchenwald 239 mil prisioneiros. Ali morreram ou foram assassinadas 56 mil pessoas de 18 nacionalidades. Em abril de 1945, no campo de concentração se iniciou uma rebelião. Os insurretos conseguiram desarmar e capturar muitos soldados e oficiais das SS e do serviço de guarda. O comitê dos amotinados acabou por estabelecer o controle sobre o campo inteiro e resistir até à entrada das tropas norte-americanas, no dia 11 de abril. Mais tarde, os chefes e autores de execuções em massa compareceram perante o Tribunal de Nuremberga. A ideologia nazi pressupunha o aniquilamento em massa de pessoas inocentes, realça o diretor do Fundo de Homenagem Histórica, Alexander Dyukov. "O mais conhecido método de eliminação de pessoas eram os campos de concentração, onde foram mortas milhões de pessoas de diversas etnias. Nós, como é óbvio, não podemos esquecer tais crimes contra a Humanidade. Lembramo-nos bem de outros tantos, como o Auschwitz e o Dachau. Muitas pessoas da Rússia, Ucrânia e da Bielorrússia se lembram de outro nome horrível – Trostenets." Segundo investigadores, entre os 16 milhões de prisioneiros, 5 milhões eram naturais da URSS. Muitos deles não conseguiram sobreviver até serem libertados. Em 11 de abril, na Colina Poklonnaya, em Moscou, junto do monumento Tragédia dos Povos, se realiza um comício em homenagem às vítimas. Cada ano, por ai chega Inna Kharlamova, antiga prisioneira do campo de concentração de Igren que se situava nos arredores de Dnepropetrovsk, na Ucrânia. Inna Khralamova que foi presa com a mãe quando era criança, recorda: "Não sei como a minha mãe conseguiu salvar-nos. Enquanto era viva, não gostava de evocar esse período. Depois, no lugar do campo, que foi destruído no decurso da retirada nazista em outubro de 1943, foram erguidos vários monumentos. Em Dnepropetrovsk existe uma associação de antigos prisioneiros. Por isso, as células-base da nossa organização costumam assinalar esse dia na Ucrânia, Bielorrússia, Rússia, Uzbequistão e Moldávia. Este é um evento inesquecível, cabendo-nos a nós envidar os esforços para que na Terra reinem a paz e o céu limpo." A 11 de abril, o evento será assinalado tanto na Rússia, como nos países membros da CEI e nos Estados do Báltico. Importa referir que nas celebrações participam muitos jovens que, dessa forma, prestam homenagem aos sobreviventes e às vítimas do nazismo.