quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Mês mágico de Dezembro

A Palavra do Director
José Ribeiro

 

02 de Dezembro, 2012
Dezembro é um mês mágico que inspira sentimentos positivos. Adultos e crianças entram no último mês do ano com as mãos estendidas para os outros, peito aberto, sorrisos, cordialidade e amizade. Os sonhos têm todo o espaço do mundo e os pequenos nadas da vida ganham uma importância fora do comum. Entramos, com mais esperança do que nunca, no tempo das festas.
É a festa dos crentes que veneram Nossa Senhora da Conceição, que tem um altar humilde na nossa Sé de Luanda, jóia única desta cidade repleta de amor e cordialidade. Luanda é filha dilecta de Nossa Senhora da Assunção, a padroeira dos luandenses, crentes ou não. A Igreja Angolana também conquistou, por mérito próprio, o estatuto de casa de todos, crentes ou não, porque durante a guerra soube estar ao lado dos que sofrem, dos que choram o luto e a dor. É a nossa Igreja e o cardeal Alexandre do Nascimento o nosso pastor.
Dezembro é o mês da nossa cidade capital que resiste há séculos, sempre renovada, sempre acolhedora, como mãe pronta a perdoar todos os males que seus filhos lhe fazem. A nossa Luanda das colinas, das fortalezas, da sumptuosidade e da decadência, terra de amores e desamores. A Luanda que resistiu a todas as ocupações e ostenta com orgulho as feridas de séculos de vida e de resistência.
Dezembro é a festa das crianças, as nossas crianças que começam a ter futuro e o olhar cheio de esperança. Que, finalmente, aprenderam a sorrir e confiar. Todos os meses de todos os anos são das crianças. Mas Dezembro é especial. É o mês em que um simples brinquedo satisfaz o sonho mais ousado, uma simples guloseima faz esquecer as dificuldades do quotidiano, que às vezes pesa toneladas sobre aqueles corpos franzinos e delicados.
Dezembro é a festa das famílias, do primeiro ao último dia do mês. Das famílias que têm tudo e daquelas que nada têm, mas vivem na esperança de um dia terem tudo o que lhes falta. De Dezembro a Dezembro há cada vez mais angolanos com a mesa posta, se não com tudo, pelo menos com o essencial. No próximo Dezembro mais milhares de famílias vão ter paz nos espíritos e pão na mesa. E todos os anos vamos ser mais, muitos mais, até vivermos no mundo de abundância e cordialidade que todos devemos
construir, com as nossas mãos, as nossas ideias, o nosso trabalho. O Dezembro mágico há-de chegar, sem pobreza, sem doenças, sem angústia.
Vamos viver este Dezembro que agora começa, como se todos os dias sejam de festa. Como se todas as crianças tenham escola e assistência na saúde. Como se todas as famílias tenham o mínimo para viver com dignidade. Vamos neste mês mágico apelar a todas as nossas forças para que amanhã
os angolanos tenham Dezembro no coração, paz e abundância nos seus lares.

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