segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Sondas da Nasa devem entrar em colisão com a Lua nesta segunda

 

Entre as 'coisas' que os cientistas ainda não sabem está o motivo para o lado oculto da Lua

RIO - As sondas gêmeas do Laboratório de Recuperação da Gravidade e Interior (ou Grail em inglês), da agência espacial americana Nasa, devem entrar em colisão com a Lua nesta segunda-feira, por volta de 20h. Após uma viagem de três meses e quase 4,2 milhões de quilômetros percorridos, entraram na órbita do satélite neste fim de semana.

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"A Nasa recebe o ano novo com uma nova missão de exploração. As naves Grail vão expandir nosso conhecimento da Lua e da evolução do nosso planeta", declarou Charles Bolden, administrador da Nasa.
Lançadas em setembro, as sondas irão mapear o interior do satélite em uma missão que custará 496 milhões de dólares e deverá durar 82 dias, tendo início em março. As atividades, porém, podem ser prorrogadas se as naves resistirem ao eclipse solar de junho. Elas são alimentadas por bateria solar.
Durante os próximos dois meses, as naves terão suas órbitas ajustadas. A distância entre elas será de 200 quilômetros. Os pesquisadores se mostram interessados nesta distância. Na Lua, há áreas de maior e menor gravidade graças a características visíveis, como montanha e crateras, ou invisíveis. As mudanças farão com que as sondas diminuam ou aumentem a velocidade. Sinais de rádio entre as duas irão fornecer as medidas da variação. Assim, será possível criar um mapa do campo gravitacional lunar. Com as informações, poderão deduzir o que há embaixo da superfície.
"Embora desde a década de 1970 tenhamos enviado mais de uma centena de missões à Lua, inclusive duas nas quais os astronautas caminharam sobre a superfície, a verdade é que há muitas coisas que não sabemos sobre ela", disse Maria Zuber, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e pesquisadora-chefe do programa Grail, durante coletiva de imprensa.
Entre as "coisas" que os cientistas ainda não sabem está o motivo para o lado oculto da Lua, o que não pode ser visto da Terra, ser diferente do lado visível. A resposta, acreditam cientistas, pode estar no interior do satélite.
Outro objetivo das sondas Grail é descobrir se o planeta já teve uma segunda lua. A teoria surgiu devido a marcas na superfície, que podem indicar uma colisão com um satélite menor.

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