sábado, 19 de janeiro de 2013

Navios de guerra russos navegam rumo ao Mediterrâneo: Voz da Rússia

Stanislav Tarasov
19.01.2013, 14:15, hora de Moscou
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cruzeiro moskva, frota do mar de norte
RIA Novosti

Navios da Frota do Mar Negro, com o cruzador Moskva à cabeça, têm sido enviados ao Mediterrâneo Oriental.

Para a mesma região do oceano mundial têm sido deslocados agrupamentos de navios das Frotas do Norte e do Báltico. Há pouco pelos estreitos passou o grande navio de desembarque Saratov da Frota do Mar Negro. Não longe do Golfo Pérsico encontra-se o grande navio anti-submarino Marshal Shaposhnikov que faz parte do destacamento de navios da Frota do Pacífico. Esta esquadra pode passar rapidamente pelo Canal de Suez entrando também no Mediterrâneo Oriental. A que se devem estas manobras da Marinha de Guerra russa?
O objetivo com que os navios militares russos se encaminham ao Mediterrâneo, não é o de dar um cruzeiro marítimo. É uma demonstração da bandeira junto das costas da Síria dilacerada por uma guerra civil. Mas este objetivo não tem nada a ver tampouco com aquilo que se publica agora em jornais europeus e turcos. Que Moscou, alegadamente, está preparando um plano de evacuação da Síria de cidadãos russos e ainda do presidente deste país, Bashar Assad.
O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia desmentiu decididamente estes boatos, bem como existência de “un roteiro americano-russo secreto”. Ao mesmo tempo, muitos notaram o fato de os EUA terem retirado do Mediterrâneo, antes de que na região apareceram navios militares russos, o porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower, o porta-helicópteros de desembarque USS Iwo Jima e dois contratorpedeiro s. A Casa Branca explicou essa decisão alegando à necessidade de “atenuar a tensão na região”.
Tudo isso faz pensar que as posições do Ocidente e da Rússia em relação a perspetivas da solução do problema sírio começam a convergir. Por receio de que em Damasco, em substituição do regime de Assad, poderiam vir ao poder grupos extremistas. O fato de Al-Qaeda estar presente na Síria foi confirmado também pelo premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, em reunião do governo israelense.
E a Turquia? O jornal Haberturk salienta que agora Ancara deveria interpretar com habilidade e perspicácia a posição da Rússia para com o problema sírio e o incremento da presença de sua marinha de guerra no Mediterrâneo Oriental. Sobre este pano de fundo, a diplomacia turca, segue recomendando o Haberturk, teria que estar prestes a empreender passos mais decisivos rumo à solução político-diplomã tica do conflito sírio. No caso contrário, a Turquia arriscaria ficar fora do concerto diplomático mundial.

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