sábado, 10 de novembro de 2012

Caso William Tonet: Eu não faria tanta bestialidade - Nsolele Kimpuanza

Em: http://club-k.net/index.php?option=com_content&view=article&id=13548:caso-william-tonet-eu-nao-faria-tanta-bestialidade-nsolele-kimpuanza&catid=17:opiniao&Itemid=124

Luanda - Hoje não vou escrever sobre as bestialidades vertidas no rotulado caso licenciatura de William Tonet. Primeiro, porque o procurador geral adjunto da República e procurador adjunto das FAA, Adão Adriano, pessoa de quem nutria uma certa simpatia, mostrou todo o seu lado ciníco, maldoso e camaleónico, quando nunca lhe fiz mal, ao verter acusações infundadas e a agitar os clientes a mentir, com a garantia desta se tornar verdade, chegados ao seu gabinete, desde que carimbem o nome de William Tonet.

Fonte: Folha8
Agora se justifica, porque não consegue apresentar provas e fortes indícios da prática de cometimento dos crimes de que foram acusados os 21 polícias que estão a ser julgados no Tribunal Militar, desde Fevereiro de 2012.


A maioria dos declarantes, mais de 75, disseram ter sido coagidos por este e outros procuradores a acusar sem provas os réus e muitos destes também o disseram terem sido ameaçados por Adão Adriano a incriminarem Quim Ribeiro, se não quisessem ficar presos.

Na negação, respondem no banco dos réus.

Vergonhoso, para quem ocupa um tão nobre cargo, merecedor de respeito e que deveria assumir compromisso com a academia jurídica. Pensei que quem põe em cheque a formação dos outros, fosse uma pessoa com mais competência.

Ledo engano.

O senhor foi, no caso vertente, uma decepção, oxala venha a melhorar no futuro. Mas, já agora, gostaria na humildade de homem perseguido e difamado pelo regime, de o desafiar, tal como ao bastonário da Ordem dos Advogados de Angola, Hermenegildo Cachimbombo, para um debate público, sobre Direito, em qualquer órgão de comunicação social ou diante de plateia.

Para vós, creio não será difícil, pois a mesma acutilância de difamar, não vos faltará na exposição dos argumentos de ciência jurídica, acredito.

No final, todos, após esgrimirmos razões de ciência e não de bajulação partidocrata e “bufaria”, sujeitemo-nos a apreciação do público.

Tudo porque os senhores, cada um no seu pedestal, demonstraram, como as instituições que se querem sérias podem ser banalizadas e, mais grave, como milhares de cidadãos podem morrer e vegetar nas cadeias acusados injustamente, pelo ódio e raiva de certos detentores ou no comando de órgãos do poder.

A PGR é uma casa nobre, o seu titular, Dr. João Maria de Sousa é uma pessoa comedida, não seria mau seguir-lhe as peúgadas, caro “man Dadão”. Não quero dizer que ele (João Maria) não tenha erros, que não tem errado no seu consulado. Quem não os tem e não erra, enquanto humano? Mas errar com intenção de falsear a verdade, como o fez na companhia do dr. Cachimbombo é vergonhoso e criminoso. Abjecto.

Senti pena do Direito, face ao tão baixo nível do guião da vossa peça. Não me revejo na vossa visão do que é ser licenciado em direito. Para ser assim, prefiro voltar ao campo cultivar batatas.

Quanto ao senhor Cachimbombo, deveria seguir os exemplos de outros bastonários, como Né Gonçalves ou Raul Araújo, já que também apunhalou Inglês Pinto.

É preciso implantar a política de reconciliação e credibilização da classe, pois agindo em sentido contrário, ninguém lhe respeitará e corre o risco de destruir a Ordem, já que muitos advogados não têm a coragem de fazer, o que é normal em qualquer país sério; exigir uma assembleia, para se saber das motivações de abrir os arquivos da OAA e de deletar colegas nos órgãos castrenses.

O direito é uma ferramenta muito séria para ser um brinquedo. Seria bom que soubessem os meus detratores, que nunca tive nada de favor, nem títulos, como muitos a quem administrativamente foram dados graus académicos de engenheiros ou de doutores, uns chegaram mesmo a ministros, com estes títulos, mas é consabido terem sido formados na escola do partido MPLA, no Catambor, por alguns professores com o ensino médio, mas no final receberam diplomas de licenciatura. A lista é enorme e ainda estamos todos cá. Eu não. Estudei, aqui na faculdade de Direito e acabei numa outra universidade do exterior. Aprendi o rigor, por isso não tenho medo que me tirem os papéis, se acham ser um monopólio vosso, pois o que está na minha consciência ninguém me tira e dos meus conhecimentos académicos tenho total confiança, porque não aprendi, nem passei nunca a cabular…

Mais, a OAA da era Cachimbombo já ouviu as magistraturas judicial ou do ministério público virem a terreiro deletar os juízes ou os procuradores que têm em efectivas funções e que não são licenciados em Direito?

Tendes razão, um país que não assume, na sua Constituição, Deus como o guia supremo dos seus actos é um país com líderes, espiritualmente mais pobres.

O Jornal de Angola de José Ribeiro é uma tristeza e correndo o risco de mais um processo, teremos uma vez mais o Estado a ver as finanças das Edições Novembro, sucumbirem a má gestão, pois o seu director terá de provar o que afirma ser falso advogado.

Falso é quem sendo cidadão com dupla nacionalidade, com a família a viver no exterior, a empresa a dispender mais por isso, tenha vergonha de assumir essa condição e volta e meia não se coibe de ofender quem o acolhe e aos seus.

Poderíamos publicar mais coisas sobre si, mas em nome do Senhor, não utilizaremos a Lei de Talião. Assim o faremos também em relação a Rádio Nacional e a TPA eternas caixas de ressonância, cujos gestores apenas têm capacidade de dirigir um órgão de informação com este regime, o que é lamentavél.

Por isso gostaria de vos lembrar uma passagem da Bíblia actos 25:27 “DE FACTO PARECE-ME ABSURDO MANDAR UM PRISIONEIRO SEM MENCIONAR AS ACUSAÇÕES QUE PESAM SOBRE ELE”.

E termino com várias mensagens que recebi e me comoveram. "DINHEIRO FAZ HOMENS RICOS, O CONHECIMENTO, HOMENS SÁBIOS E A HUMILDADE FAZ GRANDES HOMENS!!!"

Existem pessoas que não tem absolutamente nada, mas porque ocupam um determinado cargo em alguma grande, média ou pequena empresa, acham-se no direito de sentirem-se superiores aos demais, na verdade são pequenos e só conseguem sentir-se grandes, humilhando, pisando, tripudiando o seu semelhante. "Não é riqueza ou o dinheiro que nos trazem felicidade, e sim a interpretação da vida"
Nsolele Kimpuanza

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