terça-feira, 2 de outubro de 2012

Oposição de Saakachvili reclama vitória nas legislativas da Geórgia


02.10.2012 - 08:15 Por PÚBLICO
O magnata Bidzina Ivanichvili, aqui com a mulher, recusou-se a votar em sinal de protesto contra mudanças na Constituição O magnata Bidzina Ivanichvili, aqui com a mulher, recusou-se a votar em sinal de protesto contra mudanças na Constituição (Foto: Giorgy Kakulia/AFP)
Os primeiros resultados das eleições legislativas realizadas na segunda-feira na Geórgia sugerem uma vitória da coligação liderada pelo milionário Bidzina Ivanichvili, diz a BCC. Porém, o actual Presidente, Mikhail Saakachvili, também reclama o triunfo
Os primeiros resultados oficiais foram divulgados durante a noite, desconhecendo-se quando se completaria a contagem de votos.

A televisão estatal da ex-república soviética divulgou uma sondagem à boca das urnas que dava 35% dos votos do escrutínio proporcional à aliança oposicionista, contra 30% para o Movimento de Unidade Nacional, do Presidente, que enfrentou nestas eleições o seu maior teste desde que chegou ao poder, em 2003. Outro estudo divulgado por duas estações próximas de Saakachvili davam também vantagem à oposição: 51% contra 41%.

Ganhámos, o povo da Geórgia ganhou”, disse, segundo a AFP, Ivanichvili a milhares de partidários concentrados, em festa, ao início da noite, na Praça da Liberdade, no centro de Tbilissi. O líder da oposição recusou votar, acusando o actual poder de ter mudado a Constituição “adaptando-a às suas necessidades”.

Saakachvili admitiu dificuldades mas mantinha a esperança na vitória. “Parece claro que O Sonho da Geórgia conseguiu uma maioria proporcional dos votos. Nos mandatos do escrutínio maioritário é o Movimento de Unidade Nacional que obtém a maioria”, disse à televisão estatal.

O Parlamento tem 150 lugares — 73 deputados eleitos por escrutínio uninominal maioritário a uma volta e os restantes 77 em listas nacionais proporcionais. Os deputados escolherão o primeiro-ministro, que terá poderes reforçados depois de uma revisão constitucional que consagrou a mudança do presidencialismo para o sistema parlamentar no próximo ano — quando Saakachvili deixa a chefia do Estado.

Sem comentários: