sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Gás de xisto é pomo de discórdia: Voz da Rússia

9.11.2012, 12:46
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© Flickr.com/Conanil/cc-by

Na recente cúpula do fórum Europa-Ásia, o primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev falou do surgimento de novas ameaças à estabilidade dos mercados energéticos. Os especialistas consideram que uma de tais ameaças é o fim da era de hidrocarbonetos “baratos”.

Os pessimistas argumentam que o aumento contínuo dos preços da energia é inevitável e, provavelmente mais cedo do que tarde, o mundo enfrentará um apocalipse de energia com todas as respectivas consequências dramáticas. Na verdade, o fim da era dos hidrocarbonetos “baratos” significa o início da era da guerras de combustível. Argumentos sobre a necessidade de procurar uma alternativa ao petróleo e ao gás convencionais (e, portanto, aos fornecedores tradicionais) se estão tornando cada vez mais altos. Tal alternativa seria o gás natural, que está armazenado em espessas camadas de xisto de rocha sedimentar. Seus depósitos são encontrados em todos os continentes. Consequentemente, quase todo o país energeticamente dependente poderia garantir-se os recursos necessários.
O primeiro país a usar seu potencial de produção de gás de xisto foram os Estados Unidos. Dois anos atrás, foi anunciado que a produção de gás de xisto lá chegou a 50 bilhões de metros cúbicos. Não é muito. Mas os norte-americanos acharam promissora essa direção. Os investimentos totais na indústria ultrapassaram os 20 bilhões de dólares. No entanto, em seguida, as autoridades americanas tiveram que admitir que as companhias de gás aumentavam em papel os volumes de produção, enganavam o público sobre as reservas provadas e diminuíam o custo de produção. Tudo isso estava sendo feito para aumentar a cotação nas bolsas.
Hoje, a produção de gás de xisto é considerada não rentável por muitos especialistas. Daí o lobby de novos gasodutos (supostamente em nome do desenvolvimento da concorrência), diz o especialista russo Serguei Pravosudov:
"As guerras por combustível nunca pararam. A luta por recursos não vai a lugar nenhum. Agora os americanos proclamaram a estratégia para o auto-fornecimento de energia: produzir óleo de xisto, desenvolver areias betuminosas no Canadá, extrair gás de xisto. Isto é muito caro. É preciso fazer com que os preços de energia sejam muito elevados. Consequentemente, é preciso de alguma forma manter a instabilidade no Oriente Médio. Assim, vai ser muito rentável produzir óleo e gás na América do Norte."
Por enquanto, o gás de xisto não conseguiu derrubar o mercado de energia. A nova tecnologia é muito imperfeita para apostar nela na luta por seu futuro energético. Apesar de tudo, a direção mais promissora é o desenvolvimento de campos offshore. Assim, os principais eventos terão lugar dentro do Círculo Polar Ártico. É aí que os interesses geopolíticos das potências mundiais formam um nó apertado. Será isso uma guerra de combustível “quente”, ou as partes se limitarão a uma “fria” – tudo depende da medida de sanidade.
Nós somos demasiado dependentes de conforto pessoal, e a nossa civilização requer da mãe-terra cada vez mais recursos. Outra coisa é que o progresso científico de alguma forma compensa este imperativo com novas tecnologias, menos traumáticas para o meio ambiente. Embora elas não vão salvar a situação. O meio mais eficaz é a formação de uma estratégia comum de consumo necessário e suficiente, que, juntamente com uma cooperação internacional razoável, seja capaz de conter a tendência de escalada da tensão no setor de energia.

2 comentários:

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