quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Zambézia funcionou com apenas 279 brigadas das 576 previstas - 2009

04/08/2009

 

Segundo Renamo
“Frelimo que esqueça a Zambézia, pois aqui nunca ganharam e jamais ganharão” – Avança Ireneu Joaquim Muanaco – delegado interino da Renamo na Zambézia
O partido Renamo na província da Zambézia, denunciou em entrevista exclusiva ao Canalmoz, disse que durante a actualização do recenseamento eleitoral, terminado a 29 de Julho último, funcionaram nesta província apenas 279 brigadas das 576 previstas.
Para além disso, ainda de acordo com Ireneu Muanaco, delegado interino da Renamo na Zambézia, as 279 brigadas que funcionaram fizeram o processo num mar de deficiências e as restantes nunca chegaram a conhecer os seus postos, tudo “culpa da Frelimo que quer perpetrar manobras com vista a uma fraude eleitoral”.
Para este interlocutor “o recenseamento foi um fiasco e negativo, porque o STAE não deixou que as pessoas se recenseassem”, porque “foi assim que os brigadistas foram instruídos, sobretudo aqui na Zambézia onde a Renamo sempre se evidenciou”.
A fonte acrescenta que “o partido no poder está mais uma vez a perpetrar manobras com vista a conseguir resultados a seu favor, durante as eleições de 28 de Outubro próximo”. “Mas nós não vamos admitir que isto aconteça” – concluiu.
Num outro desenvolvimento, Muanaco fez saber que, neste momento, a Renamo na Zambézia está empenhada nos trabalhos ao nível da base com vista a selecção e preparação dos delegados de candidatura e da sua máquina no seu todo.
O partido de Afonso Dhlakama está igualmente empenhado segundo a fonte, em trabalhos de educação cívica, mobilizando a população para a convencer a aderir em massa ao processo de votação.
Adulteração de dados
Num outro desenvolvimento, Muanaco denunciou a “troca e/ou adulteração de dados de identidade dos eleitores”. “Cartões de muitos eleitores aparecem com dados errados, relativamente aos que constam nos seus Bilhetes de Identidade”, disse.
O delegado interino da Renamo, socorre-se de cópias de cartões e bilhetes de identidades de cidadãos naturais de uma região no B.I e de outra no cartão de eleitor.
“Por exemplo há casos em que um cidadão de Alto-Benfica (bairro da cidade de quelimane) vem inscrito como sendo natural de Inhambane que não é” – apontou a fonte da Renamo.
Com esta adulteração de dados, segundo o nosso entrevistado, os eleitores “serão proibidos e/ou vedados de participarem no acto de votação, sendo-lhes assim retirado um direito constitucional e sagrado”.
Devolução de assentos
Por outro lado, Ireneu Muanacu mostrou-se profundamente agastado com a retirada de três assentos parlamentares a província da Zambézia, atribuídos agora à cidade de Maputo. Na sua óptica “não faz sentido retirar os nossos assentos para uma cidade pequena que cabe três ou mais vezes na nossa província”.
Muanacu exige a devolução dos assentos parlamentares e remata: “Isto acontece porque a Frelimo sabe que nunca vai ganhar na Zambézia”.
Na presente legislatura, a província de Nampula detinha 48 assentos no parlamento, dos quais 29 da Frelimo e os restantes 19 ocupados pela Renamo.
Com a lista provisória de actualização de assentos parlamentares, divulgada pela CNE, a província vai passar a contar com apenas 45.
Locais esquecidos

Murruma, é uma localidade que fica localizada na região da Alta Zambézia, mas bem concretamente no distrito do Ilé. Segundo a Renamo, aquela localidade desde 1994 que não participa nos pleitos eleitorais, tudo porque a “região é cem por cento da Renamo”.
“Depois das primeiras eleições em 1994 onde a Renamo foi votada por todos os cinco mil eleitores, nunca mais foi montado um posto de recenseamento lá e, muito menos de votação”.
“Que a Frelimo esqueça a Zambézia”
Contudo, apesar de todo o rol de reclamações e denúncias, o delegado político interino da Renamo fez questão de afirmar: “a Frelimo esqueça a Zambézia, pois aqui nunca ganharam e jamais ganharão”.
Muanacu disse ainda que os pouco mais de 400 mil membros inscritos que a Renamo tem na Zambézia encontram-se bastante motivados, “sobretudo depois da realização do congresso da esperança”, onde o líder da Renamo, Afonso Dhlakama foi reeleito presidente do partido.
Refira-se que a província da Zambézia conta com pouco mais de um milhão de eleitores inscritos.
(Aunício da Silva, em Quelimane)
CANAL DE MOÇAMBIQUE – 04.08.2009

1 comentário:

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