quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Polícia intimida oposição e desmobilizados de guerra*

Canal de Correspondência
Por: Francisco Campira
 
Maputo (Canalmoz) - Dia 24 de Dezembro de 2012, pelas 15 horas, recebo uma sms do Presidente do Fórum dos Desmobilizados de Guerra de Moçambique- FDGM, o Senhor Hermínio dos Santos, que dizia que o Comandante Provincial da Polícia da República de Moçambique em Mputo, com sede no Bairro do Fomento, nos chamava para um encontro no dia 26 de Dezembro do corrente ano às 9 horas.
Volvidos 15 minutos, o Comandante da 5ª Esquadra da Província de Maputo, o senhor Moisés, liga-me a alterar o encontro para o dia 25 de Dezembro do mesmo ano às 9 horas, no mesmo local, o que aceitei. Mas depois duma reflexão mais pronfunda e consultas, achei que o encontro deveria ser realizado, antecedido duma convocatória por escrito.
O Comandante da 5ª Esquadra disse-me que nao havia necessidade de me enviar tal convocatória, pois o encontro seria mais para conversarmos com o Comandante Provincial, o Senhor Jeremias Machaieie, o que voltei a aceitar, não obstante o dia 25 de Dezembro ser o um dia Sagrado, pois se trata do dia do nascimento de Jesus Cristo e como tal, todo o mundo Cristão, que constitui por sinal a maioria neste Universo, estava a festejá-lo e sendo eu tambem desta família, teria que obrigatoriamenta estar a festejar.
Eram exactamente 9 horas e 13 minutos quando as equipas dos membros da Oposição de Mãos Dadas-OMD e do Fórum dos Desmobilizados de Guerra-FDGM, Lideradas respectivamente por mim, Francisco Campira, Secretário Executivo e o Senhor Hermínio dos Santos, Presidente, chegaram ao Comando Provincial da PRM da Província de Mauto.
Os Chefes das várias áreas do Comando Provincial da PRM, estavam à nossa espera no pátio, debaixo duma mafurreira e de imediato nos levaram para o hall do Gabinete do Comandante.
Cinco minutos depois de terem reorganizado o gabinete, uma vez que estava organizado e preparado para receberem somente a mim Francisco Campira e ao presidente Hermínio dos Santos. Ė que cada equipa levou meia dezena de membros das respectivas Direcções e o Comandante da Ordem Pública, sugeriu que indicássemos o máximo de dois elementos por cada organização.
Já no Gabinete, fomos recebidos pelo Comandante Provincial da PRM.
Foram feitas as respectivas apresentações. Do lado do Comando Provincial da PRM, estavam presentes sete membros, a saber:
1- Comandante Provincial o Senhor Jeremias
2- Director da Ordem Pública, António Mulungo
3- Director Provincial da Polícia de Investigação Criminal-PIC, Boaventura Bila
4- Comandante da 5ª Esquadra, Moisés
E mais três elementos não identificadas, supostamente membros do Serviço de Informação e Segurança do Estado-SISE.
Iniciada a reunião, o Comandante Provincial da PRM, começou por dizer que tinha provas de que a Oposição de Mãos Dadas- OMD e o Fórum dos Desmobilizados de Guerra- FDGM, estariam a planear instabilidade e desordem no país mais concretamente na cidade de Maputo, dizendo ter ouvido dizer que pretendíamos assaltar ministérios do Governo moçambicano antes do fim do ano, tendo ao mesmo tempo lançado duras críticas e acusações à OMD, ameaçando-nos punir em caso de tais actos vierem a acontecer.
O Comandante foi mais longe ao afirmar que o Fórum dos Desmobilizados de Guerra deveriam deixar de se relacionar com a OMD e vice-versa, pois cada grupo, segundo ele, tem naturezas e problemas distintos.
O Director da PIC, por insistência do Comandante Provincial da PRM, disse que os actos que tencionavamos levar a cabo, eram susceptíveis de serem punidos por lei, o que reforça a ideia do Poder Polĺtico de calar a voz da oposição política e da sociedade civil, através da polícia e do SISE.
O Presidente do FDGM refutou todas as acusações e acusou a PRM de estar a intimidar-lhe a ele e sua família e seus membros e disse ainda que no dia 24 de Dezembro estavam em sua casa cerca de 10 agentes da PRM.
Por último, eu na qualidade de Secretário Executivo da OMD também declinei todas as acusações que recairam sobre a OMD e a minha pessoa, tendo eu adiante reiterado que a OMD, não iria eximir-se da sua responsabilidade de desempenhar o seu papel de oposição política, que tem como papel fiscalizar as acções do Poder Políco, criticando, dialogando e apresentando propostas de soluções dos inúmeros problemas que o país enfrenta no dia a dia, bem como olhar à sua volta e trabalhar no sentindo de verificar e encontrar alternativas para aqueles que duma ou de outra forma, sintam-se excluídos, marginalizados e mesmo injustiçados pelo Regime e levar tais preocupações e/ ou sugestões a quem de direito deva resolver.
Estas e outras apreensões da Sociedade Civil, levaram a que a OMD assinasse um Memorandum de Entendimento com o Fórum dos Desmobilizados de Guerra que contém pontos bastante pacíficos.
Em resumo, ficou claro que o Comandante Provincial da PRM e a equipa que o acompanhava foi orientada para intimidar a Oposição e da Sociedade Civil e mais do que isso, apagar a voz destes grupos, o que constitui uma grosseira violação à Constituição da República e os Direitos Humanos Universais. (Francisco Campira)
* título da responsabilidade do Canalmoz
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4 comentários:

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