9.11.2012, 19:03
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Obter informações sobre o XVIII congresso do Partido Comunista da China resulta em uma tarefa nada fácil. Tanto os habitantes da China, como os jornalistas encarregados de dar cobertura dos trabalhos do congresso devem dar para isso provas de engenhosidade à beira do milagre.
O XVIII congresso do Partido Comunista da China continua os seus trabalhos em Pequim. Hoje os deputados, divididos em 38 grupos, discutem o informe apresentado quinta-feira por Hu Jintao, secretário geral do Comitê Central do Partido Comunista da China e presidente da República Popular da China. Todavia, a cobertura do trabalho do congresso não é fácil, especialmente para os jornalistas estrangeiros, - depõe Artem Kobzoiev.
"Os jornalistas estrangeiros foram admitidos juntamente com outras pessoas em Casa de Representantes do Povo, onde durante os próximos dias irão reunir-se os lideres do partido, e tiveram, inclusive, a permissão de ouvir o informe de Hu Jintao. Mas a participação direta de representantes da mídia estrangeira nos trabalho do congresso acabou-se neste ponto. Soubemos que teremos a permissão de entrar na sala de reuniões somente no dia de encerramento dos trabalhos do congresso. Por enquanto, supõe-se que os jornalistas podem trabalhar apenas no centro de imprensa, onde existe internet gratuita, e são servidos chá, café e pãezinhos doces. Quanto à informação, esta é "servida" de forma filtrada. Além disso, a fim de obter o ingresso no centro de imprensa, é preciso resolver um problema peculiar. Os crachás são entregues somente dentro do centro de imprensa, mas para entrar nesse centro é preciso ter o crachá. Existe uma única solução deste problema: pedir de antemão a um funcionário do centro de imprensa que leve o crachá e o entregue ao respectivo jornalista na rua".
Os habitantes de Pequim têm que enfrentar certos incômodos por causa do congresso que se realiza na cidade. Foram tomadas medidas de segurança mais severas, foram impostas restrições não somente reais mas também virtuais. As autoridades restringiram substancialmente o acesso à informação. Por isso, os chineses devem dar provas de engenhosidade miraculosa para obter as últimas notícias. O polígono básico disso é a internet que tem na República Popular da China 500 milhões de usuários. As redes sociais Twitter e Facebook estão bloqueadas e qualquer comentário, relativo ao congresso do partido, é rigorosamente rastreado e se nele é encontrada alguma "heresia" essa é eliminada sem dó nem piedade.
Mas os usuários chineses da internet aprenderam a contornar estas restrições da censura. Por exemplo, a combinação de palavras chaba da, isto é, XVIII congresso, é substituída pela combinação semelhante chi bada, o que significa Esparta. Resulta, portanto, que nos blogs se discute a vida desta cidade grega e dos seus habitantes. Contudo, os próprios participantes da discussão compreendem perfeitamente de que se trata na realidade.
O congresso será concluído no dia 14 de novembro.
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