quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Obama reeleito presidente dos EUA: Voz da Rússia

7.11.2012, 07:34
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Mitt Romney, Barack Obama, resultados preliminares
© Colagem: Voz da Rússia

Na contagem feita até as 02h desta quarta-feira, Obama havia obtido 274 dos 538 votos do Colégio Eleitoral. O republicano Mitt Romney contabilizava 201 votos. São necessários 270 votos no Colégio Eleitoral para ser eleito presidente.


Atualizado às 08h32, hora de Moscou
Algumas horas atrás ainda não estava claro quem seria o presidente...
Mitt Romney lidera nos estados da Georgia, do Indiana, do Kentucky e na Florida, enquanto que Barack Obama obteve tinha a preferência da maioria dos habitantes do Vermont, do Delaware, do Massachusetts, de Maryland e, especialmente, do Ohio, o que, segundo as previsões da CNN, pode evidenciar uma provável vitória dos democratas.
Também está disputada a luta na Virgínia, onde ambos os candidatos obtêm um resultado semelhante. Na opinião de Ilya Kostunov, membro do comité da Duma de Estado russa para a segurança e combate à corrupção, que é o observador da Rússia no estado de Maryland, os resultados da votação na Virgínia poderão ser decisivos:
“Obama declarou que se ele não vencer na Virgínia, então já não será presidente. Mitt Romney repetiu a mesma frase aos seus eleitores no mesmo estado. Os estados decisivos são a Virgínia, a Florida e alguns outros.”
Entretanto, já neste momento, os peritos estão analisando as diferentes possibilidades de desenvolvimento dos processos mundiais, em caso de vitória de Obama ou de Romney, através do prisma da composição qualitativa dos seus eleitores. O diretor geral do Centro de Informação Política Alexei Mukhin considera que a política de Romney será focada na resolução das necessidades imediatas dos Estados Unidos, enquanto Obama está mais virado para o reforço das posições norte-americanas na arena internacional:
“O mais certo é os eleitores de Romney serem os provincianos que têm uma informação bastante reduzida do que se passa no mundo. Eles consideram os Estados Unidos como o centro do mundo e estão satisfeitos com isso sendo prisioneiros dessa ilusão. Os eleitores de Obama são mais as pessoas com uma visão mais alargada, que percebem que os EUA têm de salvar a sua reputação. Aqui está patente um conflito de conceitos da existência do país.”
Ilya Kostunov, porém, supõe que a retórica da Guerra Fria, usada pelo candidato dos republicanos, pode servir os interesses russos na arena internacional:
“Por um lado, Obama é previsivel. Por outro, Romney é um candidato muito ambicioso, ele tem à sua volta muitos falcões. Se ele vencer, começará a dar passos bruscos em política externa, irá cometer erros, e nesse caso é possível que a Rússia tenha uma maior facilidade em avançar no mercado internacional.”
O aparecimento de Mitt Romney no comando dos Estados Unidos poderá abrir novas perspetivas para a cooperação russo-americana, é a convicção do presidente da Universidade Americana em Moscou Eduard Lozanski:
“Se ele vencer, a sua política dificilmente será muito diferente da política de Obama. Além disso, é possível que haja alguma evolução, visto que Obama tem de ter em conta o Congresso, em que a maioria na Câmara dos Representantes é republicana, e ele tem receio de ter avanços demasiado bruscos em direção à Rússia. Romney não tem essas limitações e, por isso, ele pode se dar a esse luxo. Os russos não tem de ter receio de Romney vencer, ele terá mais chances de melhorar as relações com a Rússia do que Obama.”
Há que se ressaltar que numa série de estados, de acordo com a respetiva legislação, aos observadores russos foi-lhes recusado o acesso às seções eleitorais.

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