segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Ciberguerra: Terra – o campo de batalha: Voz da Rússia

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EPA

A OTAN inicia os exercícios militares anuais Cyber Coalition: de 13 a 16 de novembro, os membros do bloco vão aprimorar a colaboração nas condições da guerra cibernética.

Planos de ataques virtuais, capazes de infligir um dano real, muitos estados estão desenvolvendo. O maior perigo é que o impacto global de ataques cibernéticos pode ser imprevisível e quase impossível de controlar ou restringir com acordos internacionais.
De acordo com o cenário dos jogos de guerra, sob o ataque de hackers de um país africano convencional estão dois membros da OTAN: Hungria e Estônia. Numa das cidades húngaras cai uma aeronave de transporte militar que fica desativado por causa dum vírus de computador. Ao mesmo tempo, os "inimigos" realizam o outro ataque cibernético num dos objetos importantes da infra-estrutura da Estônia. A OTAN define o inimigo e lança um ataque combinado de volta no espaço real e virtual.
Especialistas acreditam que por país agressor "africano" os da OTAN pressupõe a Rússia. Mas o mistério continua: como a OTAN, em geral, pode responder a ataques cibernéticos, fala o diretor do Centro de Pesquisas Políticas e Públicas, Vladimir Evseiev:
"Se a OTAN quiser responder a um ciberataque, é preciso ter tempo, isso é impossível organizar rapidamente. Se os países da OTAN infligissem um ataque militar contra o Estado-fonte da ameaça, também seria ridículo. Porque o ataque cibernético pode ser organizado de qualquer lugar, inclusive dos Estados Unidos, dos servidores. Eu acho que o objetivo de tais exercícios é bem provocativo e está na linha de deterioração das relações entre a Rússia e a OTAN."
Os países líderes da Aliança levam a sério as questões de segurança cibernética. Desde o fim do ano passado, o exército alemão está em estado de alerta para a guerra cibernética, informaram os meios de comunicação alemãs. No Reino Unido, na Universidade de DeMonfort na cidade de Leicester, foi lançado um projeto de treinamento dos programadores para contra-espionagem e inteligência estrangeira. Em geral, de acordo com especialistas, as oportunidades para realizar ciberguerras hoje têm 20-30 países. O exemplo mais famoso de ataque cibernético eficaz a nível internacional considera-se o vírus Stuxnet, utilizado pelos americanos que atingiu no Irã o sistema de gerenciamento de centrífugas que produzem urânio enriquecido. Famoso é também o vírus Flame que tem repetidamente atacado redes de computadores, de novo no Irã.
O fundador da maior empresa de antivírus da Europa, Evgueni Kaspersky acredita que apenas um acordo internacional pode proibir aos militares de desenvolver programas semelhantes. No entanto, durante as negociação de acordos internacionais sobre ciberarmas, os países terão de distinguir entre o controle estatal das pesquisas potencialmente perigosas e a liberdade de acesso dos seus cidadãos à informação. E, por enquanto, o mundo inteiro está se tornando um refém do ciberespaço.

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