sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Portugal condena "firmemente" o assassinato de Chokri Belaid

  

Portugal condenou hoje "firmemente" o assassinato de Chokri Belaid, secretário-geral do Partido dos Patriotas Democratas Unidos da Tunísia, e acompanha com "preocupação" a situação no país, indica um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

"Portugal condena toda a violência política e acompanha com preocupação a evolução da situação, esperando que prevaleça a moderação e a calma", refere um comunicado do MNE português.
Chokri Belaid foi morto a tiro na quarta-feira, em Tunes. O irmão, Abdelmajid Belaid, e a viúva acusaram o Ennahda (força de tendência islamita, no poder) de ser responsável pela sua morte.
O homicídio desencadeou vários confrontos, na capital e em várias cidades tunisinas, que causaram a morte de um polícia.
A Tunísia assiste a um aumento da violência, alimentada pelo descontentamento político e social, dois anos depois da deposição do antigo ditador Zine El Abidine Ben Ali.
"Neste momento, manifestamos o nosso apoio ao Governo e povo tunisino, e reafirmamos a nossa convicção na solidez do processo de transição política democrática em curso na Tunísia e na capacidade das forças políticas e sociedade civil tunisinas ultrapassarem as dificuldades pela via do diálogo", refere ainda o mesmo documento do MNE sobre o assassinato de Belaid.
Dezenas de milhares de pessoas participaram hoje no funeral do opositor tunisino Chokri Belaïd, morto a tiro na quarta-feira, indicaram os `media` tunisinos e a France Presse.
As forças da ordem recusaram fazer uma estimativa do número de participantes nas cerimónias fúnebres, que se transformaram numa manifestação contra os islamitas no poder.
"O povo quer a queda do regime", gritaram os participantes à entrada do cemitério.
A polícia utilizou gás lacrimogéneo contra dezenas de manifestantes no centro de Tunes e contra alguns grupos junto ao cemitério, constataram jornalistas da France Presse.
Grupos mais violentos atacaram viaturas em frente ao cemitério e a polícia dispersou-os com gás lacrimogéneo, provocando momentos de pânico.

1 comentário:

Anónimo disse...

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