sexta-feira, 12 de outubro de 2012

“Vamos tentar deixar as cores partidárias e colaborar”

Disputa política na Beira
 
- Eis o apelo do recém empossado governador de Sofala, Félix Paulo, ao presidente do conselho municipal da Beira, Daviz Simango
Maputo (Canalmoz) – Desde que a cidade da Beira é governada pela oposição (Daviz Simango, na Renamo, e depois pelo MDM) os sucessivos governadores da província de Sofala, nomeados – como é sabido – pelo chefe do Governo central da Frelimo, têm tido muito trabalho para responder à agenda do partido e à agenda do Estado, entrando muitas vezes em polémicas e convivência turbulenta com a administração local.
Quem quer evitar essa convivência pouco “católica”, regra geral, marcada por acusações e disputa de protagonismo, é o novo governador empossado na última terça-feira.
Em entrevista exclusiva ao Canalmoz, Félix Paulo, que substituiu do cargo Carvalho Muária, diz que não quer entrar em polémicas, aliás, para ele, o mais importante é desenvolver toda a província de Sofala incluindo a capital, Beira. E para o novo governador, esse desiderato só pode ser alcançado fora da disputa partidária.
“O importante é desenvolver a província de Sofala. Para isso acontecer temos que deixar de parte as cores partidárias. Trabalharmos e melhorar as condições de vida da população de Sofala”, disse.
Félix Paulo não tem prioridades concretas na sua governação, diz que os desafios se resumem no discurso do Presidente da República, quando conferia posse aos novos membros da máquina executiva: “combater a pobreza e incentivando a auto-estima e a unidade nacional”.
Para tal, disse esperar colaborar com o presidente do conselho municipal. “Espero colaborar com o presidente do conselho municipal”.
A cidade da Beira (segue-lhe Quelimane agora com a direcção de Manuel de Araújo, do MDM) tem sido palco de disputas políticas, pois os governadores nomeados pelo Presidente da República têm que conviver com um presidente do conselho municipal da oposição. Muitas das vezes esta convivência não tem sido pacífica e a disputa de protagonismo tem vindo ao de cima. No caso da Beira o partido no poder teve que encomendar um cargo de administradora da cidade para ter mais olho sobre o município. (Matias Guente)

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