terça-feira, 20 de novembro de 2012

Juíza nega destituição de advogado do ex-goleiro Bruno | Jornal Correio do Brasil

O goleiro retornou ao banco dos réus, mas, depois de alguns minutos, pediu a palavra novamente
A juíza Marixa Fabiane, que preside o julgamento do caso Eliza Samudio, negou o pedido do goleiro Bruno Fernandes para a destituição do seu advogado Francisco Simim, no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, nesta terça-feira. O goleiro pediu destituição de toda sua defesa, mas a juíza entendeu que o goleiro pretendia adiar seu julgamento.
De acordo com informações do portal G1, Bruno pediu para falar com a juíza logo ao início da sessão e afirmou que não se sentia seguro para continuar com seu advogado, Rui Pimenta. O goleiro pediu tempo para contratar outro advogado, mas a juíza Marixa Fabiane lembrou que ele ainda possuía outro defensor, Francisco Simim, que também representa sua ex-mulher, a ré Dayanne Rodrigues.
O goleiro retornou ao banco dos réus, mas, depois de alguns minutos, pediu a palavra novamente. Nesse momento, a juíza anunciou que ele estava destituindo também Francisco Simim de sua defesa. A magistrada afirmou que isso estava ocorrendo “claramente com vistas ao desmembramento do julgamento”.
O advogado destituído, Rui Pimenta, disse ter sido pego de surpresa pela decisão do goleiro. “O Bruno agradeceu o trabalho feito, mas disse que queria mudar de estratégia”, afirmou. O defensor disse que o goleiro perguntou se ele ficaria chateado, e Pimenta respondeu que de forma nenhuma. “Faço votos que isso a destituição seja bom para ele”, comentou.
Segundo o defensor, ele continua atuando para o goleiro Bruno no pedido de habeas corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF). No dia 1º de outubro deste ano, o ministro Joaquim Barbosa, do STF, negou liminarmente o pedido. O mérito ainda não foi julgado.
Conforme informações obtidas pelo portal G1, no começo do segundo dia do júri do caso Eliza, nesta terça-feira, a juíza estipulou multa aos advogados do ex-policial Bola. Eles abandonaram o júri na segunda-feira, atitude que foi considerada “injustificada” pela magistrada.
O segundo dia de julgamento deve prosseguir com os depoimentos das testemunhas de acusação. Na segunda, o ex-motorista do goleiro Bruno Fernandes, Cleiton Gonçalves, foi ouvido no júri. Além de Bruno, outros dois réus, incluindo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão estão sendo julgados por cárcere privado e pela morte de Eliza, ex-amante do goleiro.
Além destes, fazem parte do corpo de testemunhas de acusação o detento Jaílson Alves de Oliveira, que diz ter ouvido uma confissão de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Por fim, deve ser lido o depoimento de Renata Garcia da Costa, assistente do sistema socioeducativo de Minas Gerais, que acompanhou os primeiros depoimentos feitos à polícia.
Somente após a conclusão dos depoimentos das testemunhas de acusação é que serão ouvidas as testemunhas de defesa. A previsão inicial era de que o julgamento duraria pelo menos duas semanas, mas é possível que seja resolvido em menos tempo, já que o júri foi desmembrado e dois réus não serão mais julgados.

Compartilhe esta matéria:

Sem comentários: