Por Adelino Correia
Será que se aproxima o fim de mais um ciclo politico na vida deste grande estadista?
Depois da travessia do deserto, regressou para "tirar" a liderança do MPD à Jorge Santos, num processo que continuo sem perceber, por defeito próprio, pensando que seria o homem ideal para derrotar JMN, outro grande estadista, e o PAICV.
O eleitorado cabo-verdiano, dos mais inteligentes que se conhece, pese as acusações de se vender por cimentos, ferros e demais arbitrariedades, entendeu que não, apostando num terceiro mandato para o partido de Cabral, que já fora do próprio Carlos Veiga, concedendo assim, a JMN a possibilidade de permanecer quinze anos como chefe do governo de Cabo Verde, à semelhança do que acontecera com Pedro Verona Rodrigues Pires.
Ironia do destino ou não, Carlos Veiga admite agora, a fazer fé na notícia ora veiculada, não se candidatar a presidência do MPD, numa altura em que Jorge Santos, pensa regressar a liderança do partido ventoinha.
Com que legitimidade pergunto eu? Depois do processo que o despromoveu, a vice liderança do MPD, se quisermos ser mais simpáticos, a número dois do Veiga, não creio que terá condições para voltar a liderar um partido, com clara ambição governativa (pronto a assumir tal responsabilidade sempre que for chamado), como é o MPD, até porque, todo o eleitorado do país se recorda da fuga para a presidência do causídico Carlos Veiga e que promoveu Gualberto do Rosário a primeiro-ministro.
Numa altura, em que se discute, na Cidade da Praia, os caminhos do futuro de Cabo Verde, seria interessante, trazer a luz do dia, a questão das lideranças político-partidária.
Que perfil ou perfis deve ter o líder dos dois maiores, para não dizer, grandes partidos politicos, porquanto, ao ganhar a luta interna, o candidato eleito, transforma-se, de imediato, no candidato a primeiro-ministro, ou seja, por inerência será ou transforma-se, no potencial candidato ao cargo de chefe do governo do país.
Devemos exigir que, ao apresentar a candidatura à liderança partidária, o candidato nos dê um sinal claro do que pretende para o país, ou, ao invés, devemos deixar tal responsabilidade nas mãos do conselho nacional ou da comissão politica do partido em causa?.
Defendo claramente a primeira posição. Fica, no entanto, a questão na certeza de que, nesse período de incerteza, em relação ao futuro do mundo, dada a crise que se agudiza, cada vez mais, sobretudo na zona euro, temos de saber escolher, sob pena de se colocar em causa, o futuro de toda a geração vindoura.
Carlos Veiga foi e continua a ser um grande líder partidário, embora, defendendo ideias novecentista e que, em tempos, o levou a chefia do governo, ideias essas claramente insuficientes e/ou ultrapassadas para o estado social que se pretende agora, para o pais.
Daí, talvez o facto de o próprio pensar, ser a altura ideal para dar lugar a outros, quiçá a jovens com ideias mais claras e renovadoras, até porque, com despesas correntes do estado orçamentada em 80% do bolo, impõe-se, uma reforma profunda do estado cabo-verdiano, com cortes substanciais, em vários aspectos da nossa administração central.
É verdade que estamos falar de um homem, com grande sentido de estado, que ousou pensar o país, em tempos, com mestria e que funcionou durante oito anos, mas, o modelo que continua a pensar e julgo resultar das posições assumidas recentemente, na discussão do orçamento de estado para 2013, já não interessa de todo ao país.
Para um país, como Cabo Verde, onde falta quase tudo, até aquela paz de deus que o Bana cantava, julgo que discutir o nosso futuro, será um must a observar por todos, sem excepção, e passa naturalmente, pela melhor escolha do futuro líder da oposição.
Que nomes? Olavo Correia, Ulisses Correia e Silva, Fernando Elisio Freire, Filomena Delgado, Casimiro Pina, entre outros, quem sabe?!
Macau, 2 de Dezembro de 2012
Será que se aproxima o fim de mais um ciclo politico na vida deste grande estadista?
Depois da travessia do deserto, regressou para "tirar" a liderança do MPD à Jorge Santos, num processo que continuo sem perceber, por defeito próprio, pensando que seria o homem ideal para derrotar JMN, outro grande estadista, e o PAICV.
O eleitorado cabo-verdiano, dos mais inteligentes que se conhece, pese as acusações de se vender por cimentos, ferros e demais arbitrariedades, entendeu que não, apostando num terceiro mandato para o partido de Cabral, que já fora do próprio Carlos Veiga, concedendo assim, a JMN a possibilidade de permanecer quinze anos como chefe do governo de Cabo Verde, à semelhança do que acontecera com Pedro Verona Rodrigues Pires.
Ironia do destino ou não, Carlos Veiga admite agora, a fazer fé na notícia ora veiculada, não se candidatar a presidência do MPD, numa altura em que Jorge Santos, pensa regressar a liderança do partido ventoinha.
Com que legitimidade pergunto eu? Depois do processo que o despromoveu, a vice liderança do MPD, se quisermos ser mais simpáticos, a número dois do Veiga, não creio que terá condições para voltar a liderar um partido, com clara ambição governativa (pronto a assumir tal responsabilidade sempre que for chamado), como é o MPD, até porque, todo o eleitorado do país se recorda da fuga para a presidência do causídico Carlos Veiga e que promoveu Gualberto do Rosário a primeiro-ministro.
Numa altura, em que se discute, na Cidade da Praia, os caminhos do futuro de Cabo Verde, seria interessante, trazer a luz do dia, a questão das lideranças político-partidária.
Que perfil ou perfis deve ter o líder dos dois maiores, para não dizer, grandes partidos politicos, porquanto, ao ganhar a luta interna, o candidato eleito, transforma-se, de imediato, no candidato a primeiro-ministro, ou seja, por inerência será ou transforma-se, no potencial candidato ao cargo de chefe do governo do país.
Devemos exigir que, ao apresentar a candidatura à liderança partidária, o candidato nos dê um sinal claro do que pretende para o país, ou, ao invés, devemos deixar tal responsabilidade nas mãos do conselho nacional ou da comissão politica do partido em causa?.
Defendo claramente a primeira posição. Fica, no entanto, a questão na certeza de que, nesse período de incerteza, em relação ao futuro do mundo, dada a crise que se agudiza, cada vez mais, sobretudo na zona euro, temos de saber escolher, sob pena de se colocar em causa, o futuro de toda a geração vindoura.
Carlos Veiga foi e continua a ser um grande líder partidário, embora, defendendo ideias novecentista e que, em tempos, o levou a chefia do governo, ideias essas claramente insuficientes e/ou ultrapassadas para o estado social que se pretende agora, para o pais.
Daí, talvez o facto de o próprio pensar, ser a altura ideal para dar lugar a outros, quiçá a jovens com ideias mais claras e renovadoras, até porque, com despesas correntes do estado orçamentada em 80% do bolo, impõe-se, uma reforma profunda do estado cabo-verdiano, com cortes substanciais, em vários aspectos da nossa administração central.
É verdade que estamos falar de um homem, com grande sentido de estado, que ousou pensar o país, em tempos, com mestria e que funcionou durante oito anos, mas, o modelo que continua a pensar e julgo resultar das posições assumidas recentemente, na discussão do orçamento de estado para 2013, já não interessa de todo ao país.
Para um país, como Cabo Verde, onde falta quase tudo, até aquela paz de deus que o Bana cantava, julgo que discutir o nosso futuro, será um must a observar por todos, sem excepção, e passa naturalmente, pela melhor escolha do futuro líder da oposição.
Que nomes? Olavo Correia, Ulisses Correia e Silva, Fernando Elisio Freire, Filomena Delgado, Casimiro Pina, entre outros, quem sabe?!
Macau, 2 de Dezembro de 2012
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