quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Povo cansado de ameaças cíclicas de retorno à guerra - afirma deputado Damião José

 

Damiao_joseO POVO moçambicano está cansado das intimidações cíclicas de violência e retorno à guerra e dos homens armados nas matas, porque constituem episódios que trazem à memória tristes recordações dos 16 anos de destruição do país, disse quarta-feira, no Parlamento, o deputado da bancada da Frelimo, Damião José, na sessão reservada às intervenções antes da ordem do dia.
Maputo, Sexta-Feira, 2 de Novembro de 2012:: Notícias
Segundo o parlamentar, que é igualmente secretário do Comité Central do Partido Frelimo para a Mobilização e Propaganda, o projecto de desenvolvimento do país concebido e aprovado pela Frente de Libertação de Moçambique, desde 1962, lutando pela criação de condições para o bem-estar do povo moçambicano, libertando a terra e os homens, não se compadece com atitudes irresponsáveis que atentam contra a paz, a unidade nacional e a democracia.
O povo quer a paz para continuar a desenvolver Moçambique. Não quer intimidações cíclicas de retorno à guerra, porque isso desestabiliza psicologicamente as populações e desencoraja os investidores. Disse que as manobras dilatórias propaladas a partir das matas de Gorongosa, o triste cenário protagonizado por alguns compatriotas na Assembleia da República, resumido em tentativas de perca de tempo, insultos e ataques verbais aos dirigentes do país, são um atentado à unidade nacional, à paz e à democracia, pressupostos básicos para o desenvolvimento.
“Com estas manobras dilatórias, com estas atitudes condenáveis em todos os sentidos, demonstram a sua falta de consideração para com o povo e a vontade inequívoca de retomarem o seu projecto de destruição democrática de Moçambique. Querem desencorajar os investidores, querem que os megaprojectos parem, querem que a exploração dos recursos minerais pare. Querem que os recursos minerais que são uma bênção de Deus se transformem em maldição”, afirmou.
Segundo Damião José, tais compatriotas estão enganados e a “escrever na água”, pois o povo moçambicano quer continuar a consolidar a unidade nacional, a paz, a democracia e, de enxada ao ombro, combater a pobreza. Disse que a bancada parlamentar da Frelimo deplora esta forma de ser e estar de alguns compatriotas e condena, veementemente, estas atitudes de desestabilização psicológica do povo moçambicano.
Acrescentou que para a Frelimo e o povo moçambicano, a única alternativa à paz é a própria paz. Passados 20 anos de paz, observou, Moçambique está na rota do desenvolvimento, rumo à prosperidade, com mudanças consideráveis na vida dos moçambicanos, pois há mais escolas, mais hospitais, estradas e pontes, mais fontes de água, mais casas melhoradas, universidades, viaturas, motorizadas, mais comida.
O deputado afirmou, porém, que a Frelimo tem a consciência de que apesar destes avanços ainda prevalecem muitos desafios e o povo moçambicano quer mais.
Disse ser inconcebível e de todo abominável dizer-se em plena Assembleia da República que em Moçambique não existe sociedade civil, o que no mínimo é ofender e desvalorizá-la. É falta de auto-estima, é querer ser-se estrangeiro na sua própria terra.
“Dizer que o culpado pela falta de emprego para os jovens no nosso país é a Frelimo, no mínimo, é sinal de quem padece de doença de esquecimento, porque senão ter-se-ia lembrado de que se as empresas agrícolas, as fábricas, as escolas de formação técnico-profissional não tivessem sido democraticamente destruídas, hoje muitos jovens teriam emprego”, disse.
Acrescentou que a alegação de que o empreendedorismo cria frustração nos jovens é querer parar o vento com as mãos, porque em Moçambique existem muitos jovens empreendedores. Alegar que em Moçambique a pobreza só se combate com palavras é próprio de quem não quer trabalhar, porque o povo, esse, está mesmo a combater a pobreza.
Damião José indicou que a festa do X Congresso da Frelimo continua em todo o país. As decisões nele tomadas vão trazer benefícios para todos os moçambicanos. O aumento da produção e da produtividade, o combate à pobreza são tarefas de todos os moçambicanos. A exploração criteriosa, responsável e sustentável dos recursos minerais é irreversível.
Disse que no X Congresso ficou claro que, de facto, a Frelimo é a força da mudança. Foi um grande sucesso, movimento de festa, de consolidação da unidade nacional, de reafirmação da auto-estima, fortalecimento da democracia vivida no dia-a-dia e não uma democracia de bolso, daqueles que se autoproclamam pais da democracia no país quando na verdade de democracia apenas conhecem o nome.
As decisões tomadas em Pemba são de todos os moçambicanos, vão beneficiar a todos os moçambicanos, independentemente da sua filiação partidária.
“De Pemba saímos mais unidos, mais coesos, prontos para continuarmos a servir o povo moçambicano e a liderar a luta contra o nosso inimigo comum, a pobreza, e a enfrentarmos com determinação os desafios do presente e do futuro, como sejam os próximos pleitos eleitorais”, disse.

Comments

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Francisco Moises said...
Recorrendo a papagaices propagandisticas, este individuo age como a avestruz lendaria que enfia a sua cabeça na arreia para nao ver a situaçao real e nao ter que abrir os olhos para ver o que na verdade causou a situaçao corrente em Moçambique. Nao se debruça sobre o fundo da questao dos problemas que assolam o pais. So repete asneiras.
Fala em nome do povo moçambicano que na sua maioria esta excluido dos recursos nacionais que uma pequena camarilha de gatunos e ladroes angariou para o seu proprio beneficio. A verdade que transparece é uma e simples: a unidade nacional de que este papagaio fala so existe na sua imaginaçao. Ela esta em pedaços com alguns a se sentirem menos moçambicanos do que outros visto que a Frelimo pratica esta politca do apartheid tribal e regional.
Este papagaio nao pense que pode enganar pessoas. Este é o seculo 21 na idade do cyberspace. Mesmo eu que nao vivo em Moçambique desde 1967 passei sempre muito bem informado do que se passava e se passa em Moçambique e nunca me enganei pensando que tenho espaço no Moçambique governado pela Frelimo depois de ter oposto os seus dirigentes. Nem o Chissano conseguiu me aldrabar quando mandou a sua mensagem tosca dizendo que eu devia re-ingressar na Frelimo ou, caso nao quizesse, formasse o meu proprio partido e que ja havia a lierdade e a democracia em Moçambique.
Se houvesse a liberdade real, nao seria preciso me convidar. Eu teria a visto e podia regressar a Moçambique se quizesse. Chissano bateu numa lata vazia que me afogentou mais e mais e o facinora ficou la humilhado com a sua careca a brilhar e a sua barba lenine-esca a flutuar no ar.
Aprendi muita coisa e uma delas é nao ser muito inocente e me deixar aldrabar com com palavras vazaias de tipos tsotsis como Joaquim Chissano -- coisa esta que infelizmente aconteceu com o General Dhlakama que controlava entre 80% a 85% do territorio moçambicano onde tive a liberdade de andar com sossego dia e noite na Zambezia, Tete e Sofala. Porque é que ele se deixou enganar com os sorrisos maleficos e malignos do Chissano a ponto de falar com este facinora e entregar tudo o que tinha ganho a custa de suor e sangue na bandeja de prata. Nao quiz ouvir dos seus generais que nao queriam que a Renamo negociasse com a Frelimo.
E depois vê-se o que se vê: que foi enganado e aldrabado e a Frelimo ficou com todo o bolo na bandeja de prata. E agora quer regressar para tras. O meu malogrado amigo Lemane tinha dito que Dhlakama devia ter dito a Chissano que "você fica com a parte de Moçambique que você tem e eu fico com a parte de Moçambique que tenho e devia ter continuado com a guerra até a sua conclusao logica no campo de batalha." Quando se vê o que se vê agora, o Lemane tinha a razao de dizer que disse. Mas penso que o problema foi o de Dhlakama confiar em viboras. Viboras serao sempre viboras e morder mortalmente esta na sua natureza e é parte e razao do seu ser.

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