terça-feira, 4 de dezembro de 2012

FNLA: Persiste clima de tensão entre militantes e a direcção



Luanda – Militantes da FNLA denunciaram haver um clima de tenção entre o líder desta formação política, Lucas Ngonda, e alguns membros do seu comité central. Segundo um documento que denuncia a situação, Lucas Ngonda está a “marginalizar” membros influentes do partido, tais como Paulo Jacinto, Miguel Pinto (secretário para a informação), Vicente Paulo e Adão Boaventura.

Fonte: NJ

“Lucas Ngonda continua a ignorar os apelos, conselhos e deliberações dos órgãos do partido”, diz o documento que admite haver “pára-quedistas” entre os membros da suposta comissão de reconciliação interna. “Reconciliação interna é com pessoas sérias, coerentes e com uma integridade moral aceitável, para aproximar as pessoas”, acrescenta a carta.

Lucas Ngonda, explica a carta, continua “teimosamente” a não acatar a deliberação do comité central que determinava a sua tomada de posse como deputado a Assembleia Nacional, colocando posteriormente o seu lugar à disposição, para continuar a dirigir o partido. Ndonda Nzinga, que era porta-voz de Ngola Kabangu e agora ao lado de Lucas Ngonda, coordena a comissão de reconciliação.

De acordo com Ndonda Nzinga, a FNLA quer tornar-se mais coesa e unida, para trabalhar no sentido de suplantar os outros partidos da oposição, cuja visão é de ombrear a liderança das demais formações políticas de Angola, sobretudo aquelas que se ramificaram de si.

“Há toda necessidade de se fazer o enquadramento dos militantes e quadros a todos os níveis, e a harmonização que permita reconquistar o bom nome do partido, a projecção nacional e internacional que já atingiu, bem como uma retrospectiva histórica para explicar aos militantes, amigos e simpatizantes da FNLA o percurso e contribuição do partido na luta de libertação nacional”, frisou.

Para que isto se torne possível, o político disse que é preciso reorganizar, reestruturar e gizar estratégias sérias que se assentem na ideologia política do partido e naquilo que é exequível para efectivamente o partido produzir efeitos positivos e lograr os resultados almejados.

O partido histórico Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) concorreu às eleições gerais, com o candidato Lucas Benghy Ngonda. Em 2011, Lucas Ngonda substitui Ngola Kabangu do cargo de presidente do partido, após reconhecimento, por parte do Tribunal Constitucional, dos resultados do congresso de 2004 realizado em Luanda, do qual saiu vencedor.

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