segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O luxo da mentira - Chipilica Eduardo

O luxo da mentira - Chipilica Eduardo

Benguela - A informação avançada inicialmente pelo Novo jornal e retomada pelo “ nosso Club k”. Segundo a qual os novos deputados terão cada um jaguar avaliado em 270 mil dólares americanos. Ninguém ainda desmentiu. Francamente não me surpreendeu.

Fonte: Club-k.net
A guerra, a politica e o poder sempre foram artimanhas para a realização das ambições do homem. A Historia Universal ilustra muitos imperadores, reis e conquistadores que utilizaram diversos métodos maléficos, aterrorizantes e “agradáveis” tudo para a prossecução dos seus apetites. O imperador de Roma Nero Cláudio César Augusto Germânico matou o seu meio-irmão, sua ex esposa e a sua mãe cuja finalidade era alcançar o poder. Embora haja divergências quanto aos seus actos malignos.

As realezas e as monarquias viviam num “paraíso terrestre”. Numa extravagância e luxúria impressionastes, o ouro, as terras e as propriedades. Ganância em anexar e ampliar os seus espaços de governação enquanto a plebe padecia e sacrificava os seus filhos na guerra como verdadeiros canhões! Expandir, expandir sempre deixando outros povos a Deus dará! Consequenciais irreparáveis, viúvas, órfãos e a fome tudo sobre pretexto de preservar a paz, tradição e os rituais do poder! As festas e os banquetes eram as ocasiões em que o povo podia dançar e comer” gratuitamente”, normalmente fruto de vitória ou datas de celebração memoriais. Actualmente existem principalmente em épocas eleitorais.

A roubalheira aos desgraçados era a arma dos poderosos para os governar. Não se acreditava que o poder acabaria. Entretanto alguns revoltosos saídos do seio do povo uniam-se para supostamente lutar contra a opressão e as maldades do rei quando ascendiam tornavam-se gémeos do anterior.” O poder é gémeo, não importa quem o tiver”. Temos muitos exemplos activistas cívicos, intelectuais que hoje vivem o que ontem criticavam.

O tempo passou da luta “mano-a-mano”, dos métodos absurdos de conquistas ou de conflitos, pegar em espadas para vingar-se. Tróia foi destruída por causa de Helena! As práticas e as acções do homem mantêm-se, felizmente aperfeiçoadas. O mundo estabeleceu padrões e valores universalmente aceites, os ditos direitos do homem exemplo típico a declaração dos direitos do homem e outras legislações. Permitindo também a criação de organizações internacionais e a nova visão politica para acabar egocentrismo humano. Desilusão!
A vida política sempre atribui aos líderes “good life” (expressão inglesa muita usada na minha geração de meninice). Foi sempre assim! Há quem entenda que os governantes e políticos devem (iam) e ter um salário digno e boa vida de borla para que não se apropriem das riquezas nacionais. O Estado deve continuar a pagar tudo para eles, desde a empregada, motorista, água, energia, saúde, educação, habitação…

Parece existir nesses argumentos alguma infelicidade pois entendemos que quem se assume como governante ou político, e é ético e patriótico, recai sobre si responsabilidades acrescidas como a luta para a prossecução do interesse público e não como meio de resolução dos seus graveis problemas sociais. E mais regra geral as suas mordomias atingem o ridículo. Aparecem com ares de combater a pobreza quando as viaturas, os fatos, os “ouros” que ostentam arrepiam até aos mortos! De certeza que se esses recursos fossem usados de forma mais racional. Exemplo se os ministros, deputados, governadores ou administradores, juízes… invés de usarem carros de Prados, BMW, Audi... usassem Starlet, Corolla poupariam milhões e milhões de dólares. Cuidado aí! Não defendemos a pobreza total aos políticos e governantes mas que terminassem com “maravilhas mundanas”.

Isto, os torna insensíveis aos problemas do povo. Centralidades para os escolhidos e casas sociais ou construção dirigidas para os outros. Não é que não hajam ricos e nem defendemos uma sociedade igualitária. Jamais. ! Todavia quem quiser ser rico ou possuir bens que o faça fora da politica e com os meios legais. Por causa das malandrices o povo crítica que sai pobre da politica, pois há uma consciencialização geral que na politica é para ser rico. A boa governação, transparência, as condenações aos infractores, oportunidades iguais são alicerces para o “caminho para Dubai”

Acreditamos de forma radical que os líderes partidários e os deputados não deveriam receber salários nem tão pouco regalias. Ambos tem como escudo o povo e geralmente são pessoas que têm outros rendimentos. Até há um exemplo, muitos partidos políticos em Angola não pagam salários aos representantes províncias, municipais e comunais apesar disso as suas actividades "funcionam". E aos gestores públicos receberiam apenas os seus salários nominais. Seria a única fonte da sua sobrevivência. É possível. Compreenderiam melhor que o salárionominal é como o cobertor curto, se cobres o rosto não cobres as pernas e vice-versa. Parece que assim evitaríamos lutas intestinais nos partidos e ânsia de ser político ou deputado. Assim como estão as coisas confundem-se, se os que lutam, lutam para “servir-se ou servir o povo”.

Domingos Chipilica Eduardo em Benguela
O luxo da mentira -  Chipilica Eduardo

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