segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A minha história pessoal - Artur Queiroz

 Em http://www.club-k.net/index.php?option=com_content&view=article&id=13631:a-minha-historia-pessoal-artur-queiroz&catid=17:opiniao&Itemid=124

Luanda - Os meus amigos bem me diziam que na Internet um tal Daniel Oliveira escreveu um texto onde ofendeu a minha honra e bom-nome. Não acreditei porque ninguém pode contar a minha história pessoal sem sequer me conhecer, como é o caso dele. Mas devia ter ouvido a voz da amizade. Porque ontem fui acordado, às duas da manhã, com o meu amigo Nazaré Van-Dúnem, indignado, dizendo-me que Clara Ferreira Alves e Daniel Oliveira, na SIC Notícias, tinham ofendido gravemente a minha honra pessoal e profissional.

Fonte: Jornal de Angola
Conheço muito mal a Clara Ferreira Alves. Foi-me apresentada pelo Celestino Amaral, há muitos anos. Nunca mais a vi. Ser injuriado e desonrado por duas pessoas que não conheço, é coisa que nunca imaginei.

Clara e Oliveira dizem que eu sou Álvaro Domingos, tenho muitos pseudónimos, até de nomes femininos. Já escrevi nesta página um texto onde desmenti categoricamente que seja Álvaro Domingos. Os dois agressores estão mal informados. Mas quero dizer que sou admirador do colaborador do Jornal de Angola e subscrevo quase tudo o que ele escreve. Publiquei aqui um texto onde manifestei o meu desacordo por ele ter dado importância ao Daniel Oliveira e ao Brigadeiro Mata Frakuz. Eu não perdia tempo com miniaturas.

Disseram os dois agressores que sou o autor do editorial do Jornal de Angola que os indignou e fez perder a cabeça, até ao ponto de me desonrarem em directo. Os textos publicados no Jornal de Angola não assinados são da única e exclusiva responsabilidade do seu director, o jornalista José Ribeiro, cuja prosa eu aprecio muito. Na semana passada publiquei um texto onde escrevo que a senhora Merkel só é diferente de Hitler porque rapa o bigode. Sei que não tem piada, mas mostra que não podia escrever um texto onde essa figura inquietante é elogiada. Para que não haja dúvidas, afirmo sem subterfúgios nem eufemismos que tirando as referências a Ângela Merkel estou de acordo com tudo o que está escrito no editorial que criou tanta urticária a bloquistas e soaristas.

Clara e Oliveira não sabem, mas eu vou informá-los. Tenho direito à minha história pessoal e ninguém pode construí-la por mim e muito menos sem a minha autorização. Os dois resolveram, em directo, dar da minha pessoa uma imagem falsa e construída com mentiras. Cometeram mais esse crime e vão ter de responder por ele.

Diz Clara, referindo-se a mim, que “houve um tempo em que era jornalista”. Ainda que não pareça, esta afirmação é insultuosa. Porque sou jornalista há 46 anos e exerci sempre a minha profissão, segundo os preceitos éticos e deontológicos. Comecei a minha carreira profissional em Angola e trabalhei para órgãos de informação em vários países do mundo, entre os quais Portugal, onde fui tudo, desde repórter a director.

Em Portugal trabalhei com gandes jornalistas. Vou só referir nomes de alguns dos que já faleceram: Abel Pereira, Jacinto Baptista, Bernardino Coelho, Acácio Barradas, Eduardo Guerra Carneiro, Serafim Ferreira, Dias Gomes, Manuel António Pina. Em Angola trabalhei com Ernesto Lara Filho, Bobella Mota, Horácio da Fonseca, Francisco Simons e dirigi a página de artes e letras do diário “O Lobito” com Orlando de Albuquerque.

Nunca fui militante do PRP ou das Brigadas Revolucionárias. Os principais dirigentes dessas organizações estão vivos e vão seguramente confirmar o que digo, em Tribunal. Isso não quer dizer que além de amigo de Isabel do Carmo e de Carlos Antunes não esteja de acordo com muitas posições que eles defendiam na época. Aliás, ainda hoje defendo. Não sou de modas e tento ser coerente com valores da esquerda revolucionária.

Oliveira disse que estou em Angola “para ser capacho do governo angolano”. Em 46 anos de jornalismo, manifestei sempre a minha independência. Tenho um conflito insanável com os patrões e os jornalistas que me conhecem, sabem que é assim. Algumas administrações tiveram de ir a Tribunal por tentarem abusar dos meus direitos e comprimir as minhas liberdades. E perderam. Um jornal do qual Mário Soares era accionista foi condenado a pagar-me uma fortuna. Não recebi. Mas ainda tenho a sentença guardada. Alguns notabilíssimos socialistas devem-me uma pipa de massa.

Clara e Oliveira vão ter de responder pelas ofensas que fizeram à minha honra e ao meu bom-nome. Por ousarem construir a minha história pessoal com elementos falsos.

Quanto ao conteúdo do programa onde fui vítima de crimes contra a minha honra, prefiro não comentar. Mas fiquei a saber que em Portugal os jornalistas e o Ministério Público podem assassinar na praça pública cidadãos angolanos. E que os jornalistas portugueses estão proibidos de entrar em Angola. Aqueles que vejo por cá todos os dias, ainda não pediram autorização ao Pinto Balsemão para serem jornalistas. Deve ser porque não aceitam ser capachos do patrão.

Para terminar quero fazer uma declaração: a parte mais interessante do editorial que causou reacções tão desabridas em Portugal é aquela em que se aponta o dedo a Mário Soares, Pinto Balsemão e Belmiro de Azevedo. Mas, é claro, se fosse eu a escrever o texto, incluía na lista muitos mais.

Clara e Oliveira vão finalmente conhecer-me. A não ser que a justiça seja tão lenta que um de nós morra antes. Eu já não estou a sentir-me nada bem. São muitos anos de combates contra o banditismo que prospera no jornalismo!

1 comentário:

Anónimo disse...

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