quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Parceiros Sociais fumam cachimbo da paz…

Conselho de Concertação

Em: http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=37543&idSeccao=525&Action=noticia


Uma paz que, à partida, parece assinalar o recuo das centrais sindicais no que respeita ao 13º mês, que fica de fora para esta legislatura, comprovando que a promessa de Neves foi uma mentira intencionalmente montada pelo PAICV para ganhar eleições
Resta saber, a propósito do 13º mês, qual vai ser a atitude das centrais sindicais, se dão o dito por não dito ou se avançam para a luta, como insistentemente garantiram por altura das manifestações de 1 de Junho
Resta saber, a propósito do 13º mês, qual vai ser a atitude das centrais sindicais, se dão o dito por não dito ou se avançam para a luta, como insistentemente garantiram por altura das manifestações de 1 de Junho
Praia, 14 novembro 2012 - Após um parto difícil, o executivo, o patronato e as duas centrais sindicais, UNTC-CS e a CCSL, chegaram a entendimento, em sede de Conselho de Concertação Social. O acordo de concertação estratégica, rubricado por unanimidade, vai ser aplicado ao longo dos anos que restam para esta legislatura que termina em 2016.

Para o Primeiro-ministro, José Maria Neves, o resultado é histórico, porquanto todos convergiram no sentido de fazer com que a classe trabalhadora saísse a ganhar. “Um ganho importante é a assinatura, por unanimidade, do acordo de concertação estratégia, a aprovação do salário mínimo, enfim são questões que marcam esse encontro de concertação social”, disse Neves em entrevista à Rádio de Cabo Verde (RCV).
O Primeiro-ministro preferiu, entretanto, fugir às questões mais complicadas como o Orçamento de Estado para 2013 que não entrou no pacote acordado, bem como o 13º mês que prometeu aos cabo-verdianos, nas vésperas de eleições em 2011, para este mandato.
Por exemplo, em relação ao Orçamento de Estado, o Presidente da Câmara de Turismo, Gualberto do Rosário, já veio dizer publicamente que se trata de uma proposta que aumenta as despesas públicas, que é recessivo e que, portanto, não serve ao País. Já em relação ao 13º, promessa de campanha de JMN em 2011, fica provado que foi uma mentira intencionalmente montada pelo PAICV para enganar o eleitorado, bem visível pelas declarações da ministra Cristina Duarte que garante que só seria possível atribuir o 13º mês aos cabo-verdianos se a economia tivesse um crescimento acima de 15 por cento.
Resta saber, a este propósito, qual vai ser a atitude das centrais sindicais, se dão o dito por não dito ou se avançam para a luta, como insistentemente garantiram por altura das manifestações de 1 de Junho, declarando não abrir mão da promessa de José Maria Neves. Uma garantia que, segundo parece, terá sido apenas um expediente de pressão… e criando expetativas infundadas nos trabalhadores.


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