segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Carta aos democratas do futuro

Por Lazaro Mauricio Bamo
Começo esta carta com a citação Ivone Boechat (pedagogoga brasileira), que diz “Democracia sem educação é anarquia”. Esta “tese” dela, tem estado a ganhar corpo e alma na sociedade em que vivemos hoje, marcada por bobagens e impropérios proferidos nas redes sociais em nome da famosa liberdade de expressão e de opinião.

Eu escrevo esta carta aos democratas do futuro..., na esperança de com eles viver no hiperurânio. Até lá, sei que a democracia irá lhes provar que esta, não é apenas uma questão de teorização ou do simples nome, mas de uma prática diária e muito mais complexa do que se pode imaginar.

Aos democratas do futuro, espero que consigam erguer os valores morais e éticos que estão hoje a destruir em nome da construção da “verdadeira” democracia. Eu espero que os democratas do futuro, preparem a pré-escola da democracia e deiam tentâculos a mesma para que garanta a reprodução dos seus ideais.

Escrevo aos democratas do futuro, para que tenham cuidado ao legitimar a ditadura, a exclusão e a censura, pois ao ritimo que andamos corremos o risco da democracia de amanhã será mais ditadura que outra coisa.

Alerto aos democratas do amanhã, que insultar, ofender atacar pessoas é uma arma que funciona para distruir individualidades, entidades, etc mas depois dos seus alvos as balas do povo virão contra sí, perguntem ao actual presidente egípcio, vos explicará melhor o que digo.

Não acho sensata a forma como a luta pelos direitos das pessaos é feita, ela não promove cidadania, não estimula união das pessoas nem tão pouco tem uma visão do conjunto. Os interesses had hoc que se manifestam nos nossos dicursos estão a hipotecar o nosso futuro.

Há uma campanha que está ser feita pelos democratas do futuro, para acabar com a humildade, com o respeito e o civismo. Esta campanha caracteriza-se por desvalorizar tudo e insultar a todos, o que mais interessa é rejeitar é negar, é matar. O preço não tardará chegar, e os democratas do futuro saberão como lhe dar com este desafio no futuro, aliás, o actual presidente egipcio já está usar balas contra seus opositores.

Não advogo passividade, não, mas também não quero legitimar falta de educação, o desrespeito em nome das liberdades consagradas na lei. A lei positiva só em si não funciona, ela deve ser aliada e conjugada com a lei natural, para garantir que os contrários e os diferentes sejam iguais.

Em nome da democracia e até da consolidação desta, tenho estado a assistir a legitimação do insulto e da falta de respeito, da ofensa, como uma forma de ser e estar uma manifestação a todo custo de quem quer ser isto ou aquilo, não porque tenciona mudança, mas é a natureza do próprio homem lutar pela sua sobrevivência.

Eu quero e defendo uma sociedade pensante, criativa, progressiva e revolucionária, mas ela deve comedida, ela deve ter um mínimo de bom senso e o respeito pelo próximo. Está-se a patrocinar suicidas sociais e se o plano falhar, os patrões irão fugir, abandonar a não causa e partir para outras, ai será tarde porque o nosso tecido social será pior que a Somália.
 

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