segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Moçambique: Poligamia na Constituição, que saída!!

Em:http://www.facebook.com/groups/dialogosobremoz/492696917417714/?ref=notif&notif_t=group_comment_reply

Bigamia na Constituição da República de Moçambique

Será bigamia naConstituição da República de Moçambique um assunto de difícil debate?
Porquê a bigamia tem que constar na CRM? A quem interessa a sua legalização?
É uma questão tradicional? Religiosa? Cultural? Regional? Nacional? De género? Etc. etc.
Levanto estas questões porque parece-me que apesar da proposta pública na revisão da CRM, ser um assunto que menos se discute ou que se discute duma forma menos séria. Mas sei que será dos assuntos que mais será gerido/lidado por todos nós. Por exemplo, qual será a reacção duma mulher quando o marido disser-lhe que vai se casar com uma outra contando com um dos quartos da casa? Será que a mulher terá o mesmo direito de se casar com mais de um homem.
As deputadas da Assembleia da República não falam? Será que podemos entender que elas alí não fazem diferença, pois que nada de assuntos do género têm estão a defender?

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  • José de Matos and 2 others like this.

  • Antonio A. S. Kawaria Não fiz convites, mas nos próximos momentos solicitarei o ponto de vista de membros deste grupo.

  • José de Matos Nao estou a acompanhar, mas acho incrivel que nao se discuta um assunto tao importante ! Fico ansiosamente a espera que alguma senhora se pronuncie!

  • Eusébio A. P. Gwembe Este assunto não é o mesmo que CHISSANO RECUSOU-SE A DAR TESTEMUNHO QUANDO ESTAVA COM UM PÉ DE SAIDA?

  • Antonio A. S. Kawaria José de Matos, não acompanhas porque muitos não querem discutir sobre isso. Algo muito estranho, atendendo a variedade de culturas mocambicanas e mesmo o que as mulheres andam a escrever nos seus murais. Não há nada que mostra que elas concordam com esta proposta. Mas vou buscar o material. Sei que os bispos católicos reagiram sobre isto. A Ivone Soares já reage. Muito bom!

  • Antonio A. S. Kawaria Obrigado por me recordares esse pormenor Eusébio.

  • Eusébio A. P. Gwembe EU PENSO QUE SE AS PESSOAS TEM UM OU MAIS PARCEIROS NAO SERÁ A FORÇA DA LEI A INVERTER O CENÁRIO. NA MINHA TERRA, A POLIGAMIA CONTINUARÁ A SER MAL-VISTA COMO TEM ACONTECIDO, ALIÁS, EM GERAL AS LEIS PRESENTES NA CR, DEVIDO A AUSENCIA DE REPRESENTANTES DO POVO VULGO DEPUTADOS, NOS LOCAIS QUE DEFENDEM REPRESENTAR, NÃO TEM EFEITO SIGNIFICATIVO.

  • Josué Bila Antonio A. S. Kawaria, André Pedro Gwembe e José de Matos, publico já os trechos sobre poligamia (sem tanta diferença com bigamia) de uma entrevista que fiz ao filósofo Severino Ngoenha, em fevereiro deste ano, e publicada no jornal Savana. Lembro tê-los publicado, aqui, neste espaço. Talvez sirva para frescar a memória...

  • Antonio A. S. Kawaria Obrigado Josué Bila, pela contribuicão sempre actual.

  • Macutana Macuta Macuta Adianto dizer que nao li nenhum comentario anterior, mas nem por isso vou deixar de dar a minha opiniao. A bigamia é um dos recursos que o politico usa pa se manter no poder, alias a bigamia, a trigamia, entre outras gamias, kikikikikikiki. Um exemplo pratico: A freli esteverecentemente a eleger os seus secretarios de celula e mais membros distritais do partido. O secretario Reeleito na Ilha de Moçambique tem agora, 8 mulheres e se serviui delas pra ser reeleito. Quando ha sessoes no partido, teem sempre convidado a mim, a presidente da associacao que trabalho e mais pessoas da sociedade civil, mas no dia da eleicao, eu e a presidente nao fomos convidadas. A minha secretaria que por sinal é a 7ª mulheres dele, foi convidada, ela e as restantes mulheres juntamenten com seus filhos e familiares para engrossarem a lista de simpatizantes dele. esta lei, jamais sera revista sub proposta da freli.

  • Antonio A. S. Kawaria KKkkkk afinal, Macutana Macuta Macuta? São esses episódios que precisamos ou preciso. Daí também posso especular do porque as mulheres líderes que abundam em Mocambique não tomam posicão sobre o tema polígamia (!?!?!). Assim vão me dizer que em Mocambique há igualdade?

  • Tony Manna quantas e quantas mulheres e em especial as mais jovens são mutiladas e morrem em condições terríveis de sofrimento nas mãos de abortadeiras clandestinas ???
    polígamia faz parte da cultura africana e depois?
    estamos no século XXI , será que paramos no tempo?
    será que esse assunto merece ser discutido?

  • José de Matos Aborto e poligamia teem de ser discutidos sim, sem duvida. Esses assuntos estao a ser passados no Parlamento, perante o silencio das deputadas e da sociedade.

  • Tony Manna quando pergunto se merecem ser discutidos estou a ironizar com este assunto
    por um lado o aborto legal é uma salvaguarda para se evitarem abortos clandestinos que existirão sempre, seja qual for a decisão final e em relação à bi ou poligamia acho que se queremos ter uma sociedade do futuro em que o respeito prevaleça não faz qualquer sentido essa barbaridade
    sinceramente um debate sobre a poligamia deverá ser um prato forte para de degustar ...

  • Antonio A. S. Kawaria Boas perguntas Tony Manna. Eu gostaria de ouvir a opinião de muitos. Não entendo a razão do silêncio.

  • Macutana Macuta Macuta Isso que contei é so uma parte, os 7milhoes de meticais tambem entram na bolada. todas essas mulheres sao beneficiadas por este dinheiro e elas apenas usufruem uma parte e o projecto descrito e aprovada nao é executado.

  • Antonio A. S. Kawaria Isso lá na base. Penso que a ONU tem que abrir olhos.

  • Macutana Macuta Macuta claro, no distrito realidade é assustadora o espirito de deixa andar prevaleçe e o combate a pobreza esta acelerada rumo ao enriquecimento dos dirigentes.

  • Felix Dzowo Essas manobras sao para desviar as atencoes publicas aos verdadeiros problemas da constituicao, do sistema administrativo e do seu conteudo em geral...Onde o parlamento e' predominado por pedofilos,bandidos traficantes camufulados, as leis tomadas teem tendencias inclinadas ao seu fazedor por beneficia-los primeiro...e Moc nao vai ser exclusao))))

  • Antonio A. S. Kawaria Na verdade, eu me preocupo com mulheres que conquistam o seu espaco com o seu próprio mérito. E nós temos que estar atentos, Felix Dzowo.

  • Felix Dzowo A prostituicao politico-administrativa ja tomou dimensoes alarmantes que temos que estar atentos a tudo amigo Antonio A. S. Kawaria, nao obstante a cumplicidade da maioria por ignorancia propria ou pela inocencia cega sobre nos mesmo.

  • Antonio A. S. Kawaria A lista continua: Linette Olofsson, Júlio Mutisse (sei o este meu amigo vai dizer, mas é por isso que gosto de debates e dele), Egidio Guilherme Vaz Raposo, Muzila Wagner Nhatsave, Sergio Chauque, Sergio Padeiro...

  • Antonio A. S. Kawaria Fala mano, fala! É sobre o que deve ser a lei e não sobre ti, Manecas Tiane.

  • Manecas Tiane esta madrugada vou percorrer os comentários posteriores....casar a segunda esposa pelo menos onde nasci e cresci era frequente e comum, não faltando exemplares destas famílias hoje...na base fundamentos bem elaborados por ele a ela(primeira)....nao faltando casos de uso do poder decisório masculino para contrariar um Nao dela. Muito difícil julgar esta prática, eu mesmo por circunstâncias diferentes tive madrasta. Dai que toda nossa análise à luz das leis não deve distanciar muitos destas origens, requerendo-se uma lei suave de modo que o curso seja igual ao meu entendimento sobre a máxima latina ridendo castigat mores.

  • Eusébio A. P. Gwembe Ésta matéria pode meter em conflito as religiões, bem visto. Por um lado, os muçulmanos e, por outro, os cristãos. Penso que há que procurar-se meio termo, de modo a não criar tumultos sociais no futuro.

  • Manecas Tiane *comentários anteriores....

  • Melita Matsinhe Na minha opinião a questão da poligamia passa pela educaçäo da rapariga, para que ela seja capaz de tomar uma decisão consciente, se ela quer estar una relação polígama, ou poliandra ou não. Mas como a educaçäo para todos é uma quimera, sou da opinião de que se se defende a poligamia, também se deve defender simultaneamente a poliandria.

  • Eusébio A. P. Gwembe Em relação a sua relação com a política, julgo ser falsa a ideia segundo a qual a Frelimo encontra-se favorecida pela poligamia pois nada consta que há mais polígamos frelimistas do que entre os seus adversários. Infelizmente, há mulheres que gostam e muitos homens e mulheres vivem as escondidas com amantes. Estas duas realidades também podem ser cruciais no sentido de tornar mais abertas as relações, não obstante a mulher ficar prejudicada, pois a poliandria é inimaginável na nossa sociedade. A VISTA Está uma lei contra a igualdade de género. Resta saber se os violistas vão meter as violas no saco! Sou a favor de consultar as mulheres do que aos homens.

  • Manecas Tiane suspeito por ser homeme....não será a poliandria uma inovação por cá? onde andam alguns exemplos Melita Matsinhe, ou é simplesmente para pagar pela mesma moeda?

  • Antonio A. S. Kawaria Manecas Tiane e André Pedro Gwembe que isto é prático em Mocambique, ninguém nega. Eu também tenho meio-irmãos. Um dos meio-irmãos a quem eu respeito muito é também polígamo. Sei dos sentimentos da minha própria mãe neste problema e naquilo que se passa com as minhas cunhadas elas que até querem me meter naquilo que o marido delas escolheu. As macuas não ACEITAM poligamia de forma alguma. As Machangas ou as mulheres do sul que escrevem aqui no FB também manifestam a vontade de ter um homem só para si. No Sul de Moc, parece-me que a poligamia teve e tem o seu valor lá no campo...

  • Antonio A. S. Kawaria Melita Matsinhe, eu também defendo que se na lei a poligamia é permitida que também seja permitida a poliandria.

  • Manecas Tiane E que tipo de lei mano Kawaria ia defender para situação em questão?

  • Antonio A. S. Kawaria A minha mana Taisse Sigaúque não escapa

  • Miller Martin Eu adoraria ser polígino! :-)

  • Manecas Tiane se é que ainda nao é mano Miller Martin! Quid mores sin legibus!

  • Miller Martin Kikikikiki

  • Antonio A. S. Kawaria Mano Manecas Tiane, ontem inseri dois links sobre esta matéria que tem escapado a muitos e não sei porque.

  • Taisse Sigaúque kikikikiki..... Mano Miller

  • Antonio A. S. Kawaria Miller Martin, esse é um apetite pessoal igual daqueles que adorariam ou adoram ser celibatos. Eu não disse que não apreciava mulheres. Aprecio-as muito. A questão é se os apetites pessoais e sobretudo dos homens têm que ser legislados. Falo aqui de homens porque mesmo que a poligamia/poliandria seja legislada a mulher será pertenca dum único homem.

  • Antonio A. S. Kawaria Vou intimando aos deputados que peco distribuir istos a todos outro e não menos as deputadas. Lutero Simango, Ismael Mussa, Ivone Soares (como deputada), Galiza Matos Jr.¨Estes são os que conheco como membros do grupo. Quem conhece outros que os convite.

  • Taisse Sigaúque Antonio A.S.Kawaria sobre este assunto acompanhei mto ao de longe a total entrega de algumas org. da sociedade civil e me parece k submeteram o seu parecer a AR.
    Lembro-me de ver varias paginas de jornal com este assunto. Minha opiniao aquii ee igual ao aborto, pelo menos qdo falamos aqui da zona sul onde as sociedades. se "transmitem" via patrilinear: as mulheres k decidam o k kerem e como fazer o k kerem... O meu reparo vai exactamente pra necessidade de nao se tentar tapar o sol com a peneira... As regras consuetudinarias estao lah.e a grande maioria da populacao ee aquela la da aldeia, do distrito...
    A legislacao nao deve reflectir o desejo de umas tantas iluminadas penso eu k deve "proteger" aquela k realnente precisa e por quem o stado deve efectivamente zelar

  • Manecas Tiane palavras para companhar a legislação....bom senso, moderação, diálogo, ir mudando nas calmas,...até porque a lei deve para chegar onde poucos fazem e negam, o não à poligamia....começar por atribuir valor jurídico aos casamentos que se fazem na comunidade, entre os membros da comunidade...colocando um forte patrocinio dos regulos ou outra estrutura para efeitos de registo!

  • Felix Dzowo O termo usado (poligamia), a priori poe fora da plano de debate publico a questao do igualdade do direito entre homem e a mulher...ha tendencias claras (conscientes ou nao, nao sei) de transformar um estado em uma aldeia, dai esse tipo de propostas, ha necessidade de combater esse mal...hoje e' poligamia em questao, amanha sao casamentos prematuros, em seguida outras amoralidades...falta a lucidez na maneira de fazer as coisas e moz...hoje a poligamia e' penalizada, mas que ja sofreu qualquer accao judicial por tais praticas, sera que nao se pratica? Ha que primeiro tratar de questoes mais prioritarios por parte dos fazedores de lei e administracao publica...

  • Antonio A. S. Kawaria Mana Taisse Sigaúque, parece-me que te entendi, mas ao mesmo tempo parece-me que te custou ser mais clara como tens sido. Ora, estamos a falar de lei dum país e no que reparaste é na mulher rural do Sul. Sobre ela, confesso não saber muito. Será isso suficiente para oficializar a poligamia?

  • Antonio A. S. Kawaria Concordo contigo mano Manecas Tiane. De facto, eu não estou por prisão a quem arranja mais uma ou mais um. O que questiono é se o Estado Mocambicano tem que apadrinhar os caprichos de quem quer que seja. Não deve ser o facto de saber que muitos ou muitas têm amantes que temos que correr para legalizar amantísmo. Eu próprio ao levantar esta problemática, não quero dizer e muito menos fingir que não gosto de mulheres lindas, gosto muito delas, mas esses é meu assunto pessoal que nunca tenho que influenciá-lo numa lei que é para mais de 22 milhões.

  • Manecas Tiane Oiço-te e compreendo-te! Sei pouco de direito....mas mantive sempre a concepção de que uma das suas fontes é o costume...que nalgumas situações, o proprio costume evoluiu até condiçao de lei, como forma que o legislador encontrou para harmonizar uma prática com a necessidade de ordenaçao social. Dai que, se percebi muito bem, a Taisse defende muito que toda acção legislativa, proibitiva ou permissiva, nao ignore os factos onde eles são bem salientes, e antes eu havia terminado com a necessidade de observância da máxima ridendu castigat mores, que no meu entender significaria para este caso que a lei deve ser suave com a pratica. A poligamia nao deve ser abolida nem legalizada ...deve sim ser CONDICIONADA....até que existam condições objectivas para ela ser proibida.

  • Taisse Sigaúque Ok. Deixe me tentar ser mais clara: se eu for 2a mulher do Miller serah mesmo pork kero e nao pork meu pai se entendeu com os pais do Miller Martin e nao me restam opcoes.
    Todavia, eu tenho como.influenciar pra k o Martin nao ouse me ter como 2a esposa, k fique comigo e deixe a outra. Mas e a mulher laa da aldeia? Alguem.olha e se prepcupa com ela???? . ....
    Mano Antonio Kawaria amanha continuo o papo mas finalizo dizendo k me pareceu k se defende ou respeita k os homens tenham mais de 1 mulher ( facto!!!!) mas k somente se casem com 1 delas.
    Portanto, caso keira se casar com a 2a primeiro deve imprescendivelmente desfazer o 1° casamento.

  • Antonio A. S. Kawaria Acho que valeu intimar-te mano Manecas como valeu para a mana Taisse. Gostei do vosso gesto.
    Eu sugiro que este assunto seja de amplo debate.

  • Antonio A. S. Kawaria Com a contribuicão da mana Taisse Sigaúque, já vamos para o debate. Chamo de debate quando eu posso reconhecor algum erro da minha definicão.

  • Taisse Sigaúque Tou com sono e me foge o 2° termo. .... Mais logo talvez alguem ja traga aqui mas acho k apanhaste a coisa mano Kawaria. O Estado nao estaria a permitir k os homens fossem casados com quantas mulheres kisessem pese embora reconheca k faca parte da nossa (de algumas) culturas cah da casa ter mais de uma mulher.

  • Antonio A. S. Kawaria "... se defende ou respeita k os homens tenham mais de 1 mulher ( facto!!!!) mas k somente se casem com 1 delas..", afinal é possível debater sobre este assunto?
    Não é isso que defendo, mas que os direitos sejam iguais tanto para os homens como para as mulheres. Se um homem pode se casar com mais de uma mulher porque uma mulher não se casar com mais de um homem?

  • Taisse Sigaúque Homem... !!!!!! ee assim k devia ter escrito, com H maiusculo. Ee o k preveh a lei em causa....( embora, comparativamente, mais abundem.casos de 1 macho pra "n" femeas do k o inverso.

  • Antonio A. S. Kawaria É isso que levanto e quero sobretudo que as mulheres mocambicanas não se ponham a dormir.

  • Taisse Sigaúque kkkkkkk.... Precisamos dormir pra manter a lucidez mano... lol

  • Manecas Tiane Igualdade? Está mesmo a falar da pura igualdade Antonio A. S. Kawaria! Há muitos determinantes sociais a construir antes de toda essa miragem que se pretende com uma lei proibitiva....sob pena de legislar e as praticas irem noutro sentido.....

  • Manecas Tiane Tal como uma lei do SIM à poligamia, poliandira seria abismal....as suas correspondentes do NÃO seriam retrógadas....alguém pode aqui partilhar os requisitos ao muçulmano para ser poligamo...há muçulmanos a aventurarem-se sem satisfaçao deles?

  • Antonio A. S. Kawaria Afinal, podemos debater sobre este assunto?. Obrigado manos, até mais tarde!!!

  • Rebeca Cipriano Mashava Vejo agora, mas preciso continuar a dormir. Volto!

  • Miller Martin Taisse, há como passar das letras? Hehehehehe

  • Miller Martin "Mesmo que a poligamia seja legislada, a mulher será pertença de um e único homem" - António A.S Kawaria.
    Ah, como gostava ser o primeiro a cavar e o ultimo a tapar...

  • Ximbitane Na Lenha Sinceramente? Ao aprovar-se essa lei, vou vestir o habito de freira!!

  • Ivone Soares Nao entendi o "já".

  • Linette Olofsson Como é que se vai alojar esse ponto na CRM? olhando para o Artigo 36 (Princípios da Igualdade do género)? Nós as Mulheres temos que aprofundar esta questão, se realmente este assunto vai a discussão na AR. Cada partido, deveria em minha opinião, posicionar-se neste debate. Acho que não é verdade! Não conheço ainda a matéria em revisão.

  • Manecas Tiane eu assumi que estavamos num mero exercício académico/social/cívico, em todo caso mano Kawaria poderá nos aclarar!

  • Linette Olofsson Voltando ao assunto, realmente noto um grande silêncio por parte das senhoras deputadas! Talvez na devida altura. Que há organizações da sociedade civil preocupadas com a matéria; é uma verdade!

  • Manecas Tiane ...que tendência uma eventual legislação sobre o assunto deveria tomar? olhando as práticas costumeiras das comunidades e algumas fundamentadas na herança religiosa! Que venha antes a lei ou uma consciencializaçao das comunidaes sobre a matéria...Minha opinião já a expressei antes!

  • Maria Albertina Chambe Vejo o chamado agora mas aqui sao 3:03 da madrugada, espero voltar mais logo. Mas deixo uma questao. Qual a posicao das nossas parlamentares qt a questao da bigamia, poligamia e a propria poliandria?

  • Manecas Tiane .... as parlamentares são porta vozes de, caixinhas de sintonia das proprias mamanas....,eu queria ouvir pensamento original das mamanas nao parlamentares nao acham!

  • Taisse Sigaúque Exactamente Manuel Tiane.
    As mulheres parlamentares, ou melhor, os parlamentates (re)emitem o k seria a posicao das respectivas bancadas e nao necessariamente o seu "feeling" sobre determinado assunto em discussao. ...

  • Rebeca Cipriano Mashava Presente! As parlamentares sao a caixa de ressonância? E elas nao podem ripostar? Algumas coisas deviam ter a auscultação do povo. Respondendo as tuas questoes: nao vejo uma mulher formada e informada a aceitar uma segunda no seu tecto. NUNCA permitiram que a mulher tenha um outro homem dentro de casa porque isso "atropela" os principios culturais e tradicionais. Qd eh com o hom eh sinal de virilidade...

  • Tita Paula Isto é absurdo!

  • Taisse Sigaúque Rebeca Cipriano Mashava, as bancadas são um grupo e defendem uma determinada posição. Se reparares, o k se passa não é a opinião de pessoas mas sim o posicionamento da Frelimo, da Renamo e do MDN sobre determinado assunto em análise. Agora, para "legitimar" esse posicionamento, a bancada poderia indicar uma mulher para apresentar ou defender qual o sentimento da bancada... Outros chamam a isso "disciplina partidária"... não sei se seriam necessariamente caixas de ressonância.

  • Maria Albertina Chambe Taisse Sigaúque concordo que as parlamentares respondem ao grupo em que estao inceridas. Mas perguntava do pronunciamento delas dentro do grupo ate chegarem ao tal acordo do que ira ser apresentado na assembleia. Mas indo ao ponto deixo minha humilde observacao que ainda que pareca simples legislar sobre ela ja que existem casos concretos de sua pratica nao vejo a acontecer com tanta facilidade. De facto um numero bem pequeno de mulheres saberia se defender caso optasse por um casamento poligamo, entretanto a grande maioria eh lhe imposta tal condicao e nao diria pelas familias apenas mas por uma condicao bem individual que lhe retira ou sequer nunca lhe deu capacidade de autonomia critica, sendo realmente dona da sua vida. Era disto ou aspectos aproximados que me levou a perguntar qual a opiniao das parlamentares

  • Rebeca Cipriano Mashava Acho que eu nao levaria jeito pra transmitir de boca cheia, o que discordo.

  • Gabriel Muthisse Nao sou jurista por isso nao conheco as subtilezas legais. Todavia, do que entendi deste assunto, nao se estaa a dizer que o homem pode ter varias mulheres. Estaa-se a dizer que a bigamia deixa de ser crime. Tao somente isso. Bigamo pode ser o homem, como pode ser a mulher. No contexto mocambicano, mais concretamente do sul do paiis, bigamo costuma ser o homem. Casa com uma no registo e no padre. Casa com outra(s) por via do lobolo (que a lei reconhece como uma das formas de uniao). Neste sentido, a proposta nao ee descriminatoria porque se houvesse antecedentes historicos e praticas quotidianas de poliondria, elas seriam cobertas no termo "BIGAMIA". Repito, de acordo com o que eu entendi, o que a proposta estaa a preconizar ee que eu, ou o amigo Miller Martin, querendo, podemos ter as esposas que quisermos, sem corrermos o risco de sermos presos, por determinacao do Codigo Penal. Tudo isso porque, segundo o CP actual, corremos esse risco de sermos penalizados se tivermos varias esposas.

  • Miller Martin Seria bom que transcendesse o plano de lei. Que a cultura ou moral nao aprisionasse o desejo de ser desejado.

    Bom dia, amigo.

  • Gabriel Muthisse Mas, por outro lado, concordo com os que dizem que estes fenomenos nao se combatem por pressao administrativa. Nem com proibicoes artificiais (como essa a que me referi, do Codigo Penal. Os que sao da minha geracao lembram-se da maneira veemente como a FRELIMO dos anos 70 e 80 se posicionou contra os ritos de iniciacao, contra o lobolo e contra a poligamia. Acabou com essas praticas? Por fim, amigo Antonio A. S. Kawaria, seria injusto que a Lei Mae fosse feita tendo em mente pessoas como Ivone Soares, Taisse Sigaúque, Rebeca Cipriano Mashava, Gabriel Muthisse, Antonio Kawaria, Linette Olofsson. Luthero Simango e outros. N'os nao somos representativos do paiis real. Ha um paiis em Guijaa, ha um paiis no Chokwe, ha um paiis em Magude, na Moamba, em Manjacase, em Chibabava.... Esses varios paiises dentro deste grande Mocambique precisam de se rever na CR. Ou voces acham que seria legitimo irmos prender todos os poligamos desses varios Mocambiques soo porque assim o determina o famoso Codigo Penal?

  • Maria Albertina Chambe Gabriel so um esckarecimento o lobolo por exemplo nao se torna numa uniao formal somente depous que os interessados se manifestarem para tal? Indo se amparar das leis formais? Entendia que aquele meu tio, avo, etc la de Manjacaze jamais podia ser preso por poligamia pois apenas esta casado oficialmente (segundo a lei formal) com apenad uma e as restantes uniu se em convecoes familiares por via do lobolo, arranjos familiares, etc mas tudo no ambito das convecoes que rege a sociedade em que esta incerido. Portanto formalmente este homem nao eh bigamo a luz do nosso codigo penal. Viagei na maionese? Peco esclarecimento

  • Taisse Sigaúque ehehehehe.... ta animar esse assunto. Então, continuamos a nos amantizar e a montar bases ou paramos!!! Preciso saber com urgência, longe de mim ser presa só por causa da carne!!! lol

  • Gabriel Muthisse Maria Albertina Chambe,creio que a nova Lei da Familia daa dignidade igual ao casamento civil, ao casamento religioso (por exemplo, nikai) e ao casamento tradicional (por exemplo, o lobolo). Ou seja, lobolando uma das minhas amigas aqui do fb, em principio, nao preciso de ir ao Palacio dos Casamentos. Preciso tao somente de fazer os necessarios averbamentos. Esta ee a interpretacao, de leigo, que faco da nova Lei da Familia. Isto quer dizer que Nikai ee casamento. E isto quer dizer que Lobolo ee casamento. Pelo Codigo Penal actual, uma Pessoa k faz Nikai, depois de ter passado pelo registo civil, comete bigamia. Homem ou mulher. E pode ser penalizado por esse Codigo de Leis. O que a proposta de revisao estaa a dizer ee simplesmente k isso deixa de ser crime. Essa ee a minha interpretacao de leigo

  • Gabriel Muthisse Taisse Sigaúque, vai parando atee aa aprovacao da nova constituicao. Neste momento ee crime, pelo Codigo Penal!!! Acho que os que aplicam as leis fechar simplesmente os olhos... Para o beneficio das nossas prevaricacoes. Hehehehehe

  • Taisse Sigaúque ahahahahah.... quem avisa amigo. So me resta mesmo é acatar. Bigada viu amizade.... lol

  • Edgar Kamikaze Barroso Heheheheh... Desde que namorar com 13 damas nao seja crime, tudo bem. Nem todos nos queremos casar. ;)

  • Taisse Sigaúque Sai vce Edgar Kamikaze Barroso. Arrihhhh, queres complexar aos teus amigos aqui do grupo? Mau tu!!

  • Gabriel Muthisse Os que aplicam as leis fechar = os que aplicam as leis fecham

  • Taisse Sigaúque eheheheheh.... Eishhhh, aqui hoje só encontro maldosos!!! Gabriel Muthisse, mau meu amigo tu. lol

  • Edgar Kamikaze Barroso Complexar aos meus amigos? Que preservar a espécie. ;)

  • Michaque Gabriel Muthisse Nao li os comentarios anteriores...por isso arrisco-me em ser redudante.
    A lei a favor ou contra a aprovacao da bigamia pode levantar um debate acesi sem que cheguemos a conclusao alguma. Isso porque Mocambique e' um pais multi-etnico e multi-religioso
    . Enquanto um cristao reagira contra a bigamia...um mulcumano estara a favor da mesma; As diferentes etnias aqui em Mocambique podem reagir de forma diferente ao que for aprovado.

    Agora..a Bigamia e' uma realidade sim...embora nesse momento seja crime as pessoas praticam!!!
    Qual seria a soluccao para esses casos?

    Pessoalmente nao tenho nada contra a lei que aprova a Bigamia...
    Mas posso propor uma soluccao que em outros paises onde os homens podem ter mais de uma mulher aplicam....

    Nos paises islamicos...caso do Egipto e Marrocos existe um contrato nupcial...ou contrato de casamento...onde e' estipulado pela primeira mulher, ou familia da mesma o numero de esposas que o mesmo pode ter apos o casamento.
    Deste modo determina-se atraves de um contrato...no primeiro casamento se o homem e' permetido casar outra(s) vez(es).

    Isso seria uma saida mediata

  • Manecas Tiane como já bem se aflorou aqui....a lei tem que ser muito silenciosa, coerente com as práticas (meramente reguladora), se possivel sem proibir nem permitir.

  • Linette Olofsson Se a Mulher tem que seguir o seu grupo parlamentar por disciplina partidária, deixando os seus próprios interesse e de Milhares de Mulheres Moçambicanas de fora ( que dizem representar)...; Imaginem o resto...Os interesses do partido acima dos interesses da Mulheres sem voz? Inteligente pergunta Maria Albertina Chambe - Rebeca Cipriano Mashava, esse sempre foi o grande problema da Mulheres parlamentares desde da primeira legislatura multipartidária, já vi em muitos países Mulheres votarem em branco quando o partido vota por exemplo contra os direitos da Mulher, e mais, fazem uma declaração de voto dos porquês do voto em branco ou contra! Acredito que sim Rebeca Cipriano Mashava - caixa de ressonância, até que nos mostrem ao contrário! Sim Tita Paula Absurdo! Entretanto, vamos ver para querer na devida altura, que há já um movimento de Mulheres da sociedade civil activo nesta matéria, muito mais forte que as legisladoras, já é um bom passo neste longo caminho a percorrer! N Não perdemos por esperar pela posição das Mulheres Parlamentares!

  • Maria Albertina Chambe Perfeito Linette Olofsson eh assim como entendia que era representada na assembleia pela mulher que la esta. Se nao sabem como se posicionar nos que a colocamos la temos algo a dizer que seja para o nosso beneficio. Por isso me intristesse qd o dono deste post, o Antonio A. S. Kawaria diz ser um assunto que nao esta a ser debatido em foruns proprios. Era realmente delas tomarem a frente do debate e se posicionarem com relacao ao assunto. Mas pouca informacao tenho para me embasar nos meu argumentos, tb prefiro esperar

  • Johane Zonjo O que percebi eh que a proposta de lei descriminaliza a bigamia. A bigamia acontece quando alguem que ja eh casado (portanto, formalmente) contrai um segundo matrimonio (tambem formalmente) sem dissolver o primeiro (formalmente). Enquanto nao casar formalmente pela segunda vez, o HOMEM (homem ou mulher) pode ter os parceiros que quiser que isso nao eh bigamia, dai a existencia da poligamia (um homem e varias mulheres=poliginia e uma mulher e varios homens=poliandria). Entretanto, na lei actual, cometer Bigamia eh crime. Eh crime porque significa burlar o Estado (que coloca o Conservador para celebrar o casamento, etc.); significa burlar o(a) parceiro(a). A nova proposta ao descriminalizar a Bigamia, estah a dizer que caso alguem celebre um segundo casamento sem dissolver o primeiro, ja nao eh crime. O segundo casamento so nao tem efeitos legais como o primeiro, que continua a prevalecer como o casamento legitimo. Quais sao as consequencias disso? Eh que o caso passa a ser materia civel e nao criminal. Ja nao eh o Estado que vai procurar prender o criminoso como sucede na lei actual. Serah a pessoa lesada [o(a) burlado(a) ou corneado(a)] a intentar accao junto dos tribunais, pagando o o advogado, etc. Mas serah uma accao civel e nao criminal. Esse eh o meu entendimento, mas nao sou jurista. Corrijam-me os que dominam a lei.

  • Maria Albertina Chambe Gabriel Muthisse estamos juntos tb nao entendo nada de leis mas percebi que pela nova lei qq uniao reconhecida tradicionalmente pode se tornar formal. E ai ta a cerne que indica que tal como o nikai o lobolo que vem a ser formalizado por alguem ja casado formalmente e nao divorciado o coloca na condicao de bigamo. Thanks. Mas ainda assim continua a minha questao. Sera mesmo que a grande maioria de nos mulheres mocambicanas esta mesmo preocupada com a formalizacao? Creio que nao e nao pq nao se importa mas por pura ignorancia do que lhe eh benefico ou prejudicial e bem disseste ou alguem disse nos aqui neste post nao somos representativas nem do bairo a que pertensemos e que dira da nacao

  • Miller Martin Zonjo, boa!!!!

  • Maria Albertina Chambe Zongo quer dizer que o Estado esta a se abdicar a todas responsabilidades que assumiu com a mulher mocambicana ou pra nao descriminar com os seus cidadaos? Depois de tudo que ja pago pra manter esse Estado ainda tenho que pagar um advogado pra provar que eu casei primeiro, este me meteu uns chifres e quero meus direitos garantidos? Que direitos seriam esses, atendendo e considerando que o segundo casamento nao tem efeitos legais? De que legalidade entao estariamos a nos referir aqui? Complicou

  • Johane Zonjo Maria Albertina Chambe, eh para ai que deve ir a discussao. Eh isso que se deve debater, na minha opiniao. Descriminalizar ou nao a Bigamia? Que vantagens ou desvantagens teremos com uma eventual descriminalizacao. Portanto, ao provares em tribunal que casaste primeiro, gozas de todos os direitos inerentes a esse casamento. O segundo casamento nao se beneficiaria desses direitos, mas o armador da confusao nao seria considerado como criminoso como actualmente sucede.

  • Michaque Gabriel Muthisse Hahahahahaha... Johane Zonjo
    nunca parei para analisar essa politica publica :P
    mais ta ai...ja temos um problema penso eu...de que vale aprovar a a Bigamia i se o segundo matrimonio nao tem validade nenhuma? Se simplismente o segundo matrimonio vai ser um poster e a primeira esposa vai deter sempre dos direitos matrimoniais?

    Ja agora essa Bigamia e' valida para os dois lados?
    Se for...

  • Taisse Sigaúque Amigas Linette Olofsson, Rebeca Cipriano Mashava (e Maria Albertina Chambe), sem querer desviar a tónica e o assunto em debate, queria dar a minha opinião sobre caixa ou não de ressonância. Qualquer assunto é objecto de apreciação por parte da bancada e esta apreciação é feita com base naquilo k os representantes do povo recebem dos seus mandatandos (neste caso, noos o povo). ora, a bancada discute e assume uma posição que deve veicular ao grupo. As mulheres parlamentares devem fazer o seu trabalho de campo e levar aquilo k são as aspirações do povo a bancada. Este exercicio deve ser tão bem feito por forma a influenciar e persuadir aqueles k por ventura tenham posições opostas as k defendemos. Portanto, caso a bancada assuma uma posição contrária aquela k nos defendemos não é necessariamente porque a bancada não foi sensível, pode ser PORQUE EU NÃO FIZ O MEU TRABALHO SUFICIENTEMENTE BEM para convencer de que o caminho é outro... dai k eu não sei se seria exactamente ser caixa de ressonãncia, embora admita k sim, existem casos desses ou se não estariamos a ter lá mulheres k não defendem ou não estudam s dossier de forma tão profunda quer em termos antropológicos bem assim tendo em conta os nossos usos e custumes. Eu acho muito fixereclamar igualdade e direito a opinião sobre determinadas coisas assim como acho giro quando defendemos k temos muitas mulheres em órgãos de decisão, no judicial e por ai fora. Deixa de ser engraçado quando olhamos para a qualidade das decisões (quando existe alguma!!!) por elas tomadas... ou no mínimo que o sejam de voto vencido, mas pelo menos deviamos poder ver e constatar k sim, gastaram sola e roçaram a garganta em nome da causa..... Quem sabe um dia né??? PS: Amiga Linette Olofsson foi mulher parlamentar não?

  • Miller Martin Taisse!

  • Rebeca Cipriano Mashava Felizmente aceitas, que temos "momentos nublados", Taisse! E de facto nestes em que sao caixa de ressonancia. Eu tambem aceito que as nossas mulheres parlamentares, muitas vezes elevam os nossos interesses. Ai, bato as palmas!

  • Miller Martin Eu bato o quê?

  • Taisse Sigaúque Então Miller Martin, não concordas? Eu juro k não vejo alternativa. É um assunto k nos toca directamente (como mulheres) mas estamos todas a espera k a outra mecha palha por mim... Ahhh Phambeni mamas!! Ou então submetam-se a vontade de quem mostrou e lutou pela sua causa. Alias, me pareceu ser esse o mote do mano Antonio A. S. Kawaria, suscitar o debate e propor um plano de acção pois a discussão ta mesa. amanhã, a tal da poligamia estará despenalizada e toda a mulherada k se submeta!!! já disse!!

  • Taisse Sigaúque kakakakakak.... Miller Martin!!!

  • Rebeca Cipriano Mashava Miller, o que te convém bater? Kkk

  • Miller Martin Já estou a fazer malas.

    Ré, hehehehehe

  • Rebeca Cipriano Mashava Boa viagem, meu mano!

  • Miller Martin Aumente os quartos, as cunhadas serão muitas!

  • Taisse Sigaúque Tsk!!! Rebeca Cipriano Mashava, vce as vezes nem parece da minha familia sabe. Estou muito perto de te deserdar eu!!! kkkk

  • Manecas Tiane continuem....estou seguindo...hoje!

  • Rebeca Cipriano Mashava Miller, tu eh que aumentas os quartos pra recebe-las. Essa nunca eh despesa da mulherada! Ta podendo(eh macho)? Pois entao, banque e alimente o teu vicio! De contrario, bates no topo da porta de cada vez que entras em tua casa. Kkkkk

  • Miller Martin Kikikiki, maninha, please viu. E empreste aquele carro.

  • Miller Martin Vou retirar-me. Não quero estragar o tema. Sou anarquista mesmo.

  • Maria Albertina Chambe Taisse Sigaúque aplausos pra ti mulher e como tou longe e so falo o que me vem ao coracao me diga mana. A mulherada la faz, fez, ira fazer esse dever de casa?

  • Manecas Tiane E pelo lado cá dos homens....porque nos tornamos tais bi/poli? Pelo que entendi as mulheres com que dialogamos aqui reduziram o acto a um simples prazer carnal, ambição sexual....esqueçeram-se de algumas explicações(ainda que disfuncionais) de foro económico, reprodutivo e até de dignificação da mulher....Como bem disse Muthisse os Moçambique tem que ser percorridos. Deixo-vos a liberdade de adendarem aqui a bi/poli feminina e mantendo a minha questão...alguém pode dar uma explicação atualizada do mote para a bi/poli hoje?

  • Taisse Sigaúque Hawena Manecas Tiane!!!! Aquelas mamas de ha muito faziam 22 filhos, carretavam água, iam a machamba, cozinhavam e sei la o que mais faziam e mesmo assim os Sr. Tiane precisava de 2, 3. Hoje, noos não nos prestamos a fazer mais de 3, 4 filhos, temos empregados, andamos de carro.... Não, vou me acalmar e esperar ouvir as Vossas alegações .....

  • Manecas Tiane nao se coloque como prejudicada...uma coisa é fazermos activismo pró/contra, outra é buscarmos sensibilidades, ainda que sejam escória do passado....o passado que nos persegue!

  • Miller Martin Taisse, choldrismo?

  • Taisse Sigaúque Prejudicada eu??? nem um pouco mano. A puxar pelo debate. Debate de ideias e recolha de sensibilidades mano manecas Tiane, acredita. ehehehehe... aqui não ha "dondoquices", vamos a isso mano.

  • Taisse Sigaúque ehehehehe.... Nope!!! nem se calhar, calling for argumentos, only martin Miller Martin. lol

  • Miller Martin Kkkkk, :D

  • Manecas Tiane pelo que porque razão homens e mulheres quereriam ser bi/poli de forma explicita e com segurança das leis? Esta é a minha questão?...Esta sensibilidade ainda nao está descortinada!

  • Taisse Sigaúque Descortinem-ma-la!! É aos homens k peço, descortinem-ma-la sff.

  • Gabriel Muthisse Caros amigos, apenas para voces se darem conta da forca e penetracao profunda da poligamia no substracto sociologico do Sul de Mocambique vejam este facto historico: Como alguns de voces sabem, eu provenho de uma familia de antecedentes protestantes ja la vao tres geracoes. Foi-me refrerido que, quando os missionarios americanos chegaram nos finais do seculo XIX na regiao de Mandlakaze encontraram que quase todos os homens validos eram poligamos. Inteligentes que eram, esses missionarios entenderam que, numa primeira fase, nao poderiam excluir os poligamos da categoria de crentes. Decidiram que, aqueles k se convertessem ja poligamos, nao poderiam ser excluidos do reino dos ceus soo porque o Evangelho lhes chegara tarde. Desse modo, os que aceitassem a nova fe ja poligamos, gozavam de todos os direitos inerentes aos cristaos. Mais inteligentes e metreiros, os Xanganas da minha zona e daquela epoca atrasavam propositadamente a sua conversao, atee conseguirem o número desejado de esposas. Isto ee, soo se convertiam ja com quatro ou cinco esposas. Antes disso, Jamais!!!

  • Manecas Tiane em grande :) solitário....seja pelo impasse que a minha mana Taisse Sigaúque propõe..e pela afectação de inteligencia que Gabriel Muthisse dá aos seus ascendentes! Falta-me ainda clareza nas razões justificativas actualizadas de uma prática bi/poli hoje. Que venha de mulheres ou homens...afinal a ideia é todos almejarmos a equidade social!

  • Gabriel Muthisse Manecas Tiane fez uma pergunta interessante. Qual seraa a causa da poligamia? Dever-se-aa apenas aa concuspicencia dos homens? Ee evidente k ha razoes sociologicas e economicas profundas. As instituicoes que os nossos Maiores inventaram, e que noos agora, depois de leituras rapidas dos codigos e praticas dos europeus, as ridicularizamos com uma ligeireza confrangedora, jogam um papel social relevantissimo. Coisas como a kutchinga ou a poligamia nao se destinavam apenas aa satisfacao da carne, que ee fraca. Sao poderosos factores de seguranca social, apenas para dar um exemplo. Sao actos de profunda responsabilidade social. Nao ee por acaso k, antes de tentarmos impor o novo Evangelho do equilibrio do genero, lido apressadamente em compendios de ONG's, aas zonas rurais, nao havia criancas e viuvas vulneraveis nas nossas comunidades. As viuvas e os orfaos nao eram pedintes de ONG's! Viviam com dignidade, absorvidas atraves de instituicoes solidas e prestigiadas como a kutchinga e a poligamia. Destruimos essas instituicoes com o discurso que a industria de desenvolvimento tao deligentemente nos ensinou. Soo k nos esquecemos de implantar nessas comunidades outros valores, k brotassem de novas praticas antropologicas, economicas e sociais que brotassem de dinamicas internas da vida do nosso povo. Alguns de noos estamos convencidos de k podemos implantar Suecia em Mandlhakaze, implantar Dinamarca em Chibabava, implantar Canada em Moamba. Isso nao ee bem assim, caros amigos.

  • Taisse Sigaúque Tou choocado caro Gabriel Muthisse. Vces (noos) lá de Manjakaze sairam me cá uns grandes matreiros... Agora percebo e compreendo a prole dos meus tios e primos... Swa ntumbuluko/ mapswaliwa (* é da tradição/ umbilical)... lol

  • Gabriel Muthisse Mais ou menos, minha querida Taisse Sigaúque! Laa em Mandlhakaze somos um pouca conservadores. Costumamos resistir aa pressao dos feminismos da moda, dos apressados equilibrios do genero. Por isso o nosso apego aa prole numerosa, ao respeito aas nossas sagradas instituicoes, entre as quais a poligamia ee uma das mais prestigiadas. Nao sei se reparaste, cara Essita, k Eduardo Mondlane, na sua autobiografia, diz, a dado passo: "as minhas maes..."! Entre as maes a que se refere, para Alem da mae biologica, estao as outras duas esposas do pai. Nao diz "a minha mae e as minhas madrastas..."! E quando escreveu essas notas biograficas ja era um renomado antropologo e Prefessor Doutor. Consegue imaginar maior nivel de conservadorismo k este, Essita? Esta ee a forma k temos para preservar o equilibrio social e economico e social das nossas comunidades. Sem modismos de ONG baratos.... Swa ntumbuluku, amiga Taisse.

  • Antonio A. S. Kawaria Li todos os comentários até aqui postados. É o que propus ao abrir esta postagem porque o assunto está sendo menos discutido seja nas redes sociais como em público. Há propostas para se levando às aldeias, isto é ao público, sobretudo às mulheres. Concordo 100 % com essa proposta. Bom foi o exclarecimento sobre o que se pretende com a bi/poligamia na lei. Com base nesse esclarecimento podemos ver o que ainda constitue pergunta como insiste a Maria Albertina Chambe. Eu também continuo a questionar. Mana Taisse Sigaúque, não foi desviar ao tema, pois que o silêncio das parlamentares foi um dos pontos que coloquei. Se eu tiver te percebido bem, na verdade a posicão delas lá na AR, nas bancadas depende do que elas podem se saber que é uma opinião de muitas. Portanto debates públicos podem ter influência. É sempre interessante ler a opinião das mulheres sobre este assunto, por isso forca também Rebeca Cipriano Mashava, Linette Olofsson, Tita Paula... que as outras venham com as suas opiniões. As dos homens são também muito importantes porque ajudam a encontrar convergências e divergências...

  • Manecas Tiane Caro Antonio A. S. Kawaria saindo pouco do espírto das leis sobre o tema, o que acha estar por detrás desta prática dos homens e das mulheres? Concorda com Muthisse? Que tipo de lei, muito particularmente no seu ponto de vista é necessária?

  • Avelino Namarrocolo Excuso me a comentar este tema, porque nao tem nenhum enquadramento politico.

  • Antonio A. S. Kawaria Mano Manecas Tiane, em pelo menos dois comentários deste propostas que concordo com elas e são as que tenho pensado e cito:
    “palavras para companhar a legislação....bom senso, moderação, diálogo, ir mudando nas calmas,...até porque a lei deve para che
    gar onde poucos fazem e negam, o não à poligamia....começar por atribuir valor jurídico aos casamentos que se fazem na comunidade, entre os membros da comunidade...colocando um forte patrocinio dos regulos ou outra estrutura para efeitos de registo!”
    “como já bem se aflorou aqui....a lei tem que ser muito silenciosa, coerente com as práticas (meramente reguladora), se possivel sem proibir nem permitir.”
    E como eu havia dito lá acima, não disse que os homens polígamos sejam recolhidos. Contudo, estou convencido que na medida que as mulheres se tornam economicamente independentes não aceitam e resistem à poligamia. Contrariamente é com os homens, pois que poligamia é para eles PODER, e quanto mais ricos é quando mais mulheres querem ter, a menos que uma lei defenda as suas esposas.

  • Manecas Tiane OkeY....estou em sintonia!

  • Avelino Namarrocolo Muitas das deputadas principalment da frelimo sao sao solteiras,separadas, viuvas.....nunca terao uma opniao pra uma sociedad poligama e sempre sera assim.

  • Manecas Tiane Avelino Namarrocolo acusou falta de enquadramento politico do tema...onde foi cavar este outro "quadramento" que faz?



  • Gabriel Muthisse Avelino Namarrocolo????? Fez alguma pesquisa, para poder tracsar perfis diferenciados das mulheres das diferentes bancadas do parlamento? Ou estaa soo a especular?

  • Rebeca Cipriano Mashava Gabriel e Manecas, boa observação! Outras coisas, pah!

  • Antonio A. S. Kawaria Avelino Namarrocolo, se é verdade que muitas deputadas são solteiras é justamente por causa daquilo que eu disse: independência económica. Para ela ou elas antes solteira(s) que casada(s) e maltrada(s).

  • Antonio A. S. Kawaria Aliás o Gabriel Muthisse escreveu também a poligamia como suporte económico. Não há como negar que na fase em que nos encontramos em Mocambique, o casamento é ainda "welfare" para a maioria das mulheres. Eu duvido bastante que uma Rebeca Cipriano Mashava ou Taisse Sigaúque, vá aceitar um homem polígamo por tradicão ou cultura. A cultura é dinâmica e não estática.

  • Rebeca Cipriano Mashava Nao aceito, mesmo!! Nao so por ciumes mas tambem porque deve ser complicado gerir isso. Pra mim, ou eu, ou eu!

  • Manecas Tiane ...welfare e busca de um certo status, ainda que seja de banda curta. As nossas sociedade pedem muito às mulheres, veja como uma tia, ainda que economicamente poderosa é "conselheira duvidosa" se nao estar casada....ainda que seja a segunda....daí que as pessoas que porventura economicamente estejam emancipadas tem muita responsabilidade para influenciar sem descredibilizar instituições fundadas no passado, mas usando do seu poderio para calmamente reforma-las!
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    Eusébio A. P. Gwembe Interessante debate por aqui. Vou ler tudo, boas vindas ao género!

  • Antonio A. S. Kawaria Mas esse status ficou mais lá no campo e com mulheres menos informadas. Sei que até há familiares conservadores que exigem um homem para com a sobrinha, prima ou seja. Mas isso vai passando, mas está ainda presente na nossa sociedade.


  • Manecas Tiane e esse campo é de quem? Qual dessas emancipadas já perdeu o cordão umbilical com o campo? Muito poucos mano Antonio....muitos de nós ainda temos fortes raizes com o campo....aqui na cidade ainda nao temos raizes....logo a proposta que parece estar a fazer de vista grossa......
  • Linette Olofsson estamos no século XXI. Políticas do gender? só o Inglês ver?
  • Antonio A. S. Kawaria Mano Manecas Tiane, ter fortes raizes com o campo não significa engolir tudo que seja culturalmente estático. Sei que há muitos com dificuldades, mas estranhamente não é na área que falamos, mano. E sabes porquê? Trata-se de liberdade. Gabriel Muthisse citou Mondlane, mas ninguém vai me convencer que ele também tinha ideia para ser polígamo e muito menos que gostaria que a nova geracão como a do Gabriel fosse isso... Eu gosto do campo, mais do que quem vive em Nacala, Nampula... Por outro lado, sou quem enfrenta problemas familiares, usando todos os meios que tenho. Nisto sei como as minhas sobrinhas, tias, primas e irmãs reagem em certas situacões. Elas me surpreendem. Pode ser que é porque encontram alguma liberdade comigo ou seja que as respeito. Ah, até há uma prima que faz rir quando me recorda duma atitude conservadora que tive com ela.
  • Manecas Tiane Linette Olofsson politicas requerem pessoas preparada a todos niveis para carrega-las a peito....organizaçoes da sociedade civil, as ligas femininas dos nossos partidos etc!

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