Em: http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2004/05/index.html
Por Cherba (cherba@virconn.net)
grUpOS!, nós funcionamos em grupos. É o pRETo e o bRAnco, o homem a mulher, o árabe o judeu, o amarelo, o azul, o gordo o magro, o feio o bonito!
Sou aFricano e dizem que sou bRAnco. Já conheci 4 países, cada um com o seu racismo distinto. Na minha terra o mulato não é nEgro, aqui até o bRAnco é nEgro!!!
Nisto tudo quero perguntar, onde está o respEITo pelas mulheres no hiP hOp na causa negra, que tanto defende a sua cor e a sua aceitação nas sociedades? Aquele HiP hOp tão defendido e difundido que tem letras machistas!
Os adeptos do HiP hOp enfeitam-se com adereços que representam riqueza e ostentação, ouro, prata, diamantes! No ouro foram usados como escravos para extraí-lo das minas. Angola só viu o fim da guerra ontem. Os diamantes extraídos de lá, causadores dessa guerra, estão nas mãos, dedos, pescoços e pulsos de nEgros, fans, adeptos, cantores e produtores de HiP hOp que gritam cheios de força serem aFfricanos! Esses diamantes são chamados de SANGRENTOS. Os nEgros da minha terra (Moçambique) que não gostaram da forma como uma parte deles, a Frente de Libertação, liderou o país depois da independência, pediram ou aceitaram ajuda do Apartheid feito pelos bRAncos sul aFricanos, e assim criaram uma Resistëncia Nacional e guerrearam durante 16 anos matando sem dó nem piedade os seus “irmãos” tão nEgros qto eles.
O nEgro reclama de não ter espaço no meio do bRAnco.
Uma palestra sobre identidade cUltural ia ser dada na PUC (Universidade Católica brasileira, elitizada, logo frequentada na esmagadora maioria por bRAncos). A comunidade negra e do hiP hOp está toda convidada, mas duas senhoras negras dizem que à PUC não vão (subentendeu-se que não queriam por não ser o meio delas). Uma das palestrantes, branca, fez um estudo sobre algo sobre o assunto “Causa Negra” que não tive a oportunidade de ouvir por ter chegado tarde. A mesma senhora disse à palestrante que o estudo dela não lhes (à comunidade estudada) serviu para nada.
O bRAnco quer entender o nEgro,...não é aceite, abre as portas à discussão,...não é aceite!
Antes do português chegar a áFriCa as tribos já guerreavam e dominavam-se. O bRAnco nunca entrou no mato para caçar ninguém. Negros de tribos mais fracas eram-lhes entregues como moeda de troca de mercadorias como pólvora, açúcar, sal por tribos mais fortes.
Escravatura existe há tanto tempo quanto se conhece existir o ser hUMano. As pirâmides foram construídas pela escravatura e não foram nEgros que carregaram as pedras que até hoje não se sabe ao certo como foram carregadas. Empregados da Nike, GAP e outras marcas entre elas algumas ostentadas pelo “rapper” são fruto de trabalho de Povos do chamado Oriente que, não tendo alternativa, escravizam-se por 50 cêntimos de dólar/dia para que a empresa não tenha que pagar os 5 exigidos nos EUA.
Meu Povo perdeu e tem perdido cada vez mais a sua cUltura, a sua identidade, conSumindo o hiP hOp, aquele que ostenta, aquele que discrimina, aquele que fomenta o preconCEito entre os aparentemente diferentes, seja no sexo, na preferência sexual, na cor, no dinheiro, seja em que difereNÇa for. É isso que as massas consomem, o que está na moda!, o que é conSumido por influêNCia, por aparência e não por ideologia ou por simples necessidade...
o nEgro defende-se do bRAnco, rejeita a sua cUltura, mas dá-lhe jeito acreditar em Deus. Aquele que lhe foi imPOsto anos atrás. Aquele criado pelo bRAnco. Aquele que segundo alguns escreveu ou mandou escrever na bÍblia que o nEgro é uma peça de barro sem alma. Mas ele acredita, dá-lhe jeito.
O aFricano tem África, o judeu não tem lugar nenhum, é um sem terra.
O Povo português provém da mISTura entre os bRAncos vindo do norte, do frio. Dos árabes e dos mouros que, por sua vez, provêm duma mISTura vinda do norte de África. Dizem por aí que o Homem começou em África, emigrou para a Europa e lá desenvolveu o sedentarismo através da agricUltura e fauna porque tinha que trabalhar no calor para aguentar no frio e ter o que comer, já que a terra não dá nada no frio.
Sou descendente de portugueses...que raça é que eu tenho afinal, de que raça sou afinal?, ...mas nisto tudo só queria saber onde está o respEITo pela mulher nas letras que o hiP hOp mostra ao mundo e que o mundo cada vez mais defende?
Bem hajam e bem AJAM
In Artigo 74 (Maputo) - 07.05.2004
grUpOS!, nós funcionamos em grupos. É o pRETo e o bRAnco, o homem a mulher, o árabe o judeu, o amarelo, o azul, o gordo o magro, o feio o bonito!
Sou aFricano e dizem que sou bRAnco. Já conheci 4 países, cada um com o seu racismo distinto. Na minha terra o mulato não é nEgro, aqui até o bRAnco é nEgro!!!
Nisto tudo quero perguntar, onde está o respEITo pelas mulheres no hiP hOp na causa negra, que tanto defende a sua cor e a sua aceitação nas sociedades? Aquele HiP hOp tão defendido e difundido que tem letras machistas!
Os adeptos do HiP hOp enfeitam-se com adereços que representam riqueza e ostentação, ouro, prata, diamantes! No ouro foram usados como escravos para extraí-lo das minas. Angola só viu o fim da guerra ontem. Os diamantes extraídos de lá, causadores dessa guerra, estão nas mãos, dedos, pescoços e pulsos de nEgros, fans, adeptos, cantores e produtores de HiP hOp que gritam cheios de força serem aFfricanos! Esses diamantes são chamados de SANGRENTOS. Os nEgros da minha terra (Moçambique) que não gostaram da forma como uma parte deles, a Frente de Libertação, liderou o país depois da independência, pediram ou aceitaram ajuda do Apartheid feito pelos bRAncos sul aFricanos, e assim criaram uma Resistëncia Nacional e guerrearam durante 16 anos matando sem dó nem piedade os seus “irmãos” tão nEgros qto eles.
O nEgro reclama de não ter espaço no meio do bRAnco.
Uma palestra sobre identidade cUltural ia ser dada na PUC (Universidade Católica brasileira, elitizada, logo frequentada na esmagadora maioria por bRAncos). A comunidade negra e do hiP hOp está toda convidada, mas duas senhoras negras dizem que à PUC não vão (subentendeu-se que não queriam por não ser o meio delas). Uma das palestrantes, branca, fez um estudo sobre algo sobre o assunto “Causa Negra” que não tive a oportunidade de ouvir por ter chegado tarde. A mesma senhora disse à palestrante que o estudo dela não lhes (à comunidade estudada) serviu para nada.
O bRAnco quer entender o nEgro,...não é aceite, abre as portas à discussão,...não é aceite!
Antes do português chegar a áFriCa as tribos já guerreavam e dominavam-se. O bRAnco nunca entrou no mato para caçar ninguém. Negros de tribos mais fracas eram-lhes entregues como moeda de troca de mercadorias como pólvora, açúcar, sal por tribos mais fortes.
Escravatura existe há tanto tempo quanto se conhece existir o ser hUMano. As pirâmides foram construídas pela escravatura e não foram nEgros que carregaram as pedras que até hoje não se sabe ao certo como foram carregadas. Empregados da Nike, GAP e outras marcas entre elas algumas ostentadas pelo “rapper” são fruto de trabalho de Povos do chamado Oriente que, não tendo alternativa, escravizam-se por 50 cêntimos de dólar/dia para que a empresa não tenha que pagar os 5 exigidos nos EUA.
Meu Povo perdeu e tem perdido cada vez mais a sua cUltura, a sua identidade, conSumindo o hiP hOp, aquele que ostenta, aquele que discrimina, aquele que fomenta o preconCEito entre os aparentemente diferentes, seja no sexo, na preferência sexual, na cor, no dinheiro, seja em que difereNÇa for. É isso que as massas consomem, o que está na moda!, o que é conSumido por influêNCia, por aparência e não por ideologia ou por simples necessidade...
o nEgro defende-se do bRAnco, rejeita a sua cUltura, mas dá-lhe jeito acreditar em Deus. Aquele que lhe foi imPOsto anos atrás. Aquele criado pelo bRAnco. Aquele que segundo alguns escreveu ou mandou escrever na bÍblia que o nEgro é uma peça de barro sem alma. Mas ele acredita, dá-lhe jeito.
O aFricano tem África, o judeu não tem lugar nenhum, é um sem terra.
O Povo português provém da mISTura entre os bRAncos vindo do norte, do frio. Dos árabes e dos mouros que, por sua vez, provêm duma mISTura vinda do norte de África. Dizem por aí que o Homem começou em África, emigrou para a Europa e lá desenvolveu o sedentarismo através da agricUltura e fauna porque tinha que trabalhar no calor para aguentar no frio e ter o que comer, já que a terra não dá nada no frio.
Sou descendente de portugueses...que raça é que eu tenho afinal, de que raça sou afinal?, ...mas nisto tudo só queria saber onde está o respEITo pela mulher nas letras que o hiP hOp mostra ao mundo e que o mundo cada vez mais defende?
Bem hajam e bem AJAM
In Artigo 74 (Maputo) - 07.05.2004
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