quarta-feira, 14 de novembro de 2012

China ultrapassa atraso na corrida ao espaço: Voz da Rússia

Andrei Karneev
14.11.2012, 10:03, UTC
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China espaço
EPA

A Rússia e os Estados Unidos são líderes mundiais no ramo espacial, deparando contudo com a crescente concorrência por parte de outros países, em primeiro lugar, da China, afirma-se no informe da companhia de pesquisas americana Futron.

A Futron elaborou, pelo quinto ano consecutivo, um índice de competitividade na esfera da conquista do espaço. Seus peritos tiram conclusões a partir da análise dos programas governamentais, capacidade industrial e recursos humanos dos diferentes países. No último informe diz-se que a liderança incontestável da Rússia e dos Estados Unidos na área do espaço se confirma pelo fato de, nos últimos dez anos, a Rússia ter efetuado 255 dos 640 lançamentos bem-sucedidos no mundo, os Estados Unidos, 191 e a China, 87.
Mas, se analisarmos os últimos 12 meses, torna-se evidente que a China tenta ultrapassar o atraso em relação aos dois líderes. No primeiro semestre de 2012, a China passou a ser, pela primeira vez, o líder mundial pelo número de lançamentos espaciais. A China realizou dez lançamentos espaciais, a Rússia, nove e os Estados Unidos, oito. O país aumenta o financiamento estatal da preparação de especialistas para o ramo espacial. No decorrer de vários anos, na China crescem estavelmente as verbas ligadas à realização de programas espaciais de investigação científica.
A China não alcançou por enquanto resultados cardinais na conquista do espaço, tentando principalmente eliminar o atraso em relação ao nível mundial na área espacial, considera o vice-diretor do Instituto dos EUA e do Canadá, Viktor Supian:
“A China está efetuando cada vez mais lançamentos. Lembre-se, contudo, que se trata de lançamentos de imitação, ou seja, os chineses repetem aquilo que foi feito em tempos pelos Estados Unidos e pela União Soviética. São evidentes os esforços da China de recuperar o tempo perdido e não apenas na área espacial, mas também em outros setores. Contudo, serão precisos ainda muitos anos bpara que o país alcance o atual nível russo de tecnologias espaciais”.
Na opinião da maioria dos peritos, o potencial técnico-científico da China está sendo acumulado a ritmos impetuosos e, dentro de 10-15 anos, o país pode dar um verdadeiro arranque na utilização de naves pilotadas. Um acontecimento importante do ano em curso foi o acoplamento de uma nave pilotada chinesa com o módulo Tiangong-1, protótipo da futura estação orbital chinesa. Como está previsto, aproximadamente em 2020, com base no Tiangong-3, será criada a terceira estação orbital no mundo (depois da estação soviética Mir e da Estação Espacial Internacional) permanentemente pilotada e com um prazo de serviço de 10 anos. Levando em consideração a preparação bem-sucedida de sua construção e os planos de investigação do espaço distante, o programa espacial chinês, pela envergadura, pode equiparar-se na próxima década aos programas realizados pela União Soviética nos anos 80 do século passado.

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