sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

MENSAGEM DE FIM DE ANO DE SUA EXCELÊNCIA JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE ANGOLA

Discurso de fim de ano do Presidente da República

Luanda, 27 de Dezembro de 2012

SENHOR VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA,

ILUSTRES CONVIDADOS,

CAROS COMPATRIOTAS,

Celebramos há dias a Festa da Família. Vamos entrar agora num Novo Ano, que espero seja bom para todos.

Nesta ocasião, as minhas primeiras palavras são de conforto e de solidariedade para com todos aqueles que, por razões de saúde e outras, não podem comungar connosco este momento de celebração e alegria.
 
Dirijo-me também ao Senhor Vice-Presidente da República para agradecer a mensagem que me transmitiu, em seu nome pessoal, em nome dos presentes nesta cerimónia e em nome de todo o povo angolano, sublinhando os nossos êxitos, dificuldades, preocupações e desafios.
 
Não pretendo alongar-me, porque são sobejamente conhecidos o rumo que escolhemos e as promessas que fizemos ao povo angolano nas últimas eleições gerais.
 
Neste contexto, já apresentamos à Assembleia Nacional as nossas propostas de Plano Nacional e de Orçamento Geral de Estado para 2013, a fim de cumprirmos as referidas promessas e de resolvermos os principais problemas nacionais.
 
Reafirmamos a orientação no sentido de dar prioridade à nossa acção que visa obter uma crescente melhoria das condições de vida dos angolanos.
 
No Orçamento Geral do Estado para 2013, o sector social terá direito a um terço do total das verbas previstas.
 
Essa aposta no sector social representa um acréscimo de quase cinquenta por cento em relação ao ano de 2012 e destina-se à educação, à saúde, ao ensino de base e superior, à habitação e à protecção social.
 
Reafirmamos também a necessidade do reforço do crédito e da bonificação de juros para os empresários nacionais que dinamizem iniciativas que levem ao aumento da riqueza nacional e à criação de mais empregos.
 
Definimos políticas para a formação, capacitação e valorização do capital humano, porque um capital humano de excelência é indispensável para o salto em frente que Angola precisa de dar.
 
Calculamos metas altas com um crescimento económico sustentável, sem comprometer a melhoria do ambiente e a adopção de políticas de adaptação às alterações climáticas.
 
No mundo actual, e mesmo na nossa sociedade, em que o valor da vida começa infelizmente a ser avaliado por considerações puramente utilitárias e materialistas, o Estado deve adoptar políticas de serviço social e resgatar o espírito de solidariedade que sempre caracterizou o nosso povo.
 
Quem tem muito deve ajudar aqueles que têm muito pouco ou quase nada, tendo presente na sua consciência que a solidariedade fortalece a coesão social.
 
O Estado e a sociedade devem realizar acções destinadas a atender às necessidades e preocupações das crianças, das mulheres, dos portadores de deficiência, dos ex-militares deficientes e dos antigos combatentes e veteranos de guerra.
 
A sociedade deve também zelar cada vez mais pela estabilidade no seio das famílias, combatendo com firmeza a violência doméstica e todas as formas de agressão sexual, em especial aquela que atinge crianças e jovens.
 
Muitas vezes são os próprios progenitores ou familiares próximos que praticam esses actos condenáveis, que levam à destruição da célula mais importante da nossa sociedade, que é a família.
 
Temos de combater energicamente este fenómeno, com fortes campanhas de educação cívica, para a prevenção, e com medidas judiciais severas que responsabilizem os seus autores.
 
É necessário continuar a proteger a família como o núcleo social onde se transmitem em primeiro lugar os valores éticos, culturais e morais mais importantes da sociedade. Que cada família se constitua num lugar de serenidade, de paz, de diálogo e de partilha de afectos.
 
É também no seio da família que os jovens podem encontrar a confiança necessária para encarar o futuro com esperança e sentido de responsabilidade.
 
O país conta mais uma vez com a força e o empenho da juventude angolana para vencer os desafios do presente e do futuro.
 
A juventude deve ter sempre como referência o bom exemplo dos jovens que no passado tudo sacrificaram para tornar possível a Independência do nosso país e defender as conquistas nacionais do povo angolano!
 
Vivemos hoje um momento histórico especial, em que o nosso país reúne as condições essenciais para se desenvolver e resolver os problemas económicos e sociais e se tornar numa referência em África e no mundo.
 
A nós, líderes políticos, religiosos, cívicos, empresariais e de associações culturais, cabe-nos, pois, nestas circunstâncias, canalizar a generosa energia de todo o nosso povo para a construção de uma Angola moderna, democrática e próspera, tendo por base os valores do trabalho, da liberdade, da justiça, da paz, do respeito mútuo e da fraternidade.
 
Desejo a todos Festas Felizes e um Ano Novo de renovadas esperanças e prosperidade!
 
VIVA ANGOLA!


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