sexta-feira, 12 de abril de 2013

Funcionários mestrados falam em “marginalização e frustração profissional”

 
Mais um grupo frustrado com o Governo
 
Maputo (Canalmoz) – Mais uma classe social descontente com o Governo de Armando Guebuza acaba de se revelar. Depois dos médicos, desmobilizados de guerra, desmobilizados do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), enfermeiros, agora são os funcionários públicos com nível de mestrado que se revelam “frustrados” com o regime. Exigem uma tabela salarial destinada a pagar a este grupo com formação superior e dizem que a espera já vai longa…
“Nós, identificados como mestres na função pública, viemos por este meio manifestar e pedir uma urgente intervenção de V. Excias e do Concelho de Ministros sobre o actual cenário de marginalização a que a classe de profissionais formados com o título de mestres afectos à função pública está sujeita”, lê-se na carta assinada por J. Alito Mausse, endereçada ao primeiro-ministro, à ministra da Função Pública, à ministra do Trabalho e à Organização dos Trabalhadores Moçambicanos- Central Sindical (OTM-CS).
“Excelências, passam longos anos de lamentações e lamúrias individuais e colectivas sobre a situação que a classe dos mestres na função pública vive em Moçambique. Lamentavelmente, sentimos a cada dia a “ausência absoluta” das nossas entidades públicas, como o Ministério do Trabalho e o mais recente criado Ministério da Função Pública, engajados em defender os mais elementares interesses da massa laboral, apesar do pleno conhecimento desta e de outras inquietações visíveis ao “olho nu”. Lembrando que as reclamações sobre esta particular situação vêm sendo colocadas há quase uma década às entidades de direito, quer individualmente ou de forma colectiva pelas pessoas movidas pelo sentimento de injustiça laboral crónica”, lê-se na missiva exarada no dia 28 de Março de 2013 cuja cópia está na posse do Canalmoz.
Os mestres na função pública exigem que a sua situação salarial no aparelho do Estado seja revista ainda este ano, ou seja, este mês de Abril que como se sabe o Governo irá aprovar as novas tabelas salariais.
“Estando próximos da aprovação dos novos salários mínimos nacionais, aproveitamos este meio para pedir a intervenção de V. Excias e exortar a quem de direito que na mesma ocasião seja cautelada a pertinente inclusão da tabela salarial dos mestres na função pública (incluindo educação e saúde) ou a aprovação da proposta salarial para esta classe profissional no país”, lê-se na carta.
Ameaça de greve
“Não é nossa vontade que precisemos de terças-feiras dos desmobilizados para fazermos chegar o nosso clamor de tomada urgente de medidas justas para esta classe profissional; não é nossa vontade a mobilização de uma greve colectiva ou parcial para que tenhamos um salário que em nossa opinião é de direito ou já devia ser de direito. Porém, acreditamos no bom senso das nossas lideranças para que a solução seja imediata”, escrevem os “mestres na função pública” num tom claramente ameaçador de greve de manifestações (tal como os desmobilizados) ou greve.
“Pedimos e veemente que a aprovação da nova tabela salarial para os mestres na função pública seja parte da aprovação dos novos salários mínimos em vigor a partir de 01 de Abril de 2013. É do nosso entendimento que esta regularização não precisa e nem precisava de movimentos reivindicativos, pois é obrigação de qualquer Estado ou Governo saber criar políticas públicas laborais éticas e justas”, termina criticando o Governo pela falta de políticas públicas.
“Custa-nos acreditar que haja seriedade na formulação das nossas políticas públicas que tenham benefício ao cidadão comum ou ao menos que sejam realísticas a situação real do País e o do seu enquadramento no contexto global e regional”. (Redacção)

1 comentário:

Anónimo disse...

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