quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O fanatismo religioso foi motivo do “Dia do fim” na Cidadela - Anacleto Loquele



Luanda – Existem muitas pessoas pregando ensinos exóticos por ai, como se a única verdade estivesse em suas mãos. Cada ano surge novas religiões, que estão deixando muitas pessoas confusas acerca de Deus e da verdadeira religião. É necessário ficar informado para não enganado. Se acreditamos que existe a falsa e a verdadeira religião, logo, nem todas podem estar certas ao mesmo tempo.

Fonte: Club-k.net

Entre os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo no mundo, há uma maravilhosa unidade nas coisas básicas da fé. As seitas religiosas, embora sejam muitas, também possuem características comuns. Entre os factores básicos que podem caracterizar uma seita herética, destacamos:

- Ambição financeira, onde os líderes das falsas religiões sempre querem mais bens, possuem amor não as pessoas, mais ao dinheiro dos fiéis, ou até mesmo tomar suas posses. Há aqueles que até prometem prosperidade rápida como recompensa divina aos seus seguidores.

- Ânsia pelo poder: em Jeremias (apoio me na Bíblia) 45: 5 está escrito: procuras tu grandezas? Não as procure; mas a pessoa que possui fé falsa tem um grande desejo de poder. Usando o nome de Deus, ela está construindo o seu próprio império. O verdadeiro crente sabe que todo poder (Mateus 28.18). Mas o falso profeta, guia normalmente é ávido por poder. Este poder pode ser de natureza.

Na base disso, estão os discursos libertadores proferidos pelos pastores. Os discursos libertadores é a base de alguns protestantes e outras seitas com proveniência na América do Sul. O discurso libertador é o horizonte regulador a cerca de Deus, e, ao mesmo tempo, mostra-nos que o Deus do discurso é fonte de libertação.

Este se manifesta concretamente nos diversos momentos do processo histórico de um povo. Consequentemente, este discurso torna se força geradora de acções que viabilizam uma prática libertadora, segundo as necessidades advindas das diversas circunstâncias sob as quais um povo está submetido.

O discurso libertador na Igreja Universal do Reino de Deus e outras seitas religiosas começa com atracção, a partir da realidade cultural, social, económica e política sob a qual alguns povos da América Latina, a partir das décadas de 60/70 do século XX, passaram. Estas Igrejas assumiram o discurso libertador como paradigma de todo fazer teológico.

Estes discursos têm mais cunho nos países cujo ambiente político é geralmente caracterizado pela presença de governos que administram o poder arbitrariamente em vantagens dos ricos e dos poderosos, fazendo amplo uso da força e da violência. O ambiente económico e social está marcado pela miséria e pela marginalização da maior parte da população. Os recursos económicos são controlados por um pequeno grupo privilegiado.

No ambiente cultural se verifica ainda uma notável dependência. Na ciência como na filosofia, na arte como na literatura, quase nada é concedido á originalidade das populações. Neste sentido, estes discursos no seio dos povos pobres e agrafos, é a luta pela liberdade da cultura, dos valores, da economia, da política, da política dos governantes, frente as diversas opressões.

Devido a pobreza e á nefasta degradação do povo, o discurso libertador das igrejas e seitas com características ambulatórias devem ser entendidas como superação de um processo de exclusão. Já que esta é a consequência direita das relações entre povos empobrecidos e se deterioram porque ficam a margem do processo económico e político norteado pelos ricos dirigentes impostores.

Desta forma para eles, compete ao discurso libertador a tarefa de falar sobre Deus a partir da óptica de um processo excludente e a partir da realidade concreta dos excluídos. O pastor desta linhagem, portanto, deve ter este duplo olhar: olhar para Deus e olhar para o excluído. Olhar para Deus é a fonte de toda libertação possível e o olhar para o excluído identifica onde há necessidade de acabar com a sua pobreza, enfermidade e submissão.

Para uma forma de se justificar quanto a sua prática, os pastores usando discursos libertadores, deparam-se com a Bíblia Sagrada. A Bíblia deve fornecer subsídios para que se possa identificar a face de Deus e sua acção livradora. Ao contrário usam o povo no seu aspecto da pobreza, proferindo lhes os discursos da libertação como meio de adquirir riquezas, o pobre cada vez mais pobre e o Pastor enriquece cada vez mais o seu capital.

Referente ao fanatismo nessas igrejas e seitas, em nossa época, supostamente dominada pela ciência e pela tecnologia, o fanatismo parece ser uma reacção feito em recalcado do inconsciente da humanidade. Fanatismo vem do latim “fanaticus”, que quer dizer o que pertence a um templo, “fanum”.

O indivíduo fanático ocupa o lugar de escravo diante do senhor absoluto que pode ser uma divindade, um líder mundano, uma causa suprema ou uma fé cega. O fanatismo é alimentado por um sistema de crenças absolutas e irracionais que visa a um ser poderoso empenhado na luta contra o mal. Ou seja, o fanático acha que pode ser exorcizar pessoas e coisas supostamente possuídas pelo demónio, combater as forças do mal ou salvar a humanidade do caos.

Foi o fanatismo religioso que faz muitos seguirem tantos místicos ou charlatões que terminam causando tragédias colectivas, noticiados no mundo todo. Precisamos admitir que, a história de humanidade é também a história dos vários fanatismos dominando grupos humanos sempre com consequências trágicas. Esse pedaço da história renegado nos causa vergonha, medo e sinalizam alertas para possíveis efeitos negativos no rumo da civilização.

O fanático religioso é necessário ser soldado de Deus absoluto na terra, lutar pela causa superior, pregar, exorcizar, forçar os infiéis ou divergentes a conversão absoluta, a qualquer preço. O fanático está sempre disposto a dar provas do quanto sua causa suprema vale mais do que as próprias vidas: dele, de sua família ou mesmo de toda a humanidade. Ele mata por uma ideia e igualmente morre por ela.

O fanatismo contém sintomas e estratégias de sedução. Quando alguém quer ir impor a todos de modo tirânico a verdade única extraída de sua inspiração ou crença absoluta. Pretende assim a uniformização via linguagem, através da aparência física, rituais e slogans como por exemplo: “só Cristo salva”, “Jesus Cristo é o senhor”, “em nome de senhor Jesus eu ordeno”.

São expressões de carácter estereotipado, sustentado por uma estrutura de alienação do saber, onde o discurso passa a falar sozinho, é uma resposta que está no gatilho, pronto para qualquer emergência que o sujeito não quer pensar. Sinalizam que o indivíduo se rende e a igreja e este a causa.

Os recéns convertidos de qualquer seita religiosa estão sempre convictos que finalmente, contemplam a verdade e essa tem que ser imposta a todos, custe o que custar. Outro sinal é o isolamento dos membros de algumas seitas religiosas da convivência familiar e social e adaptam um modo de vida narcísico, enfim, quando uniformizam seu discurso, gestos, postura, atitudes em geral e punem os que se recusam a seguirem as regras impostas.

Os membros são persuadidos a manterem os vestígios simbólicos da vida anterior para fazer renascer a vida em outra base moral e de fé. Faz parte da estratégia para atrair pessoas para novas seitas e igrejas, investir em programas produzidos para solitários que sofrem insónia e depressão nas madrugadas.

Desta feita, está a vossa disposição este artigo cuja reflexão baseia se no acontecido e na realidade quotidiana fora da Cidadela Desportiva (31 de Dezembro de 2012).

1 comentário:

Anónimo disse...

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