quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Organização criminosa furta passaportes de angolanos


Beijing - Angolanos que alegam o desaparecimento dos seus passaportes na região de Guangzhou, República Popular da China, terão sido alvo de acção criminosa de outros estrangeiros naquela zona chinesa – disse em Beijing a responsável consular.

Fonte: Angop
Em declarações à Angop, TPA e ao Novo Jornal, a responsável pelos Serviços Consulares da Embaixada de Angola na China, Maria Luzia Dias dos Santos, explicou que recebe muitos pedidos de salvo-conduto de angolanos que alegam ter ficado sem os passaportes no táxi, no hotel, no banco ou mesmo em assaltos em que foram vítimas.
Há muitos casos de pedidos de salvo-conduto de angolanos assaltados na região de Guangzhou ao tentar regressar ao país ou surripiados no táxi, no banco ou no hotel o que a leva passar essa licença diplomática para que regressem ao país.
No hotel onde se hospedam, há pessoas de outras nacionalidades e desconfiam que algumas tenham implicações nos casos, por estarem em Guangzhou em período superior à validade de um visto normal – salientou a diplomata citando as vítimas.
Para ela, há uma espécie de organização criminosa que furta os passaportes nos hotéis onde vivem e os passam a outras pessoas para encobrir a sua verdadeira identidade.
Maria Luzia Dias dos Santos concorda que os desaparecimentos dos documentos não são casuais, pois nunca apareceu um passaporte na via pública ou num táxi.
"Neste tempo todo que aqui estou nunca apareceu um passaporte na via pública ou perdido dentro de um táxi. Portanto concluo ser verdadeira a informação que aponta para o uso do documento por outras pessoas", frisou.
Para reforçar a sua apreciação, argumentou com o facto de o normal, quando uma pessoa perde um passaporte na via pública, é que quem o encontre entregue as autoridades.
Porém, nunca as autoridades chinesas remeteram aos Serviços Consulares da Embaixada de Angola algum documento “apanhado na via pública ou coisa do género” – clarificou a diplomata, para quem isto as “leva crer que alguma coisa deve estar a acontecer nessa cidade”.
Esporadicamente circula por Angola e pelo mundo informação indicando o envolvimento de cidadãos angolanos em actividade criminosa fora do seu país, mas em certos casos, após triagem, revela-se não se tratar de angolano, mesmo ostentando o passaporte do país.
Os serviços consulares de Angola adiantaram existir o caso confirmado de uma angolana, Ruth, condenada a pena de morte na China, por envolvimento em tráfico de droga, e existência de um outro preso com identidade angolana, mas que as autoridades já confirmaram não ser angolano.

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