sexta-feira, 19 de abril de 2013

Escolas perdem 12 mil professores

Escolas perdem 12 mil professores

Escolas oferecem 618 vagas, de acordo com a avaliação dos diretores

Por:Joana Nogueira



As escolas vão perder, já a partir do próximo ano letivo, 12 003 professores. De acordo com a portaria publicada ontem em Diário da República, o concurso para a contratação de docentes, realizado a cada quatro anos, oferece, já a partir de terça-feira, apenas 618 lugares no quadro, número que reflete as necessidades das escolas, identificadas pelos respetivos diretores.

O documento assinado pelo ministro de Estado e Finanças, Vítor Gaspar, e pelo secretário de Estado e da Administração Escolar, João Casanova de Almeida, revela que só nas escolas do 1º ciclo vão desaparecer 1527 vagas, facto que está relacionado com o encerramento de estabelecimentos de ensino e a criação de mega-agrupamentos, medida iniciada pelo Executivo em 2010, e que levou à redução do pessoal docente. No Ensino Especial são 41 as vagas ‘negativas’.

O Agrupamento de Escolas da Trofa lidera os estabelecimentos de ensino que mais vagas perde: 101. Em contrapartida, a Escola Secundária de Paços de Ferreira, uma das 42 escolas que vão ganhar professores, disponibiliza 15 novos lugares no quadro.

A maior razia regista-se no 1º ciclo, com 1527 lugares que, se ficarem vagos, não voltam a ser preenchidos. A disciplina de Educação Visual e Tecnológica perde 1363 docentes, redução justificada com a sua reorganização curricular. No grupo das áreas de saber que mais vagas oferece estão a Educação Especial 1 (140) e o Latim e Grego (2).

Recorde-se que no último concurso, em 2009, o número de vagas disparou relativamente aos dois anteriores concursos, permitindo a mais professores ficarem colocados nas escolas desejadas. Na primeira fase, foram abertas mais de 20 mil vagas mas só entraram 396 professores.

Em vigor entra igualmente a redução dos Quadros de Zona Pedagógica, que passaram de 23 para dez.

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