segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Renamo acusa

 partido no poder em Moçambique de realizar "censo clandestino" dos seus antigos guerrilheiros

A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, acusou hoje a Frelimo, partido no poder, de estar a realizar um "censo clandestino" dos seus antigos guerrilheiros na província de Nampula, norte do país.
Em conferência de imprensa, o chefe dos Desmobilizados da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Filipe Ginava, disse que a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) instruiu os secretários dos bairros e dos quarteirões da província de Nampula para registarem os seus antigos guerrilheiros.
"A Renamo não sabe o que poderá estar por detrás deste registo clandestino dos nossos quadros. Se um desmobilizado da Renamo perde a vida em circunstâncias estranhas poderemos atribuir as culpas ao Partido Frelimo", referiu.
Segundo Filipe Ginava, o alegado "censo clandestino" iniciou-se poucos dias depois de o presidente do partido, Afonso Dhlakama, se ter instalado na Serra da Gorongosa, no cento do país, onde funcionou uma das principais bases militares do movimento, durante os 16 de guerra civil em que combateu o Governo da Frelimo.
Na manhã de hoje, antigos guerrilheiros da Renamo reuniram-se na sede do partido em Nampula, para exigir que "a Frelimo pare sem tréguas com o censo clandestino", acrescentou o chefe dos Desmobilizados da Renamo.
Afonso Dhlakama voltou à Serra da Gorongosa, como forma de pressionar a Frelimo a aceitar as suas exigências de uma lei eleitoral transparente, despartidarização do Estado e reintegração dos seus antigos guerrilheiros no exército e na polícia.
LYR // VM.
Lusa – 05.11.2012

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