sábado, 20 de outubro de 2012

Membros da Frelimo em Quelimane: porquê questionar?

 

by Lazaro Mauricio Bamo on Tuesday, 29 November 2011 at 20:20 ·
A nossa jovem democracia vai conhecer a 7 de Dezembro deste ano uma nova fase, em que edis são eleitos em resultado de impeachment verificado em Pemba, Quelimane e Cuamba. Muita expectativa em torno do escrutínio, que junta figuras que geram impressões diferentes, por motivos óbvios.

Não estamos habituados a este tipo de escrutínio, nunca aconteceu no nosso país, sempre fomos personagens principais de eleições e jamais passou-nos pela cabeça a ideia de pararmos para assistir outros pontos do país a viver isoladamente momentos de exercício pleno de cidadania.

O normal e o natural é ver membros seniores de todos partidos em peregrinação pelo país a dentro e não vê-los aglomerados nalgumas cidades. Hoje a nossa democracia conhece uma outra etapa, que é o exercício isolado da democracia em resultado de mau desempenho de alguns edis.

Relatórios, pesquisas até visitas pessoais, levaram-me a concluir que nenhum dos edis que cessou as funções tinha legitimidade para continuar, pois a camisa branca do partido Frelimo seria atacada por fezes de moscas caso aqueles continuassem ali. Mas não eram interesses da Frelimo como partido que estavam em jogo, mas a vontade e os anseios populares. Hoje aqueles problemas que os edis cessantes não conseguiram resolver são a base dos manifestos dos candidatos dos outros partidos, o que significa que não foi levantado falso problema e a Frelimo agiu bem, quanto a mim. Portanto o fracasso daqueles edis, está a ser a base para a caça ao voto da parte dos candidatos da oposição, o que não deixa de ser importante, pois caso contrário estes não teriam bases concretas para sua intervenção.

As intercalares estão aqui, e nós que não estamos habituados a ficar no banco, principalmente nós os urbanos que andamos em massa aqui nas redes sociais, estamos de olho naquilo que está a acontecer nas cidades de Pemba, Quelimane e Cuamba. Olhamos e tiramos conclusões, chamando ao debate possíveis viciações dos processos eleitorais, dada a presença massiva da nata do partido no poder principalmente na cidade de Quelimane.

Minha opinião, não se trata de medo a quem quer que seja a presença massiva da Frelimo em qualquer uma das cidades, é que este partido como qualquer outro, quer ganhar as eleições e não mede forças para o efeitos, todos membros deste partido estão empenhados para assegurar vitória. É que nos anos anteriores, nós pessoas urbanas, na qualidade de personagens principais das eleições autárquicas nunca tivemos tempo para analisar o movimento e/ou peregrinação de quadros de qualquer partido, para garantir vitória dos seus candidatos ou dos seus paridos mesmo.

Os quadros que nos anos anteriores se dividiam em 43 autarquias, estão hoje em 3, se por exemplo considerar que um partido tem 1000 membros, podemos concluir que nos anos anteriores podia movimentar para cada autarquia qualquer coisa como 23.2 membros, e agora que são três autarquias o partido pode movimentar em cada uma destas 333.3 membros, isto é, 14.3 vezes mais que nos anos anteriores. Obviamente que o número vai aumentar e vai dar a impressão de estarmos perante uma pressão ao eleitor; obviamente que vamos achar que estamos perante uma situação de um pai que se mete nos problemas do filho, mas não devemos esquecer que o filho sempre será filho e sempre que necessário o pai deve estar por perto por mais que este se ache crescido. Em suma quem estava habituado a ver 3 pessoas agora vê 300 e isto obviamente que causa estranheza e até medo à pessoa que se sente pressionada psicologicamente pela presença de tanta gente.

Todos partidos movimentaram os seus trunfos, os seus embondeiros para conquistar voto, isto faz parte do pacote de marketing político que não é proibido a ninguém. Porém a Frelimo, como partido no poder e com seus emblemáticos quadros no executivo aparece mais exposta, e as análises e os analistas esquecem que aqueles membros do governo são membros da Frelimo antes de serem governantes, que devem vassalagem a este partido e por isso devem defender os interesses do partido como qualquer um faria. Aliás membros seniores do MDM foram a Quelimane, Pemba e Cuamba para fazer o seu papel que é assegurar vitória dos seus candidatos.

Nós das zonas urbanas, somos assistentes e acompanhamos os movimentos de todos e como somos personagens terciárias, estamos tão excitados que em algum momento esquecemos a tolerância e o respeito pela diferença. Uma coisa deve ficar clara aqui, o povo que está envolvido nas intercalares sabe o que quer e caberá a ele decidir, qualquer opinião antes do dia 7, não passa disso mesmo.

Em suma acho legítimo que a Frelimo ou qualquer partido se movimente em massa para onde tenha interesses eleitorais isso significa que processos não são uma mera brincadeira dos “camaradas” como especulavam alguns.

Lazaro Bamo
Lichinga

1 comentário:

Anónimo disse...

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