quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Tomaz Salomão a caminho de Gorongosa para negociar com Dhlakama

 
Maputo (Canalmoz) – Informações não confirmadas oficialmente indicam que o secretário-executivo da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), o moçambicano Tomaz Salomão, partiu nesta terça-feira para o distrito de Gorongosa, província de Sofala, onde vai procurar manter contacto com o líder da Renamo, Afonso Dhlakama.
Fontes do partido Renamo disseram nesta quarta-feira ao Canalmoz que a ida de Tomaz Salomão a Gorongosa, onde Dhlakama se encontra a quase um mês, foi aceite pelo líder da Renamo, depois de contactos feitos a partir de Maputo, através do seu gabinete.
Ao certo, não se sabe se Tomaz Salomão vai a Gorongosa na qualidade de secretário-executivo da SADC ou de membro do partido Frelimo, mas a verdade, segundo as nossas fontes, Dhlakama aceitou a entrada em Gorongosa do ex-ministro do Plano e Finanças e dos Transportes e Comunicações do Governo de Joaquim Chissano, depois de ter recusado outros emissários da Frelimo.
O Governo, através do ministro da Defesa Nacional, manifestou semana passada a abertura ao diálogo, mas havia descartado a possibilidade de poder enviar emissários a Gorongosa para se encontrar com Afonso Dhlakama, tal como este exige.
Segundo as fontes da Renamo, a ida de Tomaz Salomão ao acampamento de Dhlakama acontece depois de uma outra delegação de emissários do Governo da Frelimo, ter sido recusada por Afonso Dhlakama a entrar em Gorongosa, por alegadamente antes não ter feito contacto com os canais que o líder da Renamo usa a partir de Maputo, para pessoas que pretendem contactar.
Segundo foi dado a conhecer, os referidos emissários foram recusados porque pretenderam encontrar-se com Afonso Dhlakama através de contactos feitos a partir da cidade da Beira, província de Sofala.
O líder da Renamo encontra-se nas montanhas de Gorongosa desde o passado dia 17 de Outubro deste ano, quando para lá se deslocou para celebrar os 36 anos da fundação da Renamo e 33 anos da morte do primeiro comandante, André Matade Matsangaisse. (Bernardo Álvaro)

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