Antes de
“escorregar” algumas linhas nesta reflexão, gostaria de avançar que “Intelectual”,
no contexto deste artigo significa “todo aquele que está em posição cimeira
(direcção) de instituições públicas e privadas”, e que, por essa via, tem
direito a manter a boca no microfone mais tempo e fazer-nos ouvir tudo o que as
suas mentes brilhantes geram.
Países
historicamente agrícolas e pobres lograram sair da sua condição miserável, no
curso de algumas gerações, porque houve dentre eles, aqueles que providos de
alguma educação deram vazão à sua “mentalidade criadora” e puseram em
marcha o “veículo transformacional” de suas sociedades, guiando seus
concidadãos menos habilitados e menos previlegiados, num esforço comum de “desenvolvimento
de suas nações”.
Países há,
que tem ou tiveram a graça de ter “políticos visionários” que, mesmo sem
muita educação, puseram em prática ideias que ajudaram a acelerar rapidamente o
progresso de seus povos! Infelizmente, doa a quem doer, nós não somos um desses
países. Não sei se por falta de “vontade política”, “miopia” ou mesmo
“incapacidade”. Ao leitor é assegurado o direito de decidir por sí próprio.
Como se diz,
Governos podem ser a forma mais rápida e efectiva de impulsionar mudanças. Mas
a “mudança” duradoira, estável, consistente e progressiva, essa só vem e
se consolida dentro da própria “sociedade”.
Mas, o que é
que Moçambique, como país, se pode orgulhar de ter recebido até agora de seus
“Intelectuais” e de todos os seus filhos que obrigam os demais a tratarem-nos
por “Só Doutor”?????????
Uma
comunidade “académica, intelectual e doutorada”, com mentalidade criadora, não
precisa de se curvar a ninguém ou a nada. Porque ela “cria” o que
pretende, garante o seu “sustento”, é “orgulhosamente independente”.
Serão esses atributos aplicáveis aos “Intelectuais Moçambicanos”??? A
legião de medrosos, lambebotas, frete de baixo de custo e parasitas, dilui
completamente qualquer argumento favorável.
Temos uma
comunidade de pseudo-Intelectuais totalmente curvada, mendiga e com as pernas
abertas ao “regime”, porque basicamente, ela nada cria. Ela se curva e se prostitui ao
desbarato para garantir sua “sobrevivência” e “sustento”.
“Intelectuais
de Verdade criam” e não estão
a espera de migalhas para progredir social ou economicamente. A sua
verticalidade lhes proíbe de estar a espera de “concessões”. Eles são os
veículos geradores de progresso, são a locomotiva transformacional de suas
sociedades, por ideias e esforço próprios.
E enganam-se
aqueles que pensam que estes “Intelectuais de Meia Tigela” são apoiantes
ou amantes do “regime”. O próprio “regime” não se pode iludir disso. Parasitas
quando se acoplam à perna de uma vaca, não estão preocupados se essa vaca é
vermelha ou azul. A preocupação única é “sobrevivência” e “sustento”. Essa é a
lógica governadora de seus instintos.
Se o
“regime” mudar amanhã, não nos admiraremos se virmos as mesmas lesmas fazendo
de “cheerleaders” do que, com as suas “brilhantes ideias (que nada
constroem)”, nos quiserem convencer do que hoje, de forma voluntariosa
advogam ser abominável.
E, um
protótipo desta “espécie de Intelectuais” é Adelino Buque. E, a contribuição
que a sua “mentalidade lambebotista” tem para oferecer a esta sociedade
tão carente de “modelos”, são artigos de opinião, como o recentemente
publicado na folha online do jornal "O País – A verdade como Notícia”,
onde este sr. decide atacar Deviz Simango pela, digamos, sua corajosa acção de
não acatar decisões ilegais e injustas de um Tribunal curvado, forçando o
Município da Beira a entregar 17 imóveis ao partido que ele, para sua
sobrevivência (e porque nada cria), defende.
A carrada de
comentários a confrontar este “frete de baixo custo” lá no website, é por sí
elucidativa do carácter de resiliência da juventude deste país, da sua
habilidade de interpretar factos por sí própria e sem precisar de guias, da sua
capacidade de não confundir interesses nacionais com interesses grupais, da sua
intenção de dar asas à sua mentalidade criadora e, por sí própria, tomar as
rédeas deste país e avançar a sociedade Moçambicana para o progresso e
desenvolvimento.
Aquele simples
cenário é exemplo de muita esperança pelo futuro desta Nação.
Post Scriptum
“A verdade é
única e nunca muda. O que muda é a nossa percepção sobre ela”.
Nota-31/07/2010:
O caricato é
que, devido à veemente reacçãoque o artigo despoletou, "O País-A Mentira
como Notícia" retirou com uma rapidez imprecedente, a peça do Buque da sua
página online, hehe.
Espero que,
doravante, aprenda a ser coerente e honesto nas suas intervenções opinativas!
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