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Tiros na fronteira
Registou-se ontem uma forte troca de tiros entre as
forças armadas da Guiné-Bissau e as forças do MFDC, na zona de N'Pack, fronteira
norte com o Senegal. Estes confrontos comprovam o envolvimento efectivo das
nossas tropas ao lado das forças armadas senegalesas. Mais um problema para a
Guiné-Bissau, a contento do Senegal.
Publicada por António Aly Silva em 13:07
Assaltos
Homens armados irromperam na noite de segunda para
terça-feira na aldeia de Simbandi Balante, no departamento comunal de Goudomp.
Esses elementos supostamente pertencentes ao Movimento das Forças Democraticas
da Casamance (Mfdc) pilharam lojas e obrigaram cerca de dez jovens da localidae
a transportarem os produtos do roubo em direcção à fronteira com a Guiné
Bissau. Foi por volta das 01h de madrugada que um grupo de cerca de cinquenta
homens armados penetraram na referida aldeia, tomando como alvo do assalto as
lojas, vulgo boutiques que pilharam sem contenção. Segundo as vitimas, os
assaltantes dividiram-se em dois grupos a fim de levarem a cabo os seus
intentos, sem no entanto dispararem um so tiro evitando assinalar a sua
presença no local.
O exercito acantonado nas proximidades da aldeia,
beneficiando de reforços militares vindo de Samine apos denuncia de populares
acabaram por intervir afuguentando os assaltantes que como tem sido habito
desapareceram na noite sem deixar rastos.
Como tem sido habito, essas operações, aparentemente
levados à cabo por elementos do MFDC são normalmente associados pelas
autoridades senegalesas à Guiné-Bissau, ora por alegarem, que frequentemente os
assaltantes se refugiem no nosso territorio, ora por associarem elementos do nosso
exercito a tais acções de puro banditismo fazendo-se passar por elementos dessa
força de resistência do sul do Senegal.
Publicada por António Aly Silva em 10:35
Ninguém Está Acima do Interesse Nacional
Num país como a
Guiné-Bissau, cheio de divisões e antagonismos muitas delas artificiais,
criadas e alimentadas por pessoas com ambições desmedidas, é da
responsabilidade de um Governo sério estabelecer pontos de cooperação e
contactos com os sectores mais activos da sociedade, procurando construir uma
ampla frente de luta contra o subdesenvolvimento, em vez de os votar ao
ostracismo, tentando isolá-los ou mesmo diabolizá-los.
As consequências desta postura traduziram-se no
acentuar da existência de uma “espécie de Estado”, a funcionar em regime de self-service
em que tudo está à venda ao desbarato, desde os recursos naturais a ilhas,
passando por aeroportos e pistas de aviação, deitando-se para trás das costas
os acordos internacionais ambientais subscritos pelo nosso país e que são,
ainda, uma das maiores fontes de prestígio no estrangeiro.
As enormes quantidades de droga que atravessam
diariamente a Guiné-Bissau suscitam o interesse e envolvimento dos mais
variados sectores da sociedade, chegando mesmo a envolver insuspeitos
responsáveis, alguns deles estrangeiros, para além das forças que supostamente
deveriam desmantelar as redes e os que a nível judicial deviam punir
exemplarmente os narcotraficantes.
O envolvimento de governantes, militares, juízes,
políticos, empresários e simples cidadãos, é facilmente identificável através
do surgimento de súbitos sinais exteriores de riqueza, injustificáveis à luz
dos empregos e receitas de que auferem legalmente.
Igualmente se recorre à prática de sujar o nome de
todos, mesmo os que mais denunciam e combatem o tráfico de droga criando a
imagem na opinião pública de que afinal todos são corruptos e todos estão
envolvidos no sistema, subentendendo-se que não vale a pena ter uma postura de
seriedade, antes sendo mais inteligente juntar-se à droga e dela aproveitar.
A passividade das organizações internacionais
especializadas ajuda a reforçar este sentimento de impotência, mais parecendo
que aguardam que o controlo do aparelho de Estado pelos carteis da droga seja
total, para logo sair a clamar que se está perante mais um Narco-Estado e que
nada há a fazer. Afinal por onde andaram durante este tempo todo?
No meio deste quadro preocupante da evolução de um
“país forjado na luta”, é reconfortante assistir-se o papel que a Liga
Guineense dos Direitos Humanos tem asumido na liderança intransigente do
combate à impunidade, à corrupção e à violação dos direitos humanos,
readquirindo o prestígio e a força de outrora. Assim os parceiros externos
tenham a capacidade de o compreender e a consciência da importância de se solidarizarem
com ela, contribuindo para aumentar o espaço de intervenção da sociedade civil.
Adão Nhaga
Publicada por António Aly Silva em 10:32
Costa do Marfim: Governo caiu
Alassane Ouattara anunciou a dissolução da sua equipa
governamental, no decurso de um Conselho de Ministros, surpreendendo tudo e
todos, porquanto nenhum rumor deixava transparecer profundas discordias no seio
dos Houphouétistes.
Contradições no seio da Coligação dos Houéphouétistes
para a democracia e a paz (RHDP) estão no seio dessa dissolução governamental.
Essa Coligação é composta, entre outros partidos pelo RDR de Alassane Ouattara,
o PDCI de Henri Konan Bédié e dois outros partidos menos importantes. O
presidente Ouattara ao que parece não dissolveu o governo como sanção ao trabalho
desenvolvido pelos membros do seu governo. Parece sim, que ele dissolveu o
governo pelo facto de entender de que a solidariedade no seio fa aliança não
correspondia as suas expectativas. Efectivamente, ontem, no decurso do voto de
uma lei sobre a reforma do casamento, os deputados da RHDP que não pertencentes
ao RDR do presidente Ouattara, votaram contra o texto em questão.
A recusa de adoptar esse projecto de lei, apoiada
pelos lideres dos partidos politicos do RHDP foi o a gota de agua que fez
transbordar a coligação, segundo um comunicado tornado publico pela presiência
ivoiriense. Esse facto fez com a Presidência ivoiriense estima-se que era
necessario rever os termos dessa aliança. O Presidente Alassane Ouattara esta
actualmenet em contacto com os membros das formações politicas do RHDP para a
composição de um novo elenco governamental, sendo possivel que os mesmos
ministros mantenham os seus postos, pois trata-se antes de mais de um problema
interno da aliança no seio da aliança, facto que podera ser resolvido através
de um compromisso politico.
Porém, segundo meios bem informados, a decisão de
dissolver o governo, ao que tudo indica, parece monstrar que o ambiente não é
perfeito no seio do RHDP e ele podera deteriorar-se ainda mais aquando da
escolha dos candidatos para as eleições municipais que tera lugar no inicio do
proximo ano. Um facto particularmente notado, é que essa dissolução deu-se na
altura em que o todo poderoso Presidente da Assembleia Nacional, Guillaume Soro
esta de viagem em visita oficial na Austria, ele que costuma ser ouvido em
todas as questões com preponderância politico militar na Costa do Marfim. BBC
Afrique
Publicada por António Aly Silva em 10:30
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