quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Associação Médica de Moçambique

Associação Médica de Moçambique
Suspensos médicos que tentaram sabotar a greve
Maputo (Canalmoz) – A greve dos médicos do passado mês de Janeiro ainda é motivo de notícias. Depois da Faculdade de Medicina da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) decidir pela reprovação colectiva de todos os médicos estagiários (estudantes finalistas de medicina) que aderiram à greve, em acção vista como retaliação do Governo que contraria o compromisso assinado com a AMM pata por fim ao movimento reivindicativo, agora foi a vez da Associação Médica Moçambicana (AMM) de suspender os médicos que traíram a classe.
Trata-se de médicos seniores, associados à organização, mas que tentaram inviabilizar a greve.
Dois despachos assinados pelo Presidente da AMM, Jorge Arroz, suspendem igual número de médicos membros da associação por um período de um ano. A justificação é basicamente a mesma para ambos: não aderiram nem se solidarizaram com os colegas que aderiram à greve, para além de terem tentado sabotar a reivindicação.
Os suspensos são Dr. Manuel Rodrigues Simão, ao que apurámos director do departamento de Cirurgia no Hospital Central de Maputo, e Dra. Rosel Salomão, directora do departamento de Medicina na mesma unidade sanitária.
“O Dr. Simão violou o código deontológico ao não agir solidário e solidamente em defesa dos interesses colectivos. Intimidou os membros associados Médicos Estagiários. Não cumpriu com as deliberações da AMM sobre a greve. Sendo conselheiro da AMM, foi contra os deveres e não saiu em defesa da AMM”, explica um comunicado da AMM justificando por isso que este membro foi suspenso por decisão emanada da última assembleia-geral extraordinária da associação, onde “todos os participantes votaram que se deve aplicar as sanções previstas nos Estatutos da AMM”.
“A Dra. Rosel difamou a AMM durante o período de pré-aviso da greve, ameaçou membros da AMM e celebrou um contrato da sede da AMM inconcebível, por um período de 8 anos, tendo praticamente “vendido as instalações da AMM”;
“Não agiu em defesa dos interesses colectivos de forma sólida. Durante a fase de pré-aviso, ameaçou os membros da direcção (que iria usar a capa do Governo para punir) e intimidou vários colegas durante a Greve”.
“Violou o código deontológico dos Médicos ao não agir de forma solidária com causas de interesse colectivo”, lê-se no documento da AMM para explicar as causas da suspensão deste membro, também emanada da última assembleia-geral extraordinária. (Redacção)

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