quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fundador do portal WikiLeaks confirma candidatura ao Senado australiano em 2013

   

O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, confirmou que pretende candidatar-se ao Senado australiano nas próximas eleições, marcadas para 2013, noticia hoje a imprensa local.

Julian Assange pretende anunciar a formação do Partido Australiano WikiLeaks no início do ano, segundo a imprensa, que cita o fundador do portal, indica ainda que o processo de registo do partido "tem avançado de forma significativa".
"Um grande número de destacadas personalidades admiradas pelo público australiano" mostrou-se disponível para concorrer às eleições, realçou Assange, numa entrevista a meios de comunicação social do grupo Fairfax.
Julian Assange, 41 anos, encontra-se refugiado na embaixada do Equador em Londres desde junho, na tentativa de evitar a sua extradição para a Suécia, onde é acusado de delitos sexuais.
A coordenação relativamente à criação do partido, que visa promover maior abertura do Governo e da política e combater a crescente invasão de privacidade dos cidadãos, está a cargo do pai de Assange, John Shipton.
Assange é uma figura popular na Austrália. Sondagens de opinião realizadas, este ano, pela UMR Research, empresa que faz as sondagens internas para o Partido Trabalhista (no poder), apontam que o antigo `pirata informático` tem hipóteses de conquistar um assento nos estados australianos de Victoria e Nova Gales do Sul.
Se Assange, que deu conta da sua intenção de se candidatar ao Senado em março, conseguir ser eleito e não puder regressar à Austrália para desempenhar o cargo será substituído por uma pessoa designada pela sua formação política.
Nas declarações à Fairfax, citadas pela agência noticiosa espanhola Efe, o fundador do portal WikiLeaks afirmou que acredita ser "inevitável" os Estados Unidos abandonem a investigação por espionagem, embora entenda que isso só deverá acontecer dentro de "muitos anos".
"Conseguir que esta investigação seja abandonada é a prioridade número um", realçou Julian Assange, que receia que a Suécia acabe por entregá-lo às autoridades dos Estados Unidos, onde crê que será condenado à pena capital ou à prisão perpétua por causa da divulgação de telegramas diplomáticos confidenciais.

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