domingo, 17 de fevereiro de 2013

Geração rasca vs arautos do regime – Raul Diniz .



Luanda – A corrupção cria espinhosas discrepâncias sociais, que dilaceram a consciência política do cidadão e arranham a memória descritiva das democracias polivalentes do universo democrático, e as tornam vulneráveis face aos desafios que a todo o momento se renovam.

Fonte: Club-k.net
Tornou-se imperativo e mesmo interessante reconhecer que, para se criar inimigos em Angola, basta ousar falar da lusa descendência de algumas ilustres pessoas no sentido figurado, e ou referenciar a eventual híper actividade homossexual de outras tantas.

Mesmo que indelevelmente abordadas, essas questões atraem ódios de estimação provocados pelo estigma pesadíssimo que carregam, sobretudo, o que hoje representa o homossexualismo na nossa sociedade.

Essa prática transporta compulsivamente um forte estigma bastante encubado nas entranhas da sociedade, que torna inglória a luta pela sua aceitação de tal prática da parte da opinião pública nacional, que leva inclusive, as pessoas a negarem cobardemente a sua condição homossexual, condicionando-os a não assumir publicamente a sua homossexualidade.

A negação oficiosa dessa condição inaudita, no mínimo transforma-se numa fonte inesgotável de inusitadas nuances que apelativamente aludem gritantemente direccionando toda a sociedade a buscar uma saída criativa. Mas, por não existirem discussões a respeito do tema em questão por a temática ser bastante ousada, ela cria incómodos diversificados as pessoas implicadas, que, acabam por conflituar escabrosamente com a moral pública nacional já de si bastante dilacerada.

Esse vergonhoso handicap, absorve e aflora magoas perfurantes provocadas por alguns mal intencionados cidadãos hipócritas que, com argumentos indefensáveis marcadamente mentirosos se colocam incondicionalmente na defesa de ideais nefastos ao crescimento harmonioso da consciência do povo nacional, e por não conseguirem cauterizar as feridas da sua própria consciência, reagem desordenadamente contra os críticos que são desfavoráveis a pratica do homossexualismo.

Eles atacam a tudo e todos os que não partilham com os seus ideais com indecifráveis palavras recheadas de um atractivo ódio de agressividade medieval com contornos visceralmente perigosos, que ultrapassam o razoável.

OS DETRATORES INGÊNUOS, FIÉIS SERVIÇAIS DO REGIME.
Acredito que a maioria do povo angolano, viaja num enorme oceano de indagações em busca de plausíveis explicações que justifique a actual situação em que vive, e até agora ainda não conseguiu discernir os motivos envolvidos que justifiquem o seu estado de miséria, então, busca entender a razão de tanto sofrimento causado por aqueles que deveriam garantir o seu bem-estar.

Não me interessa se algumas interpostas pessoas se sentiram ofendidas com a maneira como abordo as questões nos meus parcos artigos que escrevo, o que penso, é que o país precisa de uma vez por todas compreender o actual contencioso político, económico e social em que estamos voltados, e entendermos que o mais importa nesse momento não é atender a choradeira dessa classe da alta e de renda financeiramente de padrões elevadíssimos.

Não vou nem quero deixar de filtrar essa questão acerca da lusa descendência, pois, o que, importa mesmo é denunciar veemente a família de irredutíveis gatunas e experientes ladrões como as irmãs e os irmãos Dos Santos exímios dilapidadores de fundos financeiros públicos. Essas garotas e garotos pouco mais sabem do que dedicarem-se deliciosamente a utilizar a seu bel-prazer a nossa riqueza em beneficio próprio, essa raça de víboras está superiormente autorizada pelo pai, o dono da maior parte das acções lucrativas do país do pai banana, o nosso inspiradíssimo JES.

HOMOSSEXUALISMO COMO REFERÊNCIA EM ANGOLA NUNCA, JAMAIS.
Os meus detractores não precisam fingir que defendem Paulo Portas das minhas ditas palavras ofensivas referenciadas no artigo que escrevi a semana passada, aquando da visita passeio do ilustre convidado de JES, o senhor Paulo Portas.

Ao invés de fingirem defender a sinistra figura do senhor Paulo Portas, gostaria isso sim que reflectissem com verdade o que de facto os afectou e intrigou no que fora exposto displicentemente no artigo que escrevi!

Todos sabem que existe certo esquadrão de militantes, activos adeptos misteriosos com fortes ligações ao homossexualismo em Angola. Esses desafectos que pululam em todas as áreas e direcções vitais da vida social e económica do nosso país, tentam a todo custo validar e viabilizar oficialmente essa pratica abominável e no nosso país.

Agora pergunto, essa pratica contra natura é por acaso de importância vital para a natureza civilizadora da nossa cultura social tradicional? Não, Não é importante não senhor, nem serve como referência para o crescimento inteligente da nossa já bastante crítica e debilitada cultura que gradativamente se encontra socialmente degradante.

Sabemos claramente que o homossexualismo não faz parte dos valores essenciais que defendem a família no seu todo, e que esses valores foram-nos subtraídos pelo MPLA a partir do ano de 1974. Mas, também é verdade, e evidentemente não podemos negar a existência do homossexualismo como sendo uma realidade flagrante no país, como tal, devemos todos colocar-nos a disposição para debatermos com simplicidade e com determinismo a questão conflituosa que temos em mãos, e não somente colocarmos a cabeça debaixo da areia como fazem as avestruzes um lado.

E por outro lado, devemos tomar consciência dessa realidade e avivar compreensivamente a nossa mente alimentá-la com sabedoria e abordarmos com coragem e inteligentemente esse fenómeno de interesse nacional uma vez estarem envolvidos nessas praticas homossexuais seres humanos, pessoas pensantes que não pediram aos seus progenitores nem a nenhum outro deus para assim nascerem.

E apesar de reconhecidamente observarmos da parte do povo uma condenação quase generalizada dessas praticas em todo país, por estar conotada essas praticas com a negação da masculinidade heterossexual, e por ser efeminadamente contra natura, com isso entende-se que ela seja adversa aos valores morais que defendem a família.

Ainda assim, precisamos pacientemente estudar essa questão do ponto de vista social e juntos buscarmos uma saída valida para a questão. De maneira que os gays e as lésbicas em Angola descansem, pois não me darei ao trabalho de tornar-me num moralista canastrão, pois também conheço o peso da descriminação social em duas facetas, como povo e pobre esvaziado de cidadania e como cristão evangélico pentecostal praticante que sou.

Pessoalmente não sou adepto da oficialização do homossexualismo na nossa terra, mas também não sou favorável, nem estou disponível para alinhar com aqueles que utilizam apenas o seu direito de crítica pela crítica sem buscar consensos resolúveis para a situação prevalecente.

PAULO PORTAS MINISTRO PORTUGUÊS DA PROPAGANDA DO REGIME JESSEANO
Ao referir-me a Paulo Portas apenas pretendi localizar o fenómeno emblemático que transporta consigo o enigmático convidado especial de JES e demonstrar também o quanto incrédulo ficou todo o país político com essa desavisada e a sua desnecessária visita preparada a contento pelas partes, que por sua vez empolgaram-se em dar-lhe uma um cunho visível e espantosamente degradante do ponto de vista político, por ter sido incisivamente contraria à cultura democrática que se requer em países democraticamente sérios.

Percebemos que essa visita de Paulo Porta a Angola causou grande frisson e espantosa repulsa a toda sociedade esclarecida, que compõem o tecido nevrálgico da nação política autóctone angolana.

Todos sabem que o Paulo Portas do passado recente é o mesmo Paulo Portas de hoje. Também sabem os meus simpáticos críticos que o José Eduardo dos Santos de ontem é o mesmo José Eduardo Dos Santos de hoje. Só que melhorado, e mais refinado e astuto na pratica da maldade.

Agora pergunto; afinal, o que aconteceu para empolgar tanto assim o impopular fala barato Paulo Portas que o levou a esgrimir discursos exageradamente exuberantes a favor da honorabilíssima celebridade o presidente JES?

De onde partiu essa cordialidade incongruente que agora existe entre essas duas personalidades do mal que no passado recente encontravam-se politicamente de costas viradas?

Como surgiu essa vertiginosa viragem de Paulo Porta que o levou a colocar-se de cócoras perante José Eduardo Dos Santos?

Para terminar respondam-me se poderem os arautos do regime, as perguntas que de maneira alguma querem calar: Depois de 33 anos passados de regime autocrático, depois de falseadas três eleições seguidas que lesaram de sobremaneira o povo e o país, depois de assistirmos as sistemáticas violações, a dramática constituição atípica por parte de JES, depois de assistirmos ao enriquecimento ilícito de JES, suas filhas e filhos, genros estrangeiros e companheiros de governo, seus capangas internos e externos, o povo está eufórico de felicidade?

Os autóctones estão mais contentes com JES? Tão alegres que esbanjem felicidade?

Os angolanos maioritariamente nestes mais de 33 anos do consolado de José Eduardo dos Santos esta feliz? Os angolanos estão muito mais felizes depois das eleições fraudadas de 31 de Agosto de 2012?

O povo ganhou mais ânimo e maior espaço reivindicativo após 33 anos de poder absoluto de JES? A nossa economia cresceu mais e hoje é melhor distribuída por todo povo?

A riqueza acumulada que o presidente e suas filhas levaram roubada para exterior do país regressou ao país e tem chegado as mãos dos donos da terra? Devo então desistir de criticar o nosso venerando Ali Baba, suas filhas e filhos, genros estrangeiros e os seus muitos ladrões?

Companheiros, maninhos, meus camaradas como fazer para sairmos dessa periclitante situação? Devemos estender as nossas lindas mãos e pedinchar ao gatuno JES algumas migalhas do dinheiro proveniente das riquezas que por direito também são nossas?

Oposições por favor, não joguem ainda a toalha para o chão e não se coíbam de reclamar publicamente nas ruas do nosso país perante o governo maluco de Angola e junto do ditador JES o nosso direito a indignação! Do contrário camaradas, o nosso comportamento será tão indigno quanto ao dos vendilhões do templo que pululam a muito na nossa terra abençoada.

Não envergonhemos mais o nosso povo nessa pendenga de peleja desigual que estamos com ela contra o nosso maquiavélico tirano. Não meus camaradas, a nossa luta faz sentido, e tanto eu como todo cidadão sedento de justiça não pode desistir dela. Meus kambas, meus irmãos, maninhos e todos os camaradas não podemos mais parar de lutar, temos de continuar a pelejar sem medo do ditador nem da ditadura, eles não poderão matar-nos a todos, a vitória pertence-nos porque Deus é justo. Vamos nessa, povo angolense?

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