(em atualização) O ex-diretor de informação da RTP Nuno Santos anunciou, esta sexta-feira, que está a aguardar processo disciplinar para despedimento.
foto Arquivo/Glogal Imagens |
Nuno Santos |
"Acabo de receber do Conselho de Administração da RTP a notícia de que estou
suspenso preventivamente e a aguardar processo disciplinar para despedimento.
Estou pois impedido, sem razão, de trabalhar! Durante os dias que antecederam a
minha ida à Comissão de Ética da Assembleia da República fui recebendo
indicações de que era politicamente imperioso mover-me o processo que agora
surge", escreveu Nuno Santos no mural do Facebook.
Recorde-se que na quarta-feira, Nuno Santos disse ter sido vítima de um
"saneamento político" no caso das imagens não editadas e não emitidas da
manifestação de 14 de novembro visionadas pela PSP.
"Esta dimensão política deste acontecimento não occorre numa fase qualquer.
Ocorre num momento muito delicado da RTP, ocorre numa fase de privatização da
RTP, que será levada a Conselho de Ministros até ao final do ano", disse então
Nuno Santos na comissão parlamentar para a Ética, a Cidadania e Comunicação, no
âmbito de um requerimento do Bloco de Esquerda, sobre o caso do visionamento das
imagens.
Nuno Santos sublinhou ainda estar a falar no "primeiro momento que, em rigor,
[tinha] a oportunidade para explicar o que aconteceu" no caso para dizer que "a
dimensão política [em torno deste caso] não pode ser ignorada". "O que nós temos
aqui é um caso de saneamento político", sublinhou.
Nuno Santos tem garantido que não autorizou o "visionamento de brutos" e que
foi ele que impediu a saída de DVD com imagens gravadas para fora da empresa.
Já o presidente da RTP Alberto da Ponte afirmou, na terça-feira, que ficou
concluído "de forma inequívoca" que o ex-diretor de Informação Nuno Santos sabia
do visionamento das imagens dos incidentes de 14 de novembro e que seguiu todo o
processo.
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