sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Veríssimo não siga os caminhos de Itai

Quem disser que Itai Meque é governador da Zambézia estará a violar o despacho do presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza.


Já há quatro dias, que Meque já não faz parte dos zambezianos, ou seja, não dirige a província e a nenhum cidadão desta província. Para o seu lugar, o presidente foi buscar da Assembleia da República, o deputado Joaquim Veríssimo, que estava na Comissão Permanente daquele órgão legislativo do nosso país. Veríssimo é mais político, embora sabendo que é jurista de profissão. Ora, quando se soube que Zambézia já tem um governador, a província gritou “estamos livres”.

Livres de quem? De Itai Meque, esta é a resposta.
 
O actual governador não é conhecido na praça, por isso que algumas alertam ficam. Se em 2010, dissemos ao Itai Meque que a província da Zambézia tinha contra e contra-curvas, ao novo timoneiro da província, Joaquim Veríssimo, a grande mensagem que deixamos é que “não siga os caminhos de Itai”. Ou seja, não paute por aquela governação de Itai Meque, que no dia em que foi empossado, andou ai com ladainhas de deixar o seu número de telefone, alegando que as pessoas poderiam lhe contactar, mas as respostas que estas pessoas que tinham ousadia de o ligar, só tiravam lágrimas. Todos passaram a odiar o número que receberam.
 
Itai fez até alianças com o actual primeiro secretário da Frelimo Lucas Junqueiro, deu-lhe casa do estado para viver. Isso tudo os camaradas viram, mas podia falar porque o senhor Itai era “manda tudo”. Mandou até onde pode, mas ele um dia la onde for, certamente que irá se recordar das mordomias que teve e a humilhação que sempre deu aos zambezianos. Era sempre assim, pior com os professores, ai os que telefonavam, tinham que ter estômago para engolir as palavras do antigo governador.
 
Por isso que um dos grandes apelos ao novo timoneiro da província é que não vale a pena seguir este modelo que o seu antecessor, porque se seguir, então, também vai ver as curvas e contra-curvas que havíamos dito aquando da tomada de posse do Itai.
 
A saída prematura do senhor Itai Meque não foi um problema dos zambezianos, ninguém disse nada ao chefe do estado, o problema foi dele próprio. Um homem que sempre bateu a mesa que ele mandava tudo e todos. Ate podia ter razão, mas não sabia como, onde e quando empregar esta expressão. Itai pelos vistos não deixa saudades, quer na população em geral, assim como nos seus directos colaboradores. Por isso, senhor Veríssimo, por favor, não faça da Zambézia um corredor para fazer passar coisas alheias. Colabore com as pessoas e só assim, terás sucesso. Lembre-se que por aqui passaram tantos, mas todos se foram mas a população ficou.
 
A província da Zambézia senhor governador, tem uma capital provincial que se chama Quelimane. E como é do seu conhecimento, Quelimane está a ser governado por um edil de um partido da oposição. Foi aqui onde Itai nunca se soube impor. Nunca soube respeitar as diferenças políticas e isso tudo tem seu preço. Os “quelimanenses” vão lhe ajudar a trabalhar, claro se também não seguir aquelas pegadas de Itai Meque. Faca política onde der para fazer, mas nas cerimónias do estado evite.
 
Um outro aspecto senhor governador que sempre irritou aos chuabos na governação de Itai Meque foi a forma abusiva que usava sirene na sua escolta. Não tinha hora e nem local. Vezes sem conta, via-se o governador com mais de duas viaturas com seguranças num funeral, mesmo que não fosse do estado. Os zambezianos ficavam sempre indignados, mas meia volta, as pessoas estavam sendo assaltadas nos bairros.
 
Mesmo para o fim, reiteramos o nosso comprometimento com o trabalho, porque afinal, cada um de nos tem a sua responsabilidade. Saberemos nos colocar no lugar de governados, mas também senhor Veríssimo coloque-se no lugar de um líder e não um chefe, porque senão, terá os mesmos pecados de Itai Meque e Guebuza não lhe vai perdoar.
 
Bem vindo senhor governador e bom trabalho.
 
DIÁRIO DA ZAMBÉZIA – 11.10.2012

Sem comentários: