terça-feira, 1 de janeiro de 2013

José Eduardo é mais do que o Presidente da República - José Ribeiro



Luanda - José Eduardo é mais do que o Presidente da República e titular do Poder Executivo. É um amigo, um chefe de família, um pai, um avô, e um grande companheiro, que há décadas serve o seu país, sem um momento de desânimo, sem baixar os braços, dando o exemplo nas horas difíceis, sempre com serenidade e transmitindo calor humano e confiança aos que julgavam perecer, face às avalanches de dificuldades que se abateram sobre Angola e os angolanos após a Independência Nacional.

Fonte: Jornal de Angola
O homem da reconciliação
José Eduardo dos Santos não tem eleitores, tem amigos. Nos comícios dizem-lhe “Dos Santos, amigo, o povo está contigo”. Nos jovens tem um pilar sólido de apoio às suas políticas. Os jovens são seus irmãos e companheiros. Os seus familiares e amigos apoiam-no porque jamais podiam virar as costas ao seu principal esteio, sempre presente, sempre disponível, sempre de braços abertos.

Os angolanos habituaram-se a amar e respeitar o “Camarada Presidente”, porque nos momentos mais difíceis, quando tudo parecia perdido, ouviram a sua palavra de ânimo e confiança ou olharam para o lado e viram-no nas frentes de combate, onde a pátria angolana era defendida sem desfalecimentos e sempre com heroísmo.

José Eduardo é um angolano como cada um de nós, que chora no funeral de um amigo, de um camarada ou do seu honrado pai, que sofre ao nosso lado, quando sabe que ainda falta muito para a felicidade bater à porta de todos os lares angolanos. José Eduardo dos Santos dança com os seus netos no dia do seu aniversário, à vista de todos. O Presidente da República visita familiares e amigos e mostra emoção quando revê velhos companheiros. É como cada um de nós.

José Eduardo grita de entusiasmo nos estádios de futebol quando a Selecção Nacional joga e toda a gente canta o Hino Nacional. Ele que passeou a sua classe nos “pelados” de Luanda, quando jovem estudante liceal e dava nas vistas como futebolista. José Eduardo foi um jovem atleta destacado, sempre estimulado pelo professor Daniel Leite, que no Liceu Salvador Correia descobriu grandes talentos para o Desporto Angolano. José Eduardo mostra o seu sorriso de felicidade, ainda que discreto, quando vai inaugurar mais uma obra estruturante bem feita, quando revela os sucessos do desempenho económico, quando está junto do seu Povo, para verificar os resultados da reconstrução e da preparação do caminho para o desenvolvimento.

José Eduardo lançou o Programa Água para Todos, porque na infância e adolescência compreendeu como é duro para muita gente viver sem água potável. Lançou um programa de investimentos nas micro, pequenas e médias empresas, com juros bonificados, porque ele conheceu o dia-a-dia de uma pequena comerciante, a sua mãe Jacinta, que trabalhou muito, da rua para uma banca no Mercado de São Paulo, vizinho do seu Sambizanga.

José Eduardo é um homem de acção e, como todas as pessoas inteligentes, de poucas palavras. Alguns reclamam dele a “mediatização” que está na moda, a política espectáculo, mas esse não é o seu estilo. Os angolanos são bons entendedores do seu Presidente.

O Estado da Nação

O Presidente da República recusou a política espectáculo quando enviou uma mensagem à Assembleia Nacional, solicitando que o discurso sobre o Estado da Nação fosse aquele que proferiu na sua tomada de posse, ante o presidente do Tribunal Constitucional, na Praça da República. Os dois actos estavam demasiado próximos e fazia pouco sentido dizer mais do que disse nesse momento solene. No acto de investidura como Presidente da Nação Angolana eleito mostrou quais eram os grandes desafios.
O Presidente revelou aí as políticas que hão-de concretizar o programa de governo sufragado pelos eleitores em 31 de Agosto.

As palavras que gravámos e mostram a sua personalidade, foram estas: “agradeço, do fundo do meu coração, a honra e a confiança que o Povo Angolano me conferiu para dirigir os destinos do país, reafirmando assim a sua anterior posição, numa clara demonstração de coerência e de maturidade política. Agradeço também aos membros da minha família e a todos aqueles que me ajudaram durante a campanha eleitoral a levar a minha mensagem e a do MPLA ao conhecimento de todos os angolanos. Os eleitores votaram, escolheram os dirigentes do país e estamos aqui para respeitar a sua vontade. Tratou-se, de facto, de uma decisão democrática do nosso Povo, que deste modo mostrou que está a favor do Manifesto Eleitoral e do Programa de Governação do MPLA”. Os afectos do Presidente estão na base das grandes vitórias dos angolanos e são eles que melhoram todos os anos o Estado da Nação.
Contra os egoísmos
José Eduardo dos Santos nunca seguiu uma política isolacionista nem fechou as portas a ninguém, nem sequer aos inimigos de Angola que semearam a dor e o luto de Norte a Sul do país. Hoje são todos bem acolhidos em Angola: portugueses, sul-africanos, americanos, israelitas, marfinenses, marroquinos. Todos são bem vindos.

A situação política mundial esteve sempre na primeira linha das suas preocupações como homem e como estadista. As suas qualidades pessoais determinaram que fosse escolhido para chefe da diplomacia angolana no primeiro Governo após a Independência Nacional. As suas preocupações com o que se passa no mundo estão bem expressas no discurso que fez diante do Corpo Diplomático em Janeiro deste ano:

“O desentendimento está a superar o entendimento entre as nações, porque a dúvida e a desconfiança se instalam onde o egoísmo fala mais alto e o diálogo é substituído ou pela força de vontade do mais forte ou pela teimosia ou megalomania do aparentemente mais fraco. Da religião à política ou dos interesses económicos aos interesses militares e estratégicos, está a ser difícil construir valores comuns e normas de tolerância que façam coabitar pacificamente as diversas civilizações humanas em harmonia global. O fundamentalismo religioso e o radicalismo de esquerda ou de direita são a origem da maior parte dos conflitos e tensões que ocorrem no domínio político entre nações ou no interior dos Estados.”

“Não vivemos ainda os novos tempos que o fim da Guerra-Fria deixou prever, quando acreditámos que a paz e a segurança mundial estavam garantidas e que as relações entre os países de todo o mundo se iriam, a partir de então, traduzir num clima de maior solidariedade e cooperação e no respeito pelas normas e princípios do Direito Internacional. Esse é que seria o espírito ideal para juntos lutarmos por causas que beneficiam toda a Humanidade, como a defesa do ambiente, o combate ao narcotráfico e ao crime organizado, a promoção da saúde e o fim pacífico dos grandes conflitos. Acredito que o bom senso acabará por prevalecer e que os dirigentes de todos os países irão reassumir as suas responsabilidades como legítimos representantes eleitos dos seus Povos”.

O Presidente dos Afectos quer a paz e a felicidade em Angola mas não se esquece dos egoísmos que estão a transformar o mundo num imenso campo de batalha onde não cabe tanto sofrimento e tanta dor. José Eduardo dos Santos demonstrou querer um mundo novo onde o diálogo e a reconciliação falem mais alto que o ódio e a ambição. O Arquitecto da Paz quer o mundo reconciliado, como ele próprio reconciliou os angolanos.
Tempo para fazer melhor
José Eduardo dos Santos fala aos angolanos com o seu grande coração. Ele sabe que apesar de estar meio caminho andado no arranque para o desenvolvimento, a metade que falta percorrer ainda vai exigir muitos sacrifícios até que a paz, a abundância e a felicidade invadam todos os lares de Angola. Na mensagem de Natal de 2011, com a habitual serenidade, o Presidente da República de Angola disse com um traço de angústia: “reconheço como natural a expectativa e a vontade de ver resolvidos rapidamente todos os problemas. Mas temos contra nós o tempo. Tudo requer tempo para ser feito! Em 2012 vão cumprir-se apenas dez anos de paz e o caminho percorrido, desde então, permite-nos concluir que se fez tudo o que esteve ao nosso alcance para chegarmos onde estamos. O que a Nação fez é positivo e dá-nos a esperança de que podemos fazer melhor agora e atingir as metas que estamos a preconizar a médio prazo e garantir uma vida melhor para todos. O que importa é que cada um, no seio da sua família, encontre nesta Quadra Festiva o amor e a energia necessários para seguirmos em frente, num espírito de unidade e de solidariedade social, defendendo os superiores interesses da Pátria Angolana”.

O discurso presidencial é feito de afectos profundos, às famílias, ao povo, à pátria. Também por isto José Eduardo dos Santos foi distinguido com o primeiro Prémio Jornal de Angola.

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