segunda-feira, 18 de março de 2013

RENAMO GARANTE QUE NÃO VAI ÀS ELEIÇÕES E IRÁ IMPEDIR A SUA REALIZACÃO

 

Na cidade de Nacala-Porto

-Reitera delegado político da “perdiz”” Benjamim Cortês
A Renamo veio a público na cidade de Nacala-Porto para, através do seu delegado distrital, Benjamim Cortês, afirmar que irá minar e boicotar todo o processo relacionado com a realização das próximas eleições autárquicas agendadas para 20 de Novembro deste ano, começando com a inviabilização do recenseamento eleitoral agendado para todo o país.
O homem forte da perdiz em Nacala-Porto, cujo partido actualmente ocupa 19 lugares na Assembleia Municipal de Nacala, justificou que esta atitude foi determinada pela sua formação política como forma de pressionar a Frelimo a incorporar no pacote eleitoral as suas exigências que têm a ver com aquilo que chamou de paridade dos membros na composição dos órgãos eleitorais.
Nunca houve eleições justas e transparentes aqui em Nacala, pois que temos assistido apenas autênticas farsas que têm como protagonista a Frelimo que usa os órgãos eleitorais para manipular os resultados, disse Benjamim Cortês, esquecendo-se, porém, que o seu partido, a Renamo, já esteve à frente dos destinos desta autarquia, fruto da sua vitória e do seu candidato no sufrágio autárquico de 2003.
Num outro desenvolvimento, Benjamim Cortês voltou a acusar o partido Frelimo de, no período que antecede o recenseamento eleitoral e o escrutínio, transportar cidadãos residentes nos distritos vizinhos de Nacala-a-Velha, Mossuril, Ilha de Moçambique e Monapo para, supostamente, tomarem parte nestes processos em Nacala-Porto, sem que sejam residentes desta urbe, esquecendo-se que, nestas duas últimas regiões territoriais e na mesma altura, também ocorrem processos idênticos.
Para justificar a sua exclusão neste processo por decisão expressa pela liderança do partido, a Renamo em Nacala-Porto afirma que, durante os processos de votação e de contagem de votos, nunca é permitido aos delegados de candidatura nas mesas a consulta das listas para confirmar se os nomes chamados são verdadeiros ou não.
No entanto, a decisão de não tomar parte nas próximas eleições decidida pela liderança do partido a nível central já está a criar algumas fissuras no seio da perdiz em Nacala-Porto, havendo alguns membros que não discordam da atitude e que, portanto, defendem a sua participação pelo facto da Renamo naquela cidade gozar de muita simpatia do eleitorado.
Esta decisão está a defraudar alguns membros que nos últimos tempos estão a abandonar o partido em surdina, filiando-se a outros com melhores programas e políticas. Aliás, isto reflecte uma clara falta de organização no nosso partido, lamentou A. Mussa, membro da “perdiz”, que pondera tomar uma decisão que o poderá afastar das fileiras desta formação política liderada por Afonso Dhlakama.
No entanto, Benjamim Cortês desvaloriza alguns abandonos das fileiras do seu partido por membros até certo ponto influentes, afirmando que, agora como nunca, a Renamo em Nacala-Porto está fortalecer-se a cada dia que passa.
Os membros que a Frelimo diz possuir aqui em Nacala, na sua maioria ostentam o cartão vermelho como um simples ganha-pão, mas ideologicamente eles são da Renamo. Aqui em Nacala-Porto, a Frelimo não tem espaço, afirmou o delegado político da perdiz naquela cidade da província de Nampula, para quem a sua formação política realiza semanalmente uma dezena de encontros com os seus membros e simpatizantes.
WAMPHULA FAX – 18.03.2013

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