domingo, 9 de dezembro de 2012

O ano da fé, a nova evangelização e a extensão do sinal da Rádio Ecclésia – António Ventura


Sábado, 08 Dezembro 2012 22:16

Brasil – Dois acontecimentos importantes marcaram o caminhar da Igreja Católica no ano de 2012: A proclamação do Ano da Fé e realização do Sínodo dos Bispos sobre «A Nova Evangelização para a transmissão da Fé Cristã».

Fonte: Club-k.net

No âmbito das celebrações do Cinquentenário do Concílio Ecuménico Vaticano II e no Vigésimo ano do Catecismo da Igreja Católica, o Papa Bento XVI decidiu proclamar o Ano da Fé, que iniciou no passado dia 11 de Outubro e terminará no dia 24 de Novembro de 2013, que de acordo com o calendário litúrgico católico, será a Solenidade de nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo.

O Ano da Fé é mais uma oportunidade para que os cristãos católicos voltem a olhar as razões e os valores da sua fé na Palavra de Deus e na Doutrina, revendo os documentos conciliares e as orientações constantes no Catecismo da Igreja Católica.

Em síntese, o Ano da Fé significa agradecer e é um momento para testemunhar e proclamar as razões da nossa fé e esperança (S. Pedro convida-nos a dar razões de nossa esperança ao dizer “ Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança” 1Ped. 3,15) [http://domboscoangola.org, acesso 01/12/2012 ]. É uma oportunidade para os cristãos católicos angolanos reflectirem e construírem a fé no novo contexto social, político e cultural que estamos vivendo. Trata-se de recuperar a ‘ fé de sempre’, vivê-la nos dias de hoje, proclamá-la aos homens de hoje e transmiti-la para as gerações futuras. Para isto é necessária uma Nova Evangelização.

Segundo o ‘ Instrumentum Laboris’ analisado no Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização para a Transmissão da Fé Cristã, a « Nova evangelização não significa um “ novo Evangelho”, porque “ Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e pelos séculos” (Heb 13,8). Nova evangelização significa dar resposta adequada aos sinais dos tempos, às necessidades dos homens e dos povos de hoje, aos novos cenários que mostram a cultura por meio da qual exprimimos nossa identidade e procuramos o sentido da nossa existência.

Nova evangelização significa, por isso, promoção de uma cultura mais profundamente radicada no Evangelho. Quer dizer descobrir o “ homem novo” (Ef. 4, 24) que está em nós graças ao Espírito dado por Jesus Cristo e peloPai».(Cfr.http://www.vatican.va/,roman_curia/synod/documents/rc_synod_doc_20120619, ponto n.º 164, acesso 1/12/2012).

A Evangelização seria nova no ardor, nos métodos e nas suas expressões, no dizer de João Paulo II, de feliz memória. ( João Paulo II, XIX Discurso à Assembleia do CELAM ,Port au Prince, 9 Março 1983).

Segundo ainda o referido documento, o sujeito da transmissão da Fé é toda Igreja, que se manifesta nas Igrejas particulares, as Dioceses. E nas dioceses, são sujeitos da nova evangelização os Bispos, padres, pais, religiosos, catequistas, os leigos e a família. (n.º 105-110).

Outro ponto relevante analisado pelos bispos católicos de todo mundo, incluído angolanos, tem a ver com « as Novas fronteiras do cenário comunicativo», no qual os bispos reconheceram o papel dos órgãos de comunicação social, quer os tradicionais- imprensa e rádio- quer os novos, no serviço da pastoral evangelizadora da Igreja a níveis nacional, continental e mundial.(n.º 59-62).

Neste conformidade, significa que além da rádio e da televisão, a internet e as redes sociais tornaram-se os novos cenários e meios que devem ser utilizados para evangelizar o homem dos nossos tempos e a geração futura. Por exemplo, para responder e abordar questões da fé e da doutrina, o Papa Bento XVI já tem a sua conta no Twitter, em mais de cinco idiomas.

Segundo informações veiculadas recentemente pelo Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais do Vaticano, o Papa postará seu primeiro tuite no seu perfil (Papa Bento XVI @Pontifex) no próximo dia 12 de Dezembro. (http://sicnoticias.sapo.pt, 3/12/2012).

É neste contexto que voltamos a analisar o problema da extensão do sinal da Rádio Emissora Católica de Angola.

A CRA reconhece a liberdade de consciência, de religião e de culto (art. 41.º) e a liberdade de expressão e de informação (art. 40.º). Ora, se se reconhece a liberdade de religião e culto, implicitamente também se reconhece o direito do cidadão angolano de ouvir e conhecer o Evangelho de Cristo por qualquer meio de expressão e divulgação do Evangelho, entre os quais e nos dias de hoje, se destacam a rádio, a televisão e a internet.

Ademais, se a CRA reconhece ao cidadão o direito a liberdade religiosa e de crença, então o Estado não pode impor obstáculos à prática, à vivência e divulgação da crença e da religião do cidadão.

Os cidadãos (cristãos e não cristãos) residentes fora de Luanda também têm o direito de ouvir a mensagem da Igreja por via da Rádio Eclésia. Daí, a responsabilidade da extensão por todo o país do sinal da Rádio Eclésia não é só do Executivo, mas também da Igreja (Bispos, padres, madres, religiosos e leigos).

A extensão do sinal da Rádio Eclésia será mais um meio importante para a Igreja Católica continuar a anunciar Cristo, Caminho, Verdade e Vida, por toda Angola.

PARABÉNS A RÁDIO ECLÉSIA!

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