quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Combates cada vez mais perto do centro de Damasco

 

Rebeldes fazem tentativa para chegar ao centro da capital. Exército sírio repele avanço com bormardeamentos.
Fortes combates na zona de Jobar: os rebeldes sírios tentam chegar ao coração da capital Mohamed Dimashkia/Reuters
A capital síria, Damasco, é palco de violentos combates entre forças da oposição e do Presidente, Bashar al-Assad, com um ataque dos rebeldes.
Não é claro qual o grau de avanço dos rebeldes, que estarão já no limite do centro da capital. Os insurrectos disseram ter conseguido o controlo de uma estrada circular, e que ligaram já uma zona que controlavam nos arredores da cidade com a central praça Abbasid. “Movemos a batalha para Jobar [bairro da parte leste] porque é a chave para o coração de Damasco”, disse o comandante de uma brigada rebelde, Islam Alloush.
A tentativa dos rebeldes quebrarem o impasse na cidade, diz a agência Reuters, entrou esta quinta-feira no segundo dia.
Descrições dizem que são os mais fortes combates dos últimos meses.
O Exército afirmou, pelo seu, lado ter lançado ataques aéreos para impedir o avanço dos rebeldes na capital de 2 milhões de pessoas. “O nosso nobre exército está a continuar as suas operações contra os terroristas, destruindo esses criminosos mentirosos”, afirmou a tevelsião síria, citada pela emissora britânica BBC.
Fontes falaram à Reuters em 30 mortos, a maioria durante a noite de quarta-feira e madrugada de quinta, em bombardeamentos sobre Joabar e outras duas zonas, Zamalka e Hajar al-Aswad.
Damasco e Alepo eram os dois bastiões do regime de Bashar al-Assad desde o início da insurreição, em Março de 2011, da repressão e da sua transformação em guerra civil. Alepo, a cidade mais populosa do país, está praticamente dividida a meio com uma zona controlada pelos rebeldes e outra pelas forças do regime.
Foram ainda relatadas duas explosões na cidade de Palmira, situada num oásis no desserto a cerca de 220 quilómetros de Damasco. Palmira é conhecida pelas ruínas de uma grande cidade romana, que era um dos mais importantes centros culturais do mundo antigo, nota ainda a BCC. A agência oficial Sana dizia que o ataque tinha ocorrido numa zona residencial, e um grupo activista clamava ter atingido com este ataque um edifício da informação militar.
O conflito na Síria já fez, segundo a ONU, mais de 60 mil mortos.

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