sábado, 13 de abril de 2013

Armas no Rio Save Apontadas Para Sofala

A Perdiz - edição nº 16

                                 

O folheto informativo A PERDIZ soube de fontes fidedignas que há sensivelmente duas semanas foi movimentado um contingente misto, FADM da especialidade dos comandos e FIR, para o rio Save, levando consigo armas pesadas como metralhadoras-colectivas, canhões de vários calibres, carros de assalto, e outras.

O facto de colocar armas pesadas no rio Save, com canos virados para a província de Sofala revela que o país na prática foi dividido pelo governo, pois a Renamo e o seu Presidente teoricamente dissera que iria dividir o país a partir do rio Save de forma condicional, mas como o as apetências do governo do dia são de disparar e matar, lá está ele com as armas prontas a vomitar luto no seio do coitado povo já martirizado. Na verdade, não são poucas as vezes que o Presidente Dhlakama falou sobre a ausência de democracia no governo do dia, por desconhecer o modelo de governação democrática senão a ditadura do proletariado centrada na matança de todo aquele que não está ao seu favor. E mais, muito cedo Dhlakama descobriu ainda que havia um plano escondido ao se mudar a orgânica da FADM em 2004 que colocou todos comandantes e adjuntos nos órgãos de direção em todas estruturas. Isto é, a orgânica anterior a 2004 em todas unidades militares, órgãos e direções onde o chefe fosse da Frelimo o adjunto era da Renamo e vice- versa, mas agora foi abolida esta forma de organização e os únicos chefes ainda provenientes da Renamo na orgânica atual são Olímpio Cardoso vice- chefe do EMG, Raul Dick adjunto chefe da força aérea. E assim, está sendo fácil movimentar de forma discreta elementos das Forças Armadas de Defesa e Segurança, FADM camufladas a FIR. Pelos vistos, o mentor da mudança da orgânica das Satisfazer as suas ambições sanguinárias com a finalidade de atingir o escalão de marechal às custas da Renamo, pois durante a luta armada pela independência não teve oportunidades. Esta é a principal razão de roubo descarado dos votos da Renamo para a enfurecer e obrigá-la a regressar às matas. As negociações exigidas no ano transato e transformadas em diversão pelo governo, tinham como fim a resolução dos problemas sociais, políticos e económicos como ditam as normas democráticas, que indicam o diálogo, as conversações ou negociações numa mesa entre elementos de sensibilidades diferentes, para ultrapassar os diferendos. Mas como o senhor Guebuza está apostado em implementar modelo político da China, onde os partidos da oposição são manipulados, espezinhados e reprimidos pelo partido governamental com a finalidade de perpetuar o monopartidarismo, a Renamo não deixará barato porque ela não teme a guerra, contudo, quer e ama a paz. Por esta razão insiste em novas negociações a serem mediadas pelo secretário executivo da SADC, pois nem Dhlakama nem Guebuza têm filhos para pô-los a se matarem mutuamente, se não os filhos da população moçambicana, pobrezinhos que as intempéries naturais não lhes poupam. O derramamento de sangue não é apanágio da Renamo por acreditar nos princípios Democráticos. Contudo, caso seja atacado, irá responder em auto- defesa e nesse sentido está pronta, treina dia e noite aguardando a reativação das negociações nos moldes acima referidos.

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