domingo, 13 de janeiro de 2013

Riquinho justifica-se: “Bonga é um fantoche”



Luanda – Bonga é um fantoche e que já deveria ganhar juízo com a idade que tem, tentou ludibriar-me, fazendo aproveitamento pelo facto de o trazer para Angola com todas as despesas pagas e cantar para um outro sítio, recebendo 50 mil dólares, sendo eu a assumir as despesas de transporte, bilhete, cachet e hospedagem, uma prática que ao longo dos anos, muitos músicos fizeram comigo, inclusive o Bonga.
Fonte: Club-k.net

Eu tirei-lhe da UNITA para o MPLA

Os músicos têm muito destas vigarices, trago-os para Angola com contratos teóricos na base da boa-fé e de amizade, postos cá cantam nos meus espectáculos e depois fazem outros contratos sem eu receber nada, como mandam as normas contratuais para esse tipo de serviço, desta vez disse basta, não fui na conversa do Bonga que já tinha tudo preparado para cantar para o reveillion e depois ir cantar, como cantou na festa do Dr. Carlos Feijó, sem eu receber nada, só assim justifica ter sido ele a pagar o seu próprio bilhete de passagem e do Betinho Feijó, irmão de Carlos Feijó, Bonga se for honesto consigo próprio ao invés de propagar esta notícia tendenciosa deve é pagar-me 25 mil dólares, porque se o nosso acerto sobre a sua vinda foi de, entre os 15 e 20 mil dólares, Bonga não tem que ir cantar a mais sítio nenhum sem o meu conhecimento e, principalmente, em festas privadas, e se o fez deve pagar-me metade do valor do cachet.
O pior ainda é mesmo quando é uma festa privada, que é um luxo, se Bonga foi contratado por mim para vir cantar no reveillion não tem que fazer aproveitamento e ir cantar na festa de aniversário do Sr. Carlos Feijó.
Vistas bem as coisas o Sr. Bonga não tinha que me cobrar mais dólares nenhuns, ainda teria que me pagar uma indemnização de cerca de 500 mil dólares por abuso de confiança e o Sr. Carlos Feijó, como jurista, o sabe muito bem. Se quiser trazer Bonga para a sua festa de aniversário que custeasse todas as despesas.
Assim sendo, vou mover um processo de difamação e aproveitamento, porque esta notícia do Club K é claramente de campanha contra a minha pessoa. A razão está do meu lado: se Bonga aceitou vir a Angola, pagando o seu bilhete e receber o cachet aqui em Luanda, deveria aguardar que isso acontecesse, porque ninguém o amarrou ou obrigou a vir a Angola nestas condições, veio de livre vontade como das mais de dez vezes que já o trouxe a Angola em condições similares e nunca houve problema algum.
Desta vez, como o nosso mais velho tinha um trunfo na manga, partiu para o descalabro público para me esforçar a pagar-lhe, pensando ele que eu não sabia que Bonga tinha ido cantar para o aniversário do Sr. Carlos Feijó.
Bonga para além disto foi usado para fazer campanha contra mim, uma vez que das várias pessoas visadas nas notícias do jornal Continente, Bento Bento e Carlos Feijó, conscientemente aparecem nas notícias e é fácil depreender que Bonga esteve a ser usado para retalhação, só que Bonga esqueceu-se que já sabíamos da sua participação na festa do Sr. Carlos Feijó, por isso demos tempo ao tempo para ver como as coisas terminariam.
Trocando em miúdos, a razão está do meu lado, quem traiu a confiança foi Bonga, que mesmo que houvesse algum problema de atraso para quem já o trouxa a Angola muitas vezes, para quem já o pagou o maior cachet da história dos músicos angolanos, cem mil dólares, para alguém que já o pagou cerca de meio milhão de dólares ao longo das vários vindas a Angola, há cerca de 20 anos, para quem o trouxe para o MPLA, tirando-lhe da UNITA, para quem lhe deu dignidade, para quem lhe deu novamente abertura para a sociedade angolana, para quem o levou a ser recebido pelo Presidente da República de Angola, Bonga devia ter mais consideração e respeito e não prostituir-se por meros dez ou 15 mil dólares.
Bonga, para além de ser um fantoche é um ingrato por tudo que fiz por ele, é um traidor, que se vende a qualquer tostão, foi assim com Jonas Savimbi na Jamba, e é agora novamente.
Quando um artista da performance de Bonga paga o seu próprio bilhete de passagem e do seu acompanhante para vir actuar em Angola para receber o cachet depois da actividade, só pode ter trás razões, primeiro, uma alta confiança no empresário, segundo, mais interessado em vir para o evento do que o interesse do empresário em trazê-lo ou se tiver outros interesses, como foi o caso.
A mentira tem pernas curtas mais vem sempre ao décima, Bonga nem estava agendado, foi ele que sugeriu a sua entra no espectáculo do reveillion, estava agendado para show do estádio da Cidadela do dia, 29, que foi adiado pelo facto da Igreja Universal ter ocupado o Estádio, por sete dias.
Praticamente, quem insistiu ou persuadiu a vir a Angola para o reveillion comprando o seu próprio bilhete foi o Bonga que afinal tinha intenções não confessas, que era aproveitar a sua vinda a Angola, eu pagando as despesas como agora me está a cobrar e nas minhas costas fazer outros negócios sem que eu tivesse proveito. Isto é mau para o mais velho Bonga, que aos 70 anos, nesta idade já deveria ter juízo.

2 - Quanto a festa de reveillion, que também sou citado no vosso site, reconheço que de facto e dou a mão a palmatória que alguns músicos publicitados não estiveram lá, reconheço também, e devem estar de acordo comigo que tivemos também outros músicos e de maior cartaz que também não estavam publicitados.
Tivemos lá o caso do próprio Bonga, que pela sua dimensão está no lugar de cinco ou seis músicos, Kelly Silva, Paulo Matumina e três músicos da nova vaga, também estiveram presentes. Ora, quem publicitou três músicos e pós seis, deve haver uma compensação, mas para todos os efeitos aceito a crítica e dou a mão a palmatória.
Mas também devo salientar que a nossa festa de reveillion, noves fora eta situação e a troca do Dj Picaço Júnior, pelo Dg Ranger, tivemos uma festa luxuosa num local magnífico, na ordem de mil pessoas, com festival de fogo-de-artifício, bom serviço de buffet, boa comida e bebida, até as 7 horas da manhã. E é de referir também que os músicos no reveillion a sua falta as vezes não é por culpa do produtor mas porque assumem compromissos com vários reveiliões em simultâneo.
Como agora adoptamos a política de só pagar três minutos antes de subir ao palco se chegar no horário combinado, provavelmente não tivemos lá alguns dos músicos porque estavam também agendados para outros reveillion e não quisemos correr o risco de não ter lá músicos ou tê-los na hora que lhes conviesse, muitas vezes a madrugada, preferimos subcontratar outros que bem fizeram o seu papel, casos do Paulo Matunina, Kelly Silva e o próprio Bonga. A festa foi animada, boa e muito bem abrilhantada pelo Dg Picasso Júnior.
JORNAL CONTINENTE
3 - Quanto ao Jornal Continente, não gostaria de comentar em fórum público, mas vou dar uma chega dizendo que qualquer instituição no nosso país tem problema de atrasos salarias, o Estado tem, o Governo tem, o país tem, empresas fortíssimas do próprio Estado ficam as vezes meses e meses com os salários atrasados, tivemos exemplos recentes da Angola Telecom, RNA e a Federação Angolana de Futebol. Portanto, atrasos salariais não são crime nenhuns no mundo.
Para um empresário que vive do seu ganha-pão, das contas das vendas, que não está envolto no sistema das facilidades, que não recorre ao saco azul, que não tem apoios e patrocínios, sendo um dos semanários mais importantes do país, mas que não tem nenhuma publicidade institucional como os semanários ligados a figuras do Governo, como o jornal “O País”, “Novo Jornal”, que têm publicidade da Sonangol, Unitel, etc., estes sim, não têm problemas salariais porque as suas receitas saem do saco azul. Nós não, vivemos dos nossos rendimentos do binómio custo de produção e venda, mas mesmo assim ainda não é possível obter os resultados preconizamos.
Por isso, em períodos menos bons é natural ter esta dificuldade que é ultrapassada, naturalmente, como já aconteceu. Quero deixar aqui bem claro que não foi reivindicação, greve ou tentativa de greve legal, até porque os reivindicadores são uma minoria insignificante de cinco pessoas num horizonte de 50 trabalhadores, e somos dos jornais onde todos os funcionários ou 98 porcento destes lhe foi atribuído um meio de transporte e patrocinamos uma refeição diária a todos os funcionários, para além dos bonos de fecho do jornal.
Mesmo com atrasos salariais que tivemos, de três meses a alguns trabalhadores, e quatro para os outros, fomos dando alguns bónus como por exemplo no mês de Novembro, entre os mil e 500 dólares, no Natal, entre os 500 e 200 dólares e no reveillion, igual valor, entre 500 e 200 dólares, de acordo com as funções. Mesmo em crise sempre me preocupei com as condições dos trabalhadores.

4 - Queria aproveitar a oportunidade, após esta exaustiva resposta para dizer que normalmente só se falam das coisas más, o angolano não tem a capacidade do reconhecimento das boas acções dos outros: em 2012, realizamos os projectos culturais do ano, Quartas e Quintas Tropicais, realizamos 50 edições e cada uma com dez músicos, numa média de 500 músicos, isto é obra meus senhores.
Nem o próprio Ministério da Cultura, nem todas as empresas de espectáculos juntas, incluindo o processo da campanha eleitoral, alguém terá dado trabalho e sustento a mais de 500 músicos, a cultura nacional, a diversificação cultural e principalmente a união entre os artistas, tendo em cada espectáculo dez músicos diferentes, o artista principal e os amigos, com um custo de cachet em média na ordem dos 25 mil dólares e em muitos casos, 30, 40 e 50 mil dólares.
Tivemos no Tropical desde o Edy Tussa ao Elias Dya Kimuzo, passando por Bonga, Paulo Flores, Eduardo Paim, Big Nelo, Ary, Yuri da Cunha, em suma, todos os músicos angolanos de impacto e que têm músicas no mercado.
Tivemos um custo por edição na ordem dos cem mil dólares e em alguns casos de 150 a 200 mil dólares, com uma receita nunca superior a 50 por cento dos gastos, com um investimento na ordem dos sete milhões de dólares e passivos na ordem dos cinco milhões de dólares (prejuízos), sem qualquer ter o apoio do Governo, Estado ou do Ministério da Cultura, mesmo com o fundo de apoio institucionalizados estamos aqui a respirar saúde e vivos com o sentido do dever cumprido.
Temos passivos da Quartas Tropicais, na ordem dos 150 a 200 mil dólares. Fazer o que nós fizemos com as Quartas Tropicais sem qualquer ter apoio do Estado, foi um milagre cultural, mas mesmo assim não somos reconhecidos, nunca tivemos patrocínios de qualquer estrutura do Estado, pública ou privada, até o ministério da Cultura nunca nos deu um dólar sequer, há 20 anos no mercado.

5 - Em jeito de remate final e porque as pessoas têm memória muito curta, quero relembrar que não deverá haver angolano que nos últimos dez anos tenha feito mais a nível do estado e outras instituições, como eu, levei sob os meus custos, 250 pessoas ao festival mundial da juventude e estudantes, pela JMPLA e até hoje não fui compensado, levei a maior delegação da história ao mundial de futebol, gastei milhões de dólares em nome da promoção da bandeira de Angola.
Levei ao mundial da Alemanha todos os músicos angolanos de referência, produzimos o CD Força Angola, oferecemos mais de 150 viaturas a selecção nacional de basquetebol, 25 anos dirigentes, Jeeps ao ministro, vice-ministro dos Desportos e presidente da FAF.
Trouxemos ao país os melhores artistas do mundo, fizemos diversão aos jovens nos piores momentos de guerra, investi milhares de dólares na recuperação do Cine Tropical, há 20 anos, deram cinema a todo o mundo a mim não, mesmo merecendo o Cine Tropical, tentei ficar com o Cine Karl Max, fui ultrapassado por uma das filhas do PR.
Cederam-me um espaço junto ao Largo 1º de Maio, onde havia colocado as minhas viaturas que apoiaram o partido MPLA durante o congresso de 2007, mas me foi retirado sem obedecer os pressupostos legais. Lá queria erguer um projecto, mas injustamente não beneficiei.
Fiz muito por este país e desafio o Club K e os seus internautas a apresentarem alguém com um curriculum igual ao meu.
Por outro lado, recordar que também temos passivos como é o caso do BPC cujas negociações estão já ao mais alto nível. Porque o Club K não escreva sobre as dívidas que a Sonangol, Endiama e o Ministério da Juventude e Desportos têm connosco.
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