segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Quem tira proveito das pontas de rinoceronte quando estes são vendidos pela Polícia

Egidio Guilherme Vaz Raposo
Dois indivíduos foram detidos na posse de pontas de rinoceronte idos de Manica. Muito bem. A polícia fez o seu trabalho. Parabéns. Ora, se me permitem perguntar:
1-Quem tira proveito das pontas de rinoceronte quando estes são vendidos pela Polícia? Porque é que os moçambicanos não podem caçar rinocerontes para come-los e vender suas pontas livremente?
2-Se Moçambique não tiver rinocerontes o que... vai-lhe acontecer? Porquê é que eu como Moçambicano não posso obter licença para matar rinocerontes e com eles enriquecer? Porque é que não podemos matar hienas ou crocodilos e com a sua pele render dinheiro? Porque é que em Morrumbala há tantos polícias para proteger ratazanas e quase ninguém para cuidar de crocodilos que tornam o rio Zambeze indesfrutavel? Como é que os moçambicanos caçadores artesanais podem tirar proveito dos recursos da fauna bravia que em certas circunstâncias até põe em perigo a vida das pessoas? Animais bravios servem para o estrangeiro ver em parques apenas? Se os moçambicanos podem comer estes animais porque é que eles precisam recorrer a meios ilegais para terem acesso a eles ou come-los sempre quando morrem doentes? Os animais bravios são dos moçambicanos e eles têm também o direito de caça-los para comer. O povo moçambicano não pode morrer desnutrido com tanto macaco, gazela, hipopótamo, rinocerontes e elefantes no mato. Os animais não devem servir apenas para turistas porque o dinheiro que dele advém não chega directamente ao povo. É desviado em Maputo e não chega a Gorongosa. É preciso garantir que os moçambicanos interessados em alimentar-se de animais bravios o façam sem medo. Todos temos o direito de comermos os animais bravios. São nossos animais. Urge fortalecer as comunidades para proteger seus animais bravios e evitar a entrada de estranhos no seu território. Os mutararenses precisam ter acesso aos seus crocodilos e puderem vende-los a quem quiserem sempre que se lhes afigurar pertinente. Os ma-gorongozi devem puder matar seus animais para fins de alimentação sempre que lhes apetecer. O governo deve clarificar se ama mais os animais bravios ou a população humana, seus cidadãos moçambicanos. E deixe-me ser claro aqui: eu quero também puder matar um elefante, tirar as suas pontas vender e ficar rico e levar a carne, trazer a cidade e vender a quem quiser. Eu quero também desfrutar dos recursos naturais da fauna bravia legalmente. Este é também meu direito. Não pode ser apenas direito de Dhlakama e de antigos combatentes.
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  • Cee Efy Maquiti Li algures "Mil vezes comer carne de vaca etc, animais criados para finalidade de abate do que ser responsável direta e indiretamente por massacres contra a fauna"
  • Ortencio Helio Mapulango Exa ideia so era gerar extinção de várias especies.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Cee, isto é hipocrisia. Os moçambicanos comem carne de caça. Comem tudo dependendo de região para região. Portanto, contrariamente a europeus que tanto amam animais aqui em Moçambique nós amamos animais com objectivos concretos: cão para caça, gatos para evitar ratos em casa e galinhas para comer. E no mato, escolhemos o que queremos sempre que quisermos. É e foi sempre assim. E nunca houve carência de animais. Há necessidades sérias de proteína animal nas zonas rurais e os moçambicanos são presos por matar animais para alimentação. Matar um leão para fins alimentares não devia preocupar ninguém. Eles são animais e estão na terra para servir o homem. E não o contrário. Doi-me ouvir que alguém morreu porque foi atacado pelo animal. ..
  • Muhamad Yassine Ha ha ha ha aqueceu mano
  • Cee Efy Maquiti Se te apanham com carne de caça estas frito,
  • Ruben Adriano Ilustre Egidio, parece-me que estás a ser um pouco extremista. Existem animais protegidos por lei e nao podem ser abatidos indiscriminadamente. Não estamos na era Primitiva.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Ortencio Helio Mapulango qual é o problema se os animais acabarem? Já está difícil pescar camarão no banco de Sofala. Você sabe quem acabou o camarão lá? Você viu o dinheiro daí adveniente?
  • Antonio Zefanias Zefanias Ishiiii Egidio Vaz outra vez..."O dinheiro que advem dos turistas termina em Maputo e nao chega a Gorongosa..." Tal como os tantos apoios que pedimos ou somos dados sob signo das cheias no pais, nao chegam totalmente aos necessitados. Enfim...
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Ruben Adriano alguém já te disse quando é que estes animais são abatidos? Não, ninguém. Sabe porquê? Porque te ensinam a cuida-los para abaterem quando quiserem. .
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Pior Macutana Macuta Macuta, desde a independência já ouviu um ou leu um anúncio dizendo que na zona x já há cinco rinocerontes para o povo matar, comer a carne e vender as suas pontas? Ja passam mais de trinta anos de independência e vinte desde a assinatura do AGP. Afinal quando é que o povo vai desfrutar da carne do rinoceronte? E quando é que ele poderá vender as pontas e reverter o dinheiro a comunidade? Já sofrem bastante com o estragos mas quando é para tirar o proveito é o turista ou antigo combatente. ...injusto
  • Juma Aíuba Mano Egidio Guilherme Vaz Raposo, há formas legais de obter as coisas. Queres cacar, caca... queres pescar, pesca... mas se legalize. No Malawi, por exemplo, cacam-se crocodilos nos rios Muloza e Chire (eu vi em 1997), mas as pessoas sao legais. Mesmo na pesca tem periodo de defeso que serve para proteger os animais. Na verdade, é uma forma sustentavel de consumo. Não se esqueca, mano, que existe uma coisa que se chama biodiversidade em que cada coisa por aqui tem a sua utilidade. Vamos falando!
  • Pedro Cruz Egidio, a fauna e flora, são uma riqueza e parte do nosso património, por isso deve ser gerida de uma sustentável, neste momento a pressão sobre este património moçambicano esta a ser delapidado. A escolha e nossa? Será que valera a pena preservar e criar mecanismos em que as populações possam usufruir ou vamos cortar todas as arvores e matar todos animais? E depois? E mais já não existem rinocerontes em Moçambique, os rinocerontes estão a ser mortos no Kuger e não e para comer mas sim para usar o corno do rino para fins afrodisíacos na Ásia or facas nas arábias
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Juma Aíuba pa deixa para lá. Esta biodiversidade nunca esteve causa mesmo durante a guerra. Estou a falar de coisas concretas. De comida. De alimentação e de hipocrisia.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Pedro Cruz, do orçamento anual do Estado você ja viu uma fonte de receitas provenientes da venda de animais bravios? Mas vê tanto dinheiro drenado para nutrição. Senhor, estou a falar de coisas práticas. Deixem os moçambicanos desfrutar dos recursos aos quais podem aceder. Qual é o problema se não tivermos rinocerontes? Precisamos ter tudo só para figurar no mapa faunistico?
  • Juma Aíuba Mano, o que tentei dizer é que ninguém é proibido por de cacar, pescar, mas que seja como manda a lei. Agora, que não se use a excepcão para virar regra: é bem verdade que os dinheiros disso (assim como da madeira, das pedras, do carvão, do gás, etecetera... etecetera) não beneficiam o povo, mas não podemos tomar de assalto a fauna e a flora. Tudo aqui não vai bem, mas nunca tomamos de assalto o país.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Juma Aíuba, o povo sofre com estes animais grandes. ..Nem no natal são permitido matar pelo menos um elefante para comer! Bolas pá. Mano, ninguém vai assaltar a natureza. Aqui todos defendem qualquer coisa. Menos o verdadeiro povo! O povo sempre soube gerir seus recursos. O governo não.
  • Juma Aíuba "O povo sofre com esses animais grandes" - concordo! Mas, a culpa não é dos animais, é sim do governo que não faz uma gestão equilibrada do espaco. O que acontece é que o homem invade o espaco dos animais por falta de outros meios de subsistencia. A reserva do Gile foi invadida pela apopulacão. Se o governo criasse condicões para a populacão viver condignamente não seria necessario que elas fossem tirar a água directamente dos rios onde vivem esses facinoras. Os Massai convivem pacificamente com animais bravios.
  • Paul Fauvet "o povo sofre com estes animais grandes". Sim - vamos exterminar todos os elefantes, rinocerontes, bufalos, girafas, leoes, antelopes, baleias etc! Podemos viver perfeitamente bem num mundo povoado exclusivamente por seres humanos, gado, ratos, baratas e mosquitos! Isso parece a logica da visao miserabilista do Egidio.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Paul Fauvet vamos também exterminar mosquitos e baratas. O problema dos conservadores é este mesmo. Pensar que matar um animal para comer é exterminar. Os elefantes não acabarão se forem entregues ao povo. Mas enquanto estiverem enquadrados na lógica da gestão do poder aí sim, vão como estão acabando.
  • Maria Paula Meneses Caros, a lei tem vários momentos de limitação: há epocas de 'defeso' (quando não se pdoe caçar para evitar que se matem os animais indiscriminadamente, proteção dos animais eme xtinção, etc. E as 'nossas' populações sabem bem o que se pode e não pdoe caçar, quando e como (conhecimento local). É preciso equilibrio senãoq ualquer dia temos o nosso habita destruído e sem recurso algum para nós. É que nós vivemos em ligação uns com os outros... matamos uns, começamos a destruir o sistema todo. veja-se o problema com os colehos na austrália
  • Verniz Combe os animais precisam de um advogado urgentissimo.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Os moçambicanos é que precisam de advogado caro Verniz Combe. Afinal comer animal bravio é crime? Porque tanto alarido quando cidadãos manifestam a vontade de se alimentar de animais bravios? Desde a independência quando é ouviram dizer que estava aberta a época de caça de elefantes ou rinocerontes?
  • Fernando Costa Egidio Guilherme Vaz Raposo eu entendo perfeitamente a tua lógica.. e esta questão tem exclusivamente a ver com sobrevivencia... a dos homens e a dos animais... se o dinheiro do abate legal (turismo) fosse usado em favor das populações da floresta, estas populações não necessitariam de matar raças ameaçadas para comer.... mas convenhamos que se se não se reprimir a caça ilegal, as especies mais procuradas serão extintas rapidamente.. e eu nao kero que os meus netos me acusem de só conhecerem um elefante nos filmes e nos museus porque eu acabei com eles antes de nascerem....
  • Verniz Combe a ideia e comica por isso e que e boa mas imagine se se liberalizarem o consumo de animais silvestres,ou bravio estarias a ver o que 90% da populacao com arcos e flecha a nao querer trabalhar senao cacar e a viver como primitivos.O importante e captarmos o lado economicista do que estas a sugerir ate porque eu preciso so de dois marfim e 4 chifres do rinoceronte para escapulir me em direcao a asia.
  • Maria Odete da Conceicao Algumas pessoas podiam ate poupar-nos de este tipo de constrangimento, sinceramente!
  • Maria Odete da Conceicao Se o sr questionasse o destino dos dentes dos rinocerontes apos a apreensao, eu ate ficaria do seu lado mas sinceramente o se comentario e totalmente descabido, perdao por ser franca
  • João Feijó Caro Egidio Guilherme Vaz Raposo, entre os movimentos de contra-cultura da década de 1970 surgiu uma crítica ao que foi considerado de especismo, prática discriminatória assente no antropocentrismo e equiparada ao sexismo ou ao racismo. Sem dúvida polémico. Sobre o conceito pode-se ler por exemplo aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Especismo
    pt.wikipedia.org
    Especismo é a atribuição de valores ou direitos diferentes a seres dependendo da... sua afiliação a determinada espécie. O termo foi cunhado e é usado principalmente por defensores dos direitos animais para se referir à discriminação que envolve atribuir a animaissencientes diferentes valores e direito...See More
  • Paul Fauvet "Os elefantes não acabarão se forem entregues ao povo" - visao romanticista e absurda. Hoje so existem duas especies de elefante (uma na Africa, e uma na Asia). No passado havia dezenas de especies na America e Europa (e.g. mastodontes e mamutes) e a evidencia e' que todos foram exterminados pelo homo sapiens. Sem uma politica activa de conservaco de biodiversidade eu receio que os meus netos (ainda nao nascidos) nunca podem ver um elefante ou um rinoceronte.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Maria Odete da Conceicao, minha senhora o meu comentário pode sim ser descabido. Porquê é ele descabido? Pode explicar? A senhora que eventualmente não tem experiência do campo, estudou o reino animal pelos livros e provavelmente nunca teve familiar vítima de felinos ou paquidermes pode ainda no auge da sua teoria falar do conservadorismo que também pouco ou eventualmente nada entende nas suas vantagens e desvantagens. Pelo menos eu sei concretamente de uma coisa: estes animais são sim um bom caril. E que as suas pontas vendidas pelos próprios locais resolveria muito mais problemas concretos do que a decorativa e frustrante ideia de conservação da biodiversidade que ninguém sabe porque raio de razão eles nunca mais atingem o tal equilíbrio desejado. Burro não sou.
  • Maria Odete da Conceicao heheheh, fica com a tua e eu fico com a minha, se ja tivestes familiares vitimas de felinos ou paquidermes, resta saber quem invadiu o habitat de quem? Agora se fdefendes a caca destes porque aprecias e es um bo degustador destes os contornos ja sao outros. E ja agora porque nao se deu ao trabalho de responder aos outros comentarios, por exemplo ao do Sr Paul Fauvet?
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Paul Fauvet afinal toda esta "luta" é para os netos puderem ver elefante? Já há netos que nunca viram uma galinha e são bons veterinários.
  • Maria Odete da Conceicao Tudo bem, veja se consegue mais adeptos
  • Estevao Mabjaia Muito simplista, caro Egidio. Precisa de ser um pouco mais criterioso em analises de materias como esta. Aqui parece defender uma perspectiva extremamente antropocentrica. A curto prazo pode ate servir o homem na perfeicao. A medio ou longo prazo...
  • Tony Ndzawana Ha uma senhora "branca" no distrito de namaacha, maputo que cria, comercializa a pele de crocodilo. A carne nao comercializa, retorna para a alimentacao dos proprios crocodilos e ganha muito dinheiro com isso. Julgo ser razoavel que o nacional tambem usufrua da fauna bravia, devendo haver obviamento um controlo no abate. Me espanta que nao haja a mesma preocupacao de conservar as especies quando se trata de arvores raras e igualmente em extinção.
  • Estevao Mabjaia Uma perguntinha so: quando ja nao houver nenhum animal para matar e vender ou comer que sera feito de nos humanos?
  • João Feijó Há um ditado queniano que diz qualquer coisa como: "quando os leões aprenderem a falar a história deixará de ser escrita pelo caçador".
  • Paul Fauvet "afinal toda esta "luta" é para os netos puderem ver elefante?". a ideai e' simples - e' que nos temos a obrigacao de entregar o planeta em condicoes habitaveis para as geracoes futuras. Isso inclui a biodiversidade, que e' uma necessidade para a propria especie humana.
  • Tony Ndzawana Seguindo esse ditado nem peixe, galinhas, nem porco comeremos porque a relacao ai é igualmente desvantajosa para uns e vantajosa para outros. O abate indiscriminado e a procura so de pontas, chifres é condenavel, mas se possibilidade haver de aproveitar toda a carcaça para a melhoria da dieta alimentar nao so no campo, como nas cidades ai ha ganhos; isso para nao falar do aproveitamento da pele que é igualmente rentavel. Esperar o animal morrer por doenca pode ate comprometer a saude humana.
  • João Feijó Não Tony, segundo esse ditado a lei da selva dita que temos que comer para não ser comidos. É inevitável. O problema é quando uma determinada espécie desenvolveu uma capacidade racional e tecnológica tal que retirou capacidades a muitas outras espécies de se defenderem em igualdade de oportunidades, explodindo assim demograficamente como uma praga e colocando em risco a sua própria sobrevivência. E está aí a ironia: à luz dessa racionalidade acabou por se cair na maior das irracionalidades, pois destruindo a biodiversidade, mais tarde ou mais cedo gerará problemas na própria espécie. São ciclos. As pragas de gafanhotos devoram culturas inteiras, até que, extinto o alimento, se dizimam os próprios gafanhotos. O comportamento humano pode ser até certo ponto comparável a uma praga. E das grandes.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo João Feijó desculpe a coragem, você come algum animal bravio? Búfalo ou javali por exemplo. As pessoas não podem ser injustiçadas. Moçambique tem carne suficiente para qualquer moçambicano ter acesso. Uns comendo carne de Cobra outros de búfalo e ainda outros de elefante. Carne para comer e vender. Vocês estão a trazer a ideia de negócio. O problema é vosso. ..o povo não tem problema nenhum em cuidar o que é e seu.
  • Tony Ndzawana Feijó,o teu comentario traz a ideia de sustentabilidade e, acho que é isso que deve ser ensinado às comunidades. Mas ver tanto caril a passar em toneladas ante um pobre campones faminto deve ser agonizante. Pode ser ensinado a abater o animal e conservar a carne por tanto tempo, de forma a nao precisar, a breve trecho, de voltar a caça-lo. Ha alguma carne seca que anda em supermercados (e ate nas bombas de combustivel) muito boa para petiscar e nao é barata. O que nos falta para secar a carne de crocodilo?
  • João Feijó Egídio, nem tem que pedir desculpa, nem vejo onde está a "coragem". Não é nada de extraordinário ter provado javali. Não percebo quem são "vocês", nem que problema é esse que é "vosso", pois não estou a discordar de ninguém ou tão pouco a tomar uma posição no conflito homem - fauna bravia. Apenas estou a tentar reflectir mais fundo na questão, que me parece bem mais complexa.
  • João Feijó nem tão pouco a negar o direito dos camponeses à alimentação e à exploração dos seus recursos naturais.
  • João Feijó Agora quando diz que "Moçambique tem carne suficiente para qualquer moçambicano ter acesso", já tenho as minhas dúvidas. A população moçambicana já ultrapassou os 20 milhões.
  • Tony Ndzawana É caso para se ter duvidas, mas que ha muita proteina animal por aproveitar, isso é verdade e nao so de grande porte que sao os que mais geram polémica, mas ha caracois, sapos, ratos, ratazanas, lagartixas,etc e, desses apenas preciso de ver um ser humano a degustar que a seguir vou tirar partido. Ja agora as ratazanas sao optimas, precisando apenas de um tempero acertado. Idem para caracois.
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Estevao Mabjaia, meu caro, eu cá entendo do tal antropocêntrico? Estamos a falar aqui é do direito que os povos devem usufruir em aceder a carne animal sempre que quiserem. E isto não provoca e nunca provocaria o abate indiscriminado destes. Porque por exemplo um administrador não decide caçar um elefante por ano para dar população de Mavago, que os massacra ao longo de todo ano? Estamos a falar de coisas simples. Do direito que a todos assiste. E interessante é ver a maioria aqui a defender o mesmo paradigma patrimonialista do Estado: do "deixem que ele cuida do que é nosso.” Na verdade ele não cuida nada. Os seus gestores tomam para si. Existe uma iniciativa de terras comunitárias a decorrer que consiste na distribuição de DUATSs as comunidades. Eu era da opinião que o mesmo acontecesse com os animais. Cada povoação controla o que é seu. Já basta o petróleo e gás que não controlamos. Animais bravios podemos diretamente lidar com eles. Ideias simples, soluções práticas. Sem ironia nem cinismo
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo As pessoas pensam que a população é burra. Quando digo democratizar o acesso de animais a população não estou abrindo mão a caçadores furtivos. Tão-somente estou a dizer que as populações locais devem ser elas próprias a gerir seus recursos e dai sentirem-se parte dos gestores destes recursos faunísticos. A população não é tão gulosa como é o Estado ou os caçadores furtivos. O outro engodo que vejo nos “conservadores” é a sua incapacidade de aprender com a história. Na China morrer tantos gatos à mesa de restaurantes; tantas cobras e tantos cães, mas ainda não nos apercebemos da extinção destes animais…em Moçambique e no mundo morrem tantas galinhas por segundo, porém, produz-se na mesma proporção. Tendo o homem visto notado que consome o camarão, inventou a aquacultura para não só reproduzi-lo em quantidades que quiser mas também garantir a continuidade da espécie. Na Índia os elefantes passeiam nas ruas e não há registo de precisarem mais ou menos. E se desaparecessem todos os rinocerontes por terem sido comidos pelas populações seria menos crime do que o que acontece nos dias de hoje. Ou seja, estou aqui a falar da gestão comunitária de recursos e da oportunidade que se esta a perder para efectivamente se controlar estes recursos como quisermos. O engajamento popular para com a gestão dos recursos faunísticos so vira se eles tirarem proveitos directo sobre ele, incluindo o de decidir matar um elefante se este constituir a dores-de-cabeça. Poder ao povo!
  • Tony Ndzawana A ideia de gestao comunitaria dos recursos faunisticos, com ganhos directos p os locais e assim assegurar a sustentabilidade da biodiversidade, uma especie de descriminalizacao do abate, consumo e comercializacao da carne dos animais bravios e optima. ...See More
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo A ideia da gestao comunitaria de recursos ja existe. E exeistem exemplos como Tchuma Chathu - nossa riqueza - em sena/nyungwe...Um projecto desenvolvido na provincia de Tete.
  • Fatima Mimbire Bem, Egidio compreendo a tua preocupacao em relacao aos beneficios financeiros que podemos tirar da natureza, em particular dos animais selvagens. De facto parece que a legislacao de proteccao existente beneficia uns em detrimento de outros. Do tipo para poder matar um animal para comer tem de ter autorizacao, entretanto, os adeptos da caca desportiva matam numa boa, basta ter uma autorizacao, so para coleccionar trofeus e com todas as nuances que ja foram referidas. Entretanto, acho que ha o outro lado da moeda muito importante: se qualquer um puder matar um animal para tirar partes para vender e ficar rico, nao sei onde vamos parar. que eu saiba os rinocerintes sao animais em vias de extinsao. O desaparecimento pode nao representar nada para ti, mas acho que se ele existe, ha de haver alguma razao, assim como se o HOMEM existe ha uma razao: dizem que é para dominar a terra!. Uns dizem que ate insectos como barata, que eu tenho nojo, os ratos e outros animais contribuem para o equilibrio ecologico. Ja viste o que aconteceu com os elefantes quando o comercio de pontas de marfim era legal? como todo mundo quer ficar rico, os animais quase desapareciam. Penso que deve haver regras porque como alguem disse nao estamos na era primitiva e tambem vais ficar feliz de levar o teu filho a ver o elefante, rinoceronte e outros que ele leu nos contos e penso que de facto se deve encontrar uma formula que permita que as populacoes que "herdaram" os animais tenham algum beneficio, tipo aquele das florestas (embora tenha os seus problemas penso que é o comeco). Ia me esquecendo: acho um contra-senso as pessoas quererem comer o rinoceronte, elefante, quando guardam a galinha, o pato, os bois, cabritos que teem para um momento especial, e as vezes estes animais acabam morrendo, enquanto os seus filhos estao desnutridos de tanto comer a mesma coisa.
  • Mahamad Hanif Mussa Que os chineses desvastem a nossa mata 'matando' a nossa madeira e ai dos nacionais se atreverem matar os bichinhos...

1 comentário:

Anónimo disse...

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