terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Apoio às vítimas das cheias é um acto solidário

SR. DIRECTOR!
 
Muito agradecido estarei se V. Excia autorizar a publicação desta minha reflexão no jornal em que é digno dirigente. A época chuvosa que vai de Outubro a Março quase anualmente tem provocado vítimas humanas e vários estragos nas infra-estruturas socioeconómicas do país, tais como estradas, linhas férreas, escolas, centros de saúde, entre outros.
Maputo, Quarta-Feira, 13 de Fevereiro de 2013:: Notícias
Este ano um pouco por todo o país somos dados a ver desde a segunda quinzena do mês passado, as destruições causadas pelas chuvas nas regiões sul, centro e norte do país, dificultando deste modo a vida normal das pessoas e de entidades públicas e privadas. Aquilo que se viu na região de Gaza, principalmente no distrito de Chókwè, mostrou-nos que apesar dos avisos emitidos pelas entidades competentes não fomos capazes de travar a força da natureza, facto que resultou em inundações à própria cidade, tendo provocado a morte de pessoas e a destruição de diversas infra-estruturas.
Muitos habitantes de Chókwè e seus arredores tiveram que se refugiar em Chihaquelane, algumas das quais até hoje lá se encontram. Muitas pessoas ficaram sem nada do pouco que tinham nas suas residências e hoje devem recomeçar a vida a partir de zero. São nossos compatriotas que ficaram desprovidos dos seus parcos haveres e que hoje necessitam do nosso apoio para se reerguerem depois de uma calamidade natural.
Por isso mesmo venho aqui e agora apelar a todos os moçambicanos, as entidades públicas e privadas que desenvolvem as suas actividades no nosso país para que continuem a estender essa mão solidária em apoio às vítimas das cheias e inundações registadas este ano um pouco por todo o território nacional.
É verdade que tenho vindo a acompanhar o movimento solidário interno que tem estado a mobilizar todas as pessoas de boa vontade a se entregarem de corpo e alma no apoio às vítimas, que estão albergadas em centros de acomodação espalhados um pouco por todo o país, mas julgo que ainda há muito por se fazer para que essas pessoas possam voltar a ter a sua vida normal. Portanto, o meu apelo é que as pessoas que se sentem sensibilizadas sobre esta nova tragédia que se abateu sobre os nossos compatriotas continuem a canalizar, através dos órgãos competentes, nomeadamente a Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) e o Instituto de Gestão de Calamidades (INGC). É que neste momento há mais de 150 mil pessoas que ainda continuam afectadas e a viver em centros de acomodação, que ainda precisam do nosso apoio para que as suas vidas retornem à normalidade.
Bem hajam os que do pouco que têm estão a manifestar a sua solidariedade para com as pessoas afectadas, quer doando roupa, comida e outros bens.
  • Jossias Rulane

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